Gotham Knights tem lançamento marcado para 25 de outubro de 2022 no PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S, mas enquanto o jogo não chega aos nossos consoles, a WB Games nos convidou para uma entrevista exclusiva com o diretor Geoff Ellenor e a escritora chefe Ceri Young, onde discutimos sobre o que esperar do game. Confira nosso papo a seguir!
Muita gente ama de paixão os jogos da série Arkham, e é inevitável escapar de comparações ao fazer um novo jogo sobre o universo do Batman. Como vocês lidam com essa pressão, e o que acham que diferencia Gotham Knights dos jogos anteriores?
Geoff Ellenor: É legal que os fãs estejam empolgados, e nós também também amamos esses jogos! Mas dito isso, criativamente, para nós, desde o primeiro dia Gotham Knights sempre foi pensado como a sua própria história e universo.
Ceri Young: Nós olhamos para os personagens que temos e pensamos em como eles seriam em um mundo sem Batman. Então entramos nisso querendo contar a história a partir da sua perspectiva, porque cada um dos quatro heróis vê o mundo da sua própria maneira. São todos diferente do Batman e possuem perspectivas únicas!
Nós os amamos e queríamos fazê-los de uma forma que fosse bem leal aos quadrinhos, mas também do nosso jeito. Então trabalhamos ao redor dessa ideia ao invés de nos compararmos com outras coisas.
Geoff Ellenor: Nós começamos com um jogo que pudéssemos jogar com os nossos amigos, todo mundo usando esses incríveis lutadores contra o crime de Gotham. E eu não gosto de dar todo o crédito ao diretor criativo (risos), mas eu acho que foi o Patrick Redding quem disse “como seria para esses heróis se o Batman não estivesse lá, e eles acordassem e tivessem que fazer o seu trabalho no dia seguinte?”
Ainda lembro de ver essa ideia no quadro negro e ela se tornou a fundação de tudo! Mecanicamente, sempre fizemos o nosso próprio jogo, e sempre foi um jogo que poderia ser curtido cooperativamente! Também fomos inspirados por alguns games mais recentes, e tinha aspectos mecânicos que o time ficou empolgado de trazer para Gotham, mas sempre foi sobre as quatro personalidades incríveis que foram treinadas pelo Batman, e que agora precisam ir para as ruas frias de Gotham para fazer o seu trabalho.
E já que estamos falando em Gotham, essa deve ser uma das cidades fictícias que mais receberam diferentes versões no cinema, quadrinhos e desenhos animados. Alguma delas é a sua favorita e serviu de maior inspiração para o jogo?
Geoff Ellenor: vou soar muito cheio de mim agora (risos), mas honestamente a minha versão favorita de Gotham é justamente a que nós mesmos estamos fazendo! Eu amo cada centímetro do local que construímos, é divertido se aventurar por lá e o visual está lindo em diferentes horas e temperaturas.
A nossa Gotham representa o que nós achamos importante para a história, porque é uma cidade cheia de camadas e contrastes, com uma arquitetura aspiracional maravilhosa representando as ambições dos ricos de construir algo que duraria mais do que eles mesmos, mas também o lado das pessoas mas pobres, que vivem e precisam trabalhar lá nessa cidade corrupta.
Eu vou até dizer que no filme The Batman tem uma cena em que eles mostram a estação de trem e por acaso ela ficou idêntica, absolutamente igualzinha ao jogo, e eu até gritei na hora, foi muito empolgante isso!
Uma dúvida que tive vendo os trailer e gameplay é se jogar com diferentes personagens muda de forma significativa o desenrolar da história e os seus desafios, como por exemplo nas partes de detetive. Cada herói tem missões próprias ou é igual para todos?
Geoff Ellenor: Os puzzles individuais são os mesmos para todos os personagens, os desafios que se apresentam são iguais, mas a forma como eles reagem a eles é diferente!
Ceri Young: A gente queria diferenciar os nossos personagens entre o que eles sabem e o que são ignorantes. Por exemplo, talvez você encontre um papel escrito em uma língua estrangeira que o Tim não sabe falar, mas o Asa Noturna é poliglota e pode ajudar. Tem essas pequenas diferenças, e nós queríamos aproveitar o fato de que o Batman é o maior detetive do planeta e que nossos heróis treinaram com ele. Queríamos que os jogadores também se sentissem como aprendizes de detetives!
Geoff Ellenor: E é a mesmíssima campanha independente de você decidir jogar sozinho ou com amigos! Absolutamente tudo no nosso arco narrativo foi planejado para suportar um ou dois jogadores. É tudo igual, mas há momentos de diálogo em que, se você estiver jogando com outra pessoa, o seu personagem pode falar algo que você não ouviria jogando sozinho, mas você não perde nada além disso em qualquer forma de jogar.
Ceri Young: Todo personagem tem uma voz bem única e takes interessantes, então ainda que os eventos sejam os mesmos para todos os heróis, a história acaba sendo diferente!
Não sei se ainda é cedo para falar sobre isso, mas vocês pensam em adicionar ainda mais personagens e fases futuramente? Porque hoje em dia é cada vez mais comum ver jogos ganhando mais suporte com o passar dos meses e anos...
Geoff Ellenor: Infelizmente não tem nada que eu possa dizer sobre essa pergunta super interessante hoje (risos).
E ainda no terreno de spoilers, será que vocês conseguem adiantar para a gente algo sobre como o jogo será fora da campanha principal? Porque eu adorava caçar as Charadas em Arkham, então será que aqui também vamos ter missões paralelas e colecionáveis legais?
Geoff Ellenor: Estou pensando em como eu posso responder a isso sem quebrar nenhuma estratégia das nossas relações públicas… (risos) Porque eu sei que nós vamos falar mais sobre essas coisas em breve, mas com certeza teremos como lutar contra o crime e fazer algumas atividades, participar de histórias paralelas… definitivamente teremos coisas para coletar! Vai ter muita coisa divertida para fazer, e vamos comunicar mais sobre isso em breve!
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