Sony paga para que jogos não saiam no Game Pass, acusa Microsoft

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Como muitos sabem, a compra da Activision Blizzard pela Microsoft já está nos estágios finais, e várias autoridades ao redor do mundo estão averiguando o quanto a aquisição vai impactar o mercado de jogos em nível global.

O Brasil também participou desse processo, e no início do mês, pudemos ver os documentos da Sony enviados a Microsoft alegando que "Call of Duty é tão popular que influencia a escolha do console pelos usuários".

E ontem (09), tivemos uma nova atualização do processo, na qual a dona do Xbox respondeu que a Sony pagou por 'direitos de bloqueio' para impedir que os desenvolvedores colocassem seus jogos no Xbox Game Pass. O documento apresentado ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pode ser lido aqui.

"A capacidade da Microsoft de continuar expandindo o Game Pass tem sido obstruída pelo desejo da Sony de inibir tal crescimento. A Sony paga por 'direitos de bloqueio' para impedir que desenvolvedores adicionem conteúdo ao Game Pass e outros serviços de assinatura concorrentes", alega o documento.

Além disso, a Xbox também responde sobre o monopólio de mercado, dizendo que a opinião da empresa japonesa é “isolada” e que “o Game Pass ameaça competir de forma mais efetiva com o modelo buy-to-play, adotado com bastante êxito pela Sony”.

Game Pass com Activision deve impulsionar o número de assinantes?

Recentemente, em uma entrevista ao Yahoo Finance Live, o analista Michael Pachter disse que com a inclusão dos jogos da Activision Blizzard ao serviço de assinatura do Xbox, o número de usuários poderia chegar a 100 milhões.

Pachter também ressaltou não haver motivos para que o FTC (órgão fiscalizador da transação) se posicione contra a compra da empresa e que os trâmites devem estar concluídos até no máximo a metade de janeiro de 2023.

Então a Sony está errada?

Na realidade, a alegação feita contra a empresa japonesa não é tão simples de ser averiguada. Vale ressaltar que não ficou claro sobre qual questão exatamente a Microsoft pode estar se referindo, pois contratos para a publicação de jogos são complexos, especialmente quando envolvem direitos de streaming e exclusividade, mesmo que temporária.

Agora, será necessário esperar que as autoridades responsáveis avaliem todos os pontos levantados, e só então descobriremos como essa novela irá se desenrolar.

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