O chefão da divisão Xbox, Phil Spencer, disse que está confiante que a compra da Activision Blizzard será aprovada pelos órgãos reguladores. Apesar de ser sincero e afirmar que nunca participou de uma aquisição de quase US$ 70 bilhões, o executivo contou que o debate sobre o assunto tem sido positivo.
“Sinto-me bem com o progresso que estamos fazendo, mas entro no processo apoiando pessoas que talvez não estejam tão próximas da indústria de jogos fazendo perguntas boas e difíceis sobre ‘qual é nossa intenção? O que isto significa? Se você jogar ao longo de cinco anos, isso está restringindo um mercado? Está crescendo um mercado?”, afirmou em entrevista ao site Bloomberg nesta quarta-feira (24).
Spencer também respondeu sobre os problemas internos vividos pela dona de Diablo, Overwatch, Candy Crush, Crash, Spyro e outras. Nos últimos anos, a desenvolvedora foi acusada por diversas funcionárias de ter uma cultura tóxica, sexista e de ser conivente com casos de abuso.
O chefe-executivo da Xbox contou que acredita que os diretores da Activision Blizzard estão comprometidos para mudar o ambiente de trabalho. “Quando olho para o trabalho que eles estão fazendo agora – sempre há mais que pode ser feito – mas acredito que os líderes dos estúdios, alguns deles sendo ex-membros do Xbox, estão comprometidos com isso”.
Ele ainda argumentou que os sindicatos que estão sendo formados por funcionários da Activision Blizzard serão respeitados e que haverá diálogo com eles. “O que posso dizer é que reconhecemos a necessidade dos trabalhadores de se sentirem seguros, ouvidos e recompensados ??de forma justa para fazer um ótimo trabalho”.
Menos exclusivos no futuro
Outro assunto tratado por Spencer foram os jogos exclusivos. Além de reiterar a promessa de que Call of Duty será lançado para o PlayStation por pelo menos mais alguns anos, ele torce para que games exclusivos sejam mais escassos com o passar dos anos.
“Vamos supor que você em sua casa compra um Xbox e eu compro um PlayStation e nossos filhos queiram jogar juntos e eles não podem porque compramos o pedaço errado de plástico para conectar à nossa televisão”, citou.
“Talvez, no curto prazo, haja algumas pessoas em algumas empresas que não gostam [da ideia de lançar jogos multiplataformas]. Mas acho que à medida que superamos a dificuldade e vemos onde essa indústria pode continuar crescendo, isso vai provar ser verdade”, acrescentou.
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