Stray é fofo e profundo, mas não tem nada realmente inovador ou incrível

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Quem consegue resistir a uma carinha fofa como a de um gatinho, não é? Com certeza o pessoal da Blue Twelve Studios não consegue e nem a gente. A desenvolvedora se juntou então com a publicadora Annapurna para ganhar os corações de milhões quando anunciou Stray no dia 11 de junho de 2020.

Mas será que "o jogo do gatinho de mochila" é apenas um protagonista fofinho para encantar as pessoas ou realmente vale a pena ser explorado? Bom, jogamos do início ao fim para descobrir e trazer para vocês nessa análise, então confira abaixo nossa análise

O que é Stray?

Stray conta a história de um inteligente gatinho que acaba se separando de sua família após um pequeno acidente de percurso, em que acaba indo parar em uma enorme cidade murada no subsolo que inicialmente parece abandonada, mas que descobrimos ser totalmente habitada por simpáticos robôs.

Depois de explorar um pouco o local, o nosso protagonista peludo acaba conhecendo um pouco mais sobre os perigos que existem nesse estranho local, o maior destes perigos são seres comedores de matéria conhecidos como Zurks. Contudo, nosso amiguinho felino não estará sozinho, após passar por poucas e boas, ele encontra um companheiro de aventuras, o pequeno robozinho B12.

E é a partir daí que realmente começamos a explorar o mundo de Stray.  Com a ajuda de B12, descobrimos nosso verdadeiro objetivo: encontrar uma forma de sair da cidade murada e descobrir o que raios aconteceu no mundo exterior.

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A jornada do gatinho

Stray é um jogo de aventura e exploração, se você espera grandes momentos de ação aqui vai perder seu tempo, afinal seu personagem é um gato. Sim, um gato normal, ele não tem super poderes ou armas, por tanto o que devemos fazer para nos livrar dos terríveis Zurks, pelo menos no início da aventura, é sermos espertos para conseguir evitá-los, seja correndo ou subindo em locais mais altos do que eles podem pular. Se eles te pegarem, prepare-se para apertar o botão bolinha o mais rápido possível para se livrar, antes que seja tarde demais.

Como eu disse, você é um gato normal, pode miar para chamar atenção, arranhar portas, cortinas e tapetes para afiar suas unhas (não que você vá usá-las), derrubar coisas de cima dos móveis e fazer aquela carinha de inocente.. enfim, coisas típicas de gato. Mas, essas ações apesar de simples podem desencadear coisas.

Afiar suas unhas em cortinas por exemplo pode abri-las, revelando assim um novo caminho. , ou ficar fuçando em um quadro na parede, pode derrubá-lo mostrando um cofre para ser. Esses são alguns exemplos de ações típicas de um gato que podem se transformar em algo mais no game.

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O nosso simpático companheiro robótico, B12, traz um pouco mais de possibilidades. Ele pode traduzir tudo que os outros robôs falam, tornando assim possível a comunicação entre o gatinho e os NPCs do jogo, é ele também o responsável por dar aquela mochila maneiríssima, onde podemos carregar itens importantes e também itens secundários. O jogo é cheio de idas e vindas no quesito exploração e se você quiser fazer o famoso 100%, vai precisar andar bastante encontrando alguns objetos especiais para os robôs da cidade.

Essas atividades nem sempre estarão ligadas com a campanha em si, mas ajudam a entender melhor o passado e o presente local. Além disso, é possível coletar lembranças para ajudar B12 a se recordar do passado e trazer ainda mais compreensão à história.

Vale a pena?

Stray é um jogo que vai te trazer puzzles, exploração, gatinho fofinho e até um pouco de stealth, mas a grande verdade é que nenhuma dessas características são muito aprofundadas na gameplay, tudo é extremamente simples. E esse é o seu maior ponto fraco. Os puzzles são muito fáceis e morrer não tem realmente nenhum tipo de penalidade já que os pontos de salvamento são bem próximos, então você não perde quase nada a não ser alguns segundinhos.

Porém, a exploração é bem legal e conforme vamos conversando e conhecendo os habitantes da cidade queremos entender melhor o que aconteceu dentro desse mundo. Por mais que a história não seja a coisa mais original do mundo, ela é bem contada através dos personagens e lembranças que vamos encontrando no caminho.

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O jogo também é muito curto, para terminar levamos quase cinco horas, mas é importante deixar claro que não pegamos todas as memórias possíveis de se obter, então se você for explorar bastante dá pra colocar no máximo mais duas horinhas.

No geral, Stray é um bom jogo, não tive nenhuma experiência ruim com bugs, o visual não é nada magistral, mas faz um bom trabalho e traz um tempinho de diversão com uma narrativa pelo menos interessante e uma exploração gostosa de fazer, pois a movimentação do gatinho pelas ruas da cidade são bem fluidas e naturais. Mas é isso, não vai ser um título memorável, apesar de toda a espera em cima do “jogo do Gatinho”. O bom é que se você assina a PS Plus Extra ou Deluxe o game vai chegar sem custos para a sua conta no dia do lançamento. Sua nota é 75. 

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