Intel diz que escassez de componentes continua até 2024

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O CEO da Intel, Pat Gelsinger, atualizou sua previsão de continuidade de escassez de chips e componentes eletrônicos, passando para uma mais pessimista. O executivo já havia estimado que a situação não se normalizaria até o ano que vem, mas agora passou essa previsão de 2023 para 2024.

A mudança da perspectiva do chefe da Intel se deve a um novo fator atrapalhando a normalização da cadeia de suprimentos. Agora, além do problema de quantidade de componentes, a indústria vai enfrentar uma falta de ferramentas de manufatura, devido ao processo de expansão das fábricas que começou justamente para suprir a alta demanda de eletrônicos.

"Isso é parte do motivo que acreditamos que a escassez geral de semicondutores vai agora entrar em 2024, saindo das nossas estimativas iniciais de 2023, só porque as faltas agora alcançaram o equipamento e alguns desses aumentos das fábricas serão mais desafiados" – declarou Gelsinger.

Pat Gelsinger, o CEO da Intel, segurando um de seus processadoresPat Gelsinger, o CEO da Intel, segurando um de seus processadoresFonte:  Tom Williams (Getty Images) 

A escassez de componentes eletrônicos para a cadeia de suprimentos é resultado de uma "tempestade perfeita" que foi se formando ao longo dos últimos anos. A demanda por chips e processadores só aumenta, não apenas com a produção crescente de produtos que já usam os componentes tradicionalmente, mas também com o grande número de novos itens incorporando os semicondutores. A "casa inteligente" consome muito mais processadores.

Essa altíssima demanda se deparou, então, com o estouro da pandemia do COVID-19 em 2020, que atrasou toda a cadeia de produção num momento em que a indústria pedia mais e mais. O resultado é uma escassez que assola a indústria há anos e tem mantido os preços de eletrônicos de consumo bem elevados.

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