9 jogos desconhecidos do Game Boy

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Imagem: Konami

Mesmo não sendo o primeiro portátil lançado pela Nintendo, o Game Boy com certeza foi o que mais chamou atenção, fazendo um grande sucesso entre o público e abrindo caminho para um novo mercado na indústria de games que vem sendo aprimorado desde então.

E com seu tempo de carreira e muitas versões, como o Color e o Advance, é claro que sua biblioteca não seria pequena, contando com sucessos como Pokémon Red & Blue, The Legend of Zelda: Link's Awakening e Fire Emblem. Porém, com tantas opções disponíveis, algumas podem ter passado batido para muitos fãs, e pensando nisso, decidimos criar uma lista com nove jogos desconhecidos do saudoso Game Boy. Confiram abaixo:

Jogos desconhecidos do Game Boy

Bubble Ghost (1990)

Lançado originalmente para o Atari ST em 1987,  Bubble Ghost foi o primeiro jogo francês a ganhar port para o GB. Seu objetivo é muito simples: ajudar um fantasminha super amigável a guiar sua bolha através de uma casa assombrada, cheia de perigos que incluem ventiladores, velas, ghouls malignos e diversos objetos pontiagudos.

Felizmente, o protagonista fantasmagórico consegue soprar o objeto em oito direções diferentes, mas ainda assim é preciso pensar estrategicamente em qual rota tomar e evitar que esfera estoure.

Além de ser um daqueles games completamente viciantes que podem ser curtidos por horas a fio, também conta com uma excelente trilha sonora, composta por Hitoshi Sakimoto - compositor de Final Fantasy Tatics - o que o torna ainda mais interessante.

Hammerin' Harry: Ghost Building Company (1993)

Parte de uma franquia com lançamentos para Arcade, Nintendinho e Super Nintendo, Hammerin' Harry: Ghost Bulding Company foi uma boa adição ao gênero de ação para o portátil.

Contando com cinco fases e cenários bem detalhados, é necessário avançar por diversos locais, incluindo até mesmo uma selva e uma aeronave, enfrentando inimigos humanos e fantasmagóricos até encontrar a maligna máquina que está criando os fantasmas.

Diferente de muitos jogos desse estilo, o foco não é realmente atacar tudo o que vier pela frente, mas sim evitar ser atingindo e sobreviver o bastante para passar para o próximo nível. O que não é uma tarefa tão fácil, afinal, além dos antagonistas, Harry também precisa lidar com projéteis e partes do ambiente caindo sobre ele, e diminuindo ainda mais a barra de vida que já não é muito grande.

Mesmo com a dificuldade, não deixa de ser extremamente divertido, merecendo seu lugar nessa lista de pérolas obscuras.

Kid Dracula (1993)

Este título de plataforma não é só um spin-off de Castlevania, como também uma paródia adorável do mesmo. De forma curiosa, é a continuação e remake de Akumajo Special: Boku Dracula-kun (ou Especial do Castelo Demoníaco: Jovem Drácula) que foi lançado para o NES apenas no Japão.

Em Kid Drácula, não temos os famosos membros da família Belmont como protagonistas, mas sim o filho do vampirão.

Ao acordar de um longo sono, o jovem sugador de sangue descobre uma criatura maléfica semelhante a um dinossauro e chamada Garamoth o desafiou, e para derrotar este grande inimigo, o protagonista deve primeiro reaprender os poderes que acabou esquecendo, como conjurar um escudo, morcegos e até reverter a gravidade.

O game está cheio de referências bem humoradas à franquia, com os vilões e cenários tradicionais aparecendo em versões cartunescas, e até mesmo a música Beginning da primeira fase de Castlevania III: Dracula's Curse marca presença, surgindo com um arranjo mais animado.

Outro detalhe interessante é que o antagonista, Garamoth, acabou virando um chefe em Castlevania: Symphony of Night, mas claro que ganhou um estilo muito mais sombrio para seu segundo embate com um filho do Drácula.

Jogos desconhecidos do Game Boy Color

Survival Kids (1999)

Combinando elementos como visão área, batalhas em tempo real e sobrevivência, este RPG da Konami parece uma mistura interessante de The Legend of Zelda com Harvest Moon, acompanhando a jornada de um menino, ou menina, de 10 anos que naufragou em uma ilha deserta apenas com sua faca e um rádio quebrado.

Os objetivos principais incluem realizar tarefas diárias, que incluem: comer, beber, caçar, coletar, encontrar um lugar para descansar e dormir, mas sempre tomando cuidado para não encher os medidores negativos - como fome, sede e fadiga - e também não perder pontos de vida.

O sistema de criação de itens também apresenta uma grande importância dentro do jogo, com diversos itens do ambiente podendo ser coletados e combinados para criar ferramentas, armas e coisas úteis para a vida do personagem.

De forma interessante, a passagem do tempo pode degradar os objetos confeccionados, além de estragar alimentos perecíveis, que podem ser combinados com 15 tipos de floras diferentes para aumentar sua duração.

Com uma estrutura não linear, Survival Kids permite que os jogadores possam avançar sem muitos objetivos específicos, fazendo apenas o que for necessário para sobreviver na ilha. Porém, de forma interessante, ele conta com finais diferentes, ligados as descobertas feitas, itens criados, a condição após um determinado período, entre outros detalhes que faziam valer a pena jogar mais de uma vez.

Magical Chase GB (2000)

Parte de um subgênero peculiar do estilo shooter, Magical Chase é considerando um cute- em-up, por trocar naves espaciais e canhões por itens mais fofinhos, como uma bruxinha adolescente montada em sua vassoura.

O título foi lançado originalmente para o TurboGrafx-16 em 1991, ganhando seu port para o Color nove anos depois, mas apenas no território japonês. A história gira em torno da jovem Ripple, uma aprendiz que ao espiar um livro proibido, não só libera seis demônios no mundo como quebra a promessa feita para sua professora. A jovem precisa então passar pelas fases e capturar as criaturas, ou senão vai acabar transformada em sapo por sua mestra.

Com uma jogabilidade mais amigável que conta até mesmo melhorias que podem ser adquiridas para vida e armas, ele não é um daqueles games insanamente difíceis, e sim uma opção colorida e divertida para aqueles que só queriam se distrair e relaxar.

Wendy: Every Witch Way (2001)

Centrado em Wendy, a bruxinha boa e amiga de Gasparzinho, este game plataforma de ação mostra as desventuras da menina, que ao abrir um baú contendo pedras mágicas que estava escondido no sótão de suas tias, acaba fazendo com que um castelo flutuante caia em cima da casa, levando a garota a buscar uma forma de restaurar a gravidade.

Diferente de outros jogos do gênero no GBC, Every Witch Way oferece mais movimentação do que apenas correr e saltar normalmente. Os controles do título permitem reverter a gravidade, o que dá a bruxinha a chance de andar em tetos ou plataformas acima dela, uma mecânica que vai se tornando cada vez mais necessária com o desenrolar da aventura.

Ele foi elogiado por sua originalidade e visual colorido, e de forma interessante, inserir o cartucho do título em um Game Boy Advance libera um novo mundo com três novas fases para serem aproveitadas.

Jogos desconhecidos do Game Boy Advance

Lady Sia (2001)

Um dos títulos originais para o Advance, combinando o gênero plataforma com elementos de ação e aventura, e chamando a atenção com seus belos gráficos desenhados à mão.

A história se passa em um mundo fantástico, e gira em torno de uma princesa guerreira, que precisa derrotar uma raça de criaturas malignas chamada T'soas, controlada pelo bruxo Onimen que declarou guerra contra os outros reinos.

Com uma jogabilidade interessante e a chance de realizar muitos combos durante as batalhas, Lady Sia fez um sucesso razoável durante seu lançamento, e uma sequência havia sido planejada para 2003. Porém, quando a mesma foi cancelada por falta de fundos, as aventuras desta brava guerreira mágica acabaram caindo no esquecimento.

Zone of the Enders: The First of Mars (2002)

Muitos fãs de Hideo Kojima provavelmente conhecem Zone of the Enders, uma franquia shooter e hack and slash repleta de batalhas com mechas.

Porém, The First of Mars difere em vários pontos dos outros títulos da série, não tendo o envolvimento de Kojima no projeto, e com uma mecânica de combates em turnos, tornando-o um título mais estratégico do que de ação.

Além disso, mesmo sendo ambientado no mesmo universo, ele segue uma história paralela narrada em um formato de anime, com 26 episódios diferentes, e sua trama acompanha a saga do jovem Cage Midwell que acaba se envolvendo acidentalmente em um sério conflito entre a Terra e Marte.

Apesar do famoso diretor japonês não ter participado do desenvolvimento, o enredo não deixa de ser bem interessante, com muito drama e questões filosóficas que complementam muito bem essa aventura espacial.

Ninja Five-O (2003)

Também conhecido como Ninja Cop, este título plataforma de ação prometia se tornar um dos games mais vendidos do GBA, acompanhando a luta do ninja Joe Osugi contra um grupo terrorista influenciado por máscaras místicas que concedem imensos poderes.

Contudo, por motivos desconhecidos, ele nunca foi lançado no Japão, e o número de cópias disponibilizadas na América do Norte e Europa foi tão pequeno que ele se tornou um dos jogos portáteis mais procurados, com seus cartuchos sendo vendidos ao longo dos anos por centenas de dólares.


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