A Nvidia anunciou hoje (16) que a tecnologia DLSS acaba de chegar na sua versão 2.3, trazendo algumas melhorias à versão anterior, a 2.0. Além de aprimorar seu recurso proprietário, a empresa divulgou que o Image Scaling, funcionalidade que melhora a imagem sem os recursos neurais, também terá melhorias significativas.
O Voxel já esteve em contato com os recursos desde a semana passada, mas tanto o DLSS 2.3, o Image Scaling e até o ICAT, novo software de comparação para criadores de conteúdo, estão disponíveis hoje, dia 16 de novembro, publicamente para todos. Confira algumas das novidades!
DLSS 2.3: o que era bom, ainda melhor
Para quem ainda não conhece ou não sabe o que é DLSS, trata-se da tecnologia desenvolvida pela Nvidia (e que funciona apenas em placas RTX) que usa os Tensor Cores da GPU para aprimorar a imagem e resolução. Deep Learning Super Sampling: como o nome diz, o recurso consegue fazer o upscaling de imagens em resoluções mais baixas para resoluções mais altas, sem perder a qualidade – e, em muitas vezes, trazer resultados melhores que a resolução nativa – e com um nível de performance melhor.
Para ser um pouco mais prático, imagine o seguinte: você pode rodar um game em 4K, mas com o DLSS ativo usando a resolução interna em 1080p, algo que rende um resultado melhor que o 4K nativo e com a performance um pouco acima de renderizar o jogo em Full HD. O DLSS parece fazer mágica e melhorou muito com o tempo, já que usa uma rede neural para analisar milhões de amostras e aprender com machine learning como oferecer o melhor efeito gráfico.
O melhor de tudo é que, atualmente, a presença do DLSS em games vem subindo de maneira exponencial, com mais de 130 títulos oferecendo suporte (entre eles, grandes jogos do mercado, como Fortnite, Call of Duty: Warzone e até o recém-lançado Battlefield 2042) e mais por vir, já que o DLSS está presente como plugin para a Unreal Engine e Unity – ainda em Beta.
Contudo, mesmo em sua versão 2.1, a tecnologia ainda tinha imperfeições (pequenas, mas estavam lá). Elas basicamente residiam em partículas pequenas em movimento que, em jogos seletos, poderia deixar rastros e artefatos de ghosting nas imagens. A nova versão, o DLSS 2.3, corrige esse defeito técnico ao implementar reconstrução neural nesses elementos ao identificar vetores de movimento.
Vários jogos já lançados podem usar o DLSS 2.3, incluindo:
- Baldur’s Gate 3
- Bright Memory: Infinite
- Cyberpunk 2077 (suporte ao DLSS 2.3 chega hoje, 16 de novembro)
- Crysis 2 Remastered
- Crysis 3 Remastered
- Deathloop
- DOOM Eternal
- Farming Simulator 22 (lançamento em 22 de novembro com suporte ao DLSS 2.3)
- Grand Theft Auto: The Trilogy – The Definitive Edition
- Grand Theft Auto 3 Definitive Edition
- Grand Theft Auto Vice City Definitive Edition
- Grand Theft Auto San Andreas Definitive Edition
- Jurassic World Evolution 2
- Marvel’s Guardians of the Galaxy
- Rise of the Tomb Raider
- Shadow of the Tomb Raider
- Sword & Fairy 7
Jogos com Doom Eternal e Cyberpunk 2077 (e até Death Stranding) mostram esses problemas pequenos na prática, com asteroides à distância ilustrando esse quesito ou o retrovisor do veículo deixando um rastro que não deveria ocorrer. Apesar de aparecerem em exemplos muito específicos, era o espaço onde a tecnologia poderia ser aprimorada – e foi. Por ser um elemento que aprende com o tempo devido à sua natureza, o DLSS está em constante mudança e aprimoramentos.
Image Scaling: uma solução de upscaling excelente para todos
Apesar de o DLSS ser hoje uma das tecnologias mais incríveis da Nvidia, ela funciona apenas em placas RTX (deixando de fora as GTX, que não têm componentes específicos de hardware para realizar as tarefas). Desde 2019, a empresa tem um recurso pouco conhecido chamado de Image Scaling, que agora receberá mais atenção da companhia com algumas mudanças e adições significativas.
Na teoria, o spatial upscaling faz a função semelhante a outros, como o próprio FSR da AMD, concorrente da Nvidia. Contudo, a empresa reformulou a tecnologia implementou um novo algoritmo para reconstruir a imagem com novos filtros e recursos, algo que, segundo a Nvidia, aprimora a performance em relação aos demais do mercado.
Em comparações demonstradas pela companhia, o Image Scaling consegue imagens com nitidez maior e com performance acima (e o usuário pode definir a nitidez no painel de controle da Nvidia para encontrar o melhor balanço entre suavidade e serrilhado). O mais interessante é que agora o recurso poderá ser utilizado com qualquer jogo.
A Nvidia está lançando uma SDK, que pode ser utilizada por qualquer desenvolvedor, para utilizar a tecnologia na renderização de seus games. Apesar de não ser tão bom quanto o DLSS, o Image Scaling receberá mais atenção e pode atender a uma variedade maior de jogadores no PC.
ICAT é a ferramenta perfeita para os criadores de conteúdo
Para finalizar, a Nvidia revelou outra ferramenta interessante, chamada de Image Comparison & Analysis Tool (ou para os mais íntimos, ICAT). Como o nome sugere, ele é um programa de comparação de imagens e vídeos desenvolvido especialmente para produtores de conteúdo, mas que pode ser utilizado por qualquer um.
Basicamente, você pode usar diversas capturas e ver a diferença com um slider ou zoom, vendo vídeos e printscreen de jogos ao mesmo tempo com maior precisão. Em vez de ficar abrindo arquivos diferentes lado a lado ou passando rapidamente pela galeria, o ICAT traz uma forma mais fácil de ver diferenças.
Quer saber o quanto o DLSS aprimora imagens? Ou o quanto o Image Scaling muda o visual? Até quem sabe comparar presets gráficos distintos, como Low vs Ultra? Basta fazer capturas no mesmo ambiente e lançá-las no ICAT para ver na prática uma diferença mais visual e precisa.
Tanto o DLSS 2.3, o Image Scaling e o ICAT estão disponíveis publicamente a partir de hoje, dia 16 de novembro. O que achou das novidades? Deixe seu comentário abaixo!