Tido como um dos jogos VR mais divertidos e inovadores de VR até hoje, Moss foi uma surpresa muito grata aos jogadores que ansiavam por uma experiência que fugisse dos tão populares shooters em realidade virtual, nos colocando na perspectiva de um espírito mágico que acompanha a aventura desafiadora e meiga de Quill, uma ratinha extremamente simpática.
Recentemente, Moss: Book II foi outra grata surpresa que deu as caras em um State of Play especial, mostrando que a campanha da nossa querida protagonista ainda tinha novidades pela frente. Para celebrar o lançamento do game para PSVR (PS4/PS5), nós conversamos com os desenvolvedores do game para saber mais sobre a esperada continuação. Vem com a gente!
Um mundo ainda mais interativo
Para quem não conhece Moss, a grande sacada do título era trazer uma mistura perfeita entre um jogo de plataforma convencional e realidade virtual: ao mesmo tempo em que nós, os jogadores, éramos uma entidade atuando em primeira pessoa, a maior parte da jogatina rola ao entorno de Quill. Em outras palavras, o uso de controles convencionais com analógicos de um jogo de plataforma se mesclavam à interação das mãos do espírito da floresta, controlados por nós.
De acordo com Doug Barton, designer da Polyarc, a ideia é que Book II expanda ainda mais este conceito de harmonizar experiências padrões de VR com jogos de plataformas convencionais. Na sequência, além de interagir com objetos das formas que vimos no primeiro game, o jogador vai ter mais ações para ajudar a protagonista.
Algumas delas estão em desenhar rotas para que Quill consiga escalar paredes e novos recursos em que o jogador possa ativamente alterar e interagir com o mundo de Moss. Muitas vezes, esquecemos que somos parte do que acontece na tela, mas Book II oferece uma amplitude maior de imersão e interação em realidade virtual.
Combate reformulado: maior e melhor
Sem dúvidas, Moss foi (e ainda é) um dos jogos VR que qualquer iniciante deve experimentar com a tecnologia. Entretanto, já faz um tempo que o jogo lançou e, desde então, o combate se tornou cada vez mais simples em comparação com outros títulos do mercado e do próprio gênero. Segundo os desenvolvedores, esse é um ponto crucial em que a equipe aplicou melhorias.
Diferente da primeira campanha, Moss: Book II traz uma gama de armas distintas, algo inédito na série, além de habilidades especiais novas que podem ser utilizadas tanto para as lutas contra os oponentes quanto para resolver quebra-cabeças que os jogadores vão encontrar durante o caminho.
O jogador, como uma entidade que supervisiona Quill em sua aventura, também terá novas formas de interagir nas lutas. Tudo isso somado aos novos tipos de inimigos criam uma experiência que complementa o que já vimos no primeiro jogo, mas sem perder a essência de um sistema de combate simples e acessível para todos os públicos.
Como exemplo, os devs comentaram sobre dois novos tipos de inimigos que têm armaduras: cabe a você mudar de armas durante combos para contornar essas defesas extras e desenvolver táticas diferentes de apenas apertar o botão de ataque sem parar. A ideia é que Moss: Book II não se pareça apenas uma nova campanha sobre o antigo sistema, e sim uma sequência digna da primeira aventura.
Um mundo mais complexo e maior para explorar
Por se tratar de uma das primeiras experiências de realidade virtual que misturou plataforma na fórmula, Moss era relativamente simples (mas ainda muito encantador). Seguindo a mesma dinâmica dos demais elementos que comentamos até agora, Doug Barton explicou ao Voxel que a sequência também trará uma campanha mais profunda e com os pilares da jogatina expandidos.
O primeiro título era bem linear e tinha uma progressão de salas: você executava o que precisava fazer no ambiente e seguia para o próximo. Agora, Book II oferece uma dinâmica maior, com a possibilidade de explorar cenários muito maiores. Dessa vez, até mesmo elementos de metroidvania deram as caras, já que nem sempre a área que você encontra é acessível no momento e é necessário retornar quando tiver o equipamento ou habilidade necessária.
A ideia ainda é manter os princípios da progressão original: um ciclo de combate, resolução de puzzles e exploração. A diferença é que agora eles são maiores e mais profundos, oferecendo uma aventura muito bacana de aproveitar. E, a melhor parte, é que os devs confirmaram que este ainda é um game bem acessível, tanto do ponto de vista de acessibilidade quanto de ajuda em questões como enjoo de movimento na realidade virtual.
Segundo a desenvolvedora, com mais experiência e tempo para a sequência, a equipe conseguiu criar espaços e tipos de câmera ainda mais confortáveis para quem se sente mal ao jogar games de VR. Além disso, apesar de não ter seleção de dificuldade, há vários recursos que os jogadores podem se adaptar para tornar a experiência mais fácil, como a opção de segurar fisicamente os inimigos enquanto Quill luta contra outro e ter ambientes maiores que permitem táticas diferentes.
Sem versão para PSVR 2 (por enquanto)
Apesar de o PSVR 2 já ter sido anunciado, a equipe de Moss: Book II ainda é pequena e, por ora, se focou somente em entregar um produto de qualidade para os usuários que já têm um PSVR em casa. A ideia é que o game fosse lançado da melhor maneira possível e se encaixasse muito bem com a tecnologia existente.
Moss: Book II já está disponível para PSVR e hoje detém 84 de nota no Metacritic, superando a média do lançamento original. Se você busca um game divertido, extremamente cativante e uma experiência bem distinta do que está acostumado a ter em outros jogos VR, essa é uma excelente recomendação.