Fatal Frame: Maiden of Back Water é lindo de morrer, mas ainda peca

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Imagem: Koei Tecmo

Fatal Frame surgiu originalmente em 2001 para PlayStation 2 e Xbox, e logo conquistou diversos fãs com suas tramas macabras, visuais aterrorizantes e protagonistas desamparadas que só podiam combater os horrendos fantasmas que as atacavam utilizando a icônica Camera Obscura.

Como minha série favorita de survival horror, e eu fiz questão de apreciar todos os títulos mais de uma vez (ou duas, ou três...), chegando até a jogar Mask of the Lunar Eclipse — o quarto game que foi lançado apenas no Japão — em japonês com um guia em inglês do lado para não perder nenhuma informação sequer do enredo.

Infelizmente, após o lançamento mundial de Fatal Frame: Maiden of Black Water em 2015, não tivemos mais novidades sobre a franquia, que parecia ter chegado ao fim, para minha grande tristeza.

Então, quando a Koei Tecmo anunciou uma versão remasterizada do mesmo para comemorar os 20 anos desde o dia que Miku Hinasaki entrou pela primeira vez em uma mansão abandonada atrás de seu irmão Mafuyu, eu fiquei extremamente empolgada e não via a hora de poder testar minhas habilidades com a câmera de novo!

Vale lembrar que o Voxel já fez uma análise muito legal e bem completinha sobre este game no Wii U, então dessa vez, vamos nos concentrar nas novidades do remaster para vocês descobrirem se vale a pena ou não dar uma chance para os horrores trazidos pelas águas negras.

Gráficos fantasmagoriamente lindos

Como todo bom remaster, Maiden of Back Water apresenta uma melhoria gráfica significante. O original já era bonito, mas como diz o ditado: o diabo — ou nesse caso, as almas penadas — está nos detalhes.

Fonte:  Stella/Voxel 

O visual repaginado ajuda na imersão do terror, aumentando o contraste entre a beleza do Monte Hikami durante o dia, e seus horrores durante a noite, além de exibir com clareza vários aspectos da jornada dos personagens, como quando ficam encharcados com as águas amaldiçoadas.

Fonte:  Stella/Voxel 

Os gráficos aprimorados também servem para criar mais tensão ao enfrentar ou fugir de fantasmas, pois agora é possível ver cada parte deles com muita nitidez, o que os torna ainda mais assustadores.

Vestidos para exorcizar

E é claro que ninguém está realmente pronto para lidar com diversas assombrações e descobrir os segredos de horrendos rituais antigos sem um bom look arrasador!

Fonte:  Stella/Voxel 

Uma das novidades da remasterização do game são roupas diferentes para Yuri, Miu e Ren, incluindo o primeiro traje da fofíssima Ryza da franquia Atelier, e os visuais de protagonistas dos jogos anteriores na Digital Deluxe Edition.

Fonte:  Stella/Voxel 

Então, se você é como eu que adora mudar os outifits dos personagens, vai se divertir se aventurando nesta jornada assustadora com um estilo punk, gótico, ou de roupa de banho (a pergunta é sempre por que não, certo?).

E que tal imortalizar seu visual preferido de uma forma super criativa? Com o novo Snap Mode, é possível criar fotos dos "aventureiros do Monte Hikami" de um jeito bem legal, adicionando filtros, molduras e até mesmo vários espíritos. Um ótimo modo de explorar o artista do terror que vive em você.

Fonte:  Stella/Voxel 

Câmera na mão, fantasma no chão

Lançado originalmente para o Wii U, Maiden of Black Water utilizava o Gamepad para controlar a Camera Obscura, o que parecia uma ideia muito boa em teoria, mas teve seus problemas na execução.

Em locais apertados, ficava mais complicado acertar as fotos, o que abria espaço para sofrer danos dos ataques fantasmagóricos. Além disso, ele é muito maior para segurar e com botões mais afastados do que em comparação aos controles tradicionais, o que pode ser uma desvantagem em certos momentos.

Fonte:  Stella/Voxel 

Os controles do remaster, que retornam basicamente a fórmula dos três primeiros games, resolveram essas ocorrências. É bem tranquilo virar os ângulos da câmera em qualquer ambiente para conseguir diversos Shutter Chances e Fatal Frames, e caso perca o timing para fotografar, também dá para se esquivar ser muitos problemas.

Algumas maldições tendem a se repetir

Mesmo melhorando vários pontos do título original, a versão remasterizada também peca em alguns momentos. Os ângulos das câmeras podem ficar bem esquisitos em certas partes, principalmente em corredores e locais menores, deixando o combate e a movimentação um tanto confusos.

Fonte:  Stella/Voxel 

Os comandos para pegar itens e seguir o objetivo do capítulo ficam no mesmo botão, então várias vezes você pode se preparar para coletar algo do cenário e acabar virando de forma brusca para acompanhar o "vulto" que leva até a próxima parte importante do game, algo que fica frustrante depois de um tempo.

Fonte:  Stella/Voxel 

Outro detalhe que não é um problema tão sério, mas vale mencionar é que mesmo após tanto tempo, o jogo ainda não conta com legendas em português, o que é uma pena, pois impede que mais pessoas possam aproveitar a aventura.

Vale a pena?

Maiden of Black Water realmente não é o meu favorito da franquia, mas não deixa de ser interessante. O remaster é uma boa opção para quem não pode jogar o original no Wii U, com controles mais intuitivos e gráficos extremamente charmosos.

Fonte:  Stella/Voxel 

Se você é fã de survival horror e está procurando um game com uma história interessante e recheado de momentos assustadores, com certeza vale a pena dar uma chance para esta jornada assombrosa através do amaldiçoado Monte Hikami.

Fatal Frame: Maiden of Black Water foi gentilmente cedido pela Koei Tecmo para esta análise


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