Com o lançamento do aguardado Call of Duty: Vanguard se aproximando, a Activision Brasil convidou o Voxel para bater um papo com Mike Mejia, o Senior Lead Producer na desenvolvedora Sledgehammer Games, para sabermos tudo o que nos espera quando o jogo chegar às lojas em 5 de novembro. Confira os melhores momentos da entrevista a seguir.
Os fãs de FPS vão precisar encaixar um bom espaço nas suas agendas neste fim de ano, já que além do COD: Vanguard ainda teremos Battlefield 2042 e Halo Infinite saindo bem perto um do outro. O que você acha que mais diferencia o seu jogo dos demais?
Mike Mejia: “Estou empolgado com as festas de fim de ano, já que temos um monte de jogos ótimos prestes a sair, então é uma época mágica para a cultura dos video games! Mas estou muito orgulhoso do que o nosso time conseguiu alcançar, já que obviamente foi bem mais desafiador dessa vez, tendo que fazer tudo em meio a uma pandemia e tal.
Acredito que nós temos um pacote completo para os fãs dessa vez, com uma narrativa rica e complexa, multiplayer épico com novas coisas para fazer, com mais destruição tática… então vai ser muito legal ver isso conectado aos esports também! E temos mais mapas do que já tivemos em qualquer outro momento para um lançamento, o que é incrível!
Também tem um novo mapa para o Warzone, então vai ser empolgante voltar para o Pacífico, e tem até os zumbis! Para mim — e é verdade que eu sou parcial nisso pelo que conseguimos fazer com o nosso time —, acredito que tem muito conteúdo nesse jogo, é coisa demais! E se você olhar para cada parte separadamente, vai notar que demos tudo de nós nelas.
Dessa vez nós vamos entrar mais profundamente nos personagens, aprofundamos a narrativa, seu passado, a diversidade de quem eles são e pelo que passaram. Então não é como se tivéssemos uma lista de afazeres para cumprir e fôssemos marcando item por item. Não! O que fizemos foi dedicar tempo e esforço para que cada ideia e área do jogo ficasse incrível, sabe?”
E a campanha deste ano? Sem dar muitos spoilers, o que podemos esperar em termos do tom e foco da narrativa?
Mike Mejia: “O tom para nós… bom, nós sempre deixamos tudo meio sombrio e realista em alguma medida, tentamos deixar as coisas meio 'pés no chão' e plausíveis. Afinal, são histórias inspiradas em coisas que aconteceram de verdade, certo? Mas dessa vez nós quisemos ser mais ousados e ir ainda mais longe, épicos e globais.
Primeiro porque tinha muito mais países envolvidos na guerra do jogo dessa vez. Tipo, pelo que a Rússia passou? Vamos ver o que rolou com eles. E o Reino Unido? Como é o mundo em que vivemos? Tentamos ver o que faz as pessoas trabalharem juntas em nome de um objetivo em comum.
Porque tudo isso aconteceu mesmo na Segunda Guerra Mundial. Então quando você olha a história da origem das Forças Especiais, e foi basicamente isso de se unir para resolver problemas, e muita gente se juntou. Então nos orgulhamos de ter montado um novo time de narrativa no estúdio, com os pesquisadores certos, gente com experiência em história, escritores com diferentes passados, e todos eles trabalhando juntos para criar uma narrativa inédita.
Você não só vai ter a montanha-russa esperada, como se estivesse vendo Dunkirk, mas também vai ter momentos mais lentos e emocionantes para poder se conectar com os personagens. Afinal, não dá para ficar o tempo todo em velocidade máxima, senão ninguém se importa com nada.”
E agora entrando no território do multiplayer, o que temos de mais legal para os fãs veteranos desta vez?
Mike Mejia: “Acho que a coisa que me deixa mais empolgado, e você deve ter sentido isso durante o seu gameplay também, é o elemento de destruição tática. Porque agora é menos sobre destruição em massa, e mais sobre como você vai navegar pelo mapa e tornar os danos parte da sua estratégia.
É preciso pensar um pouco mais sobre isso ao invés de só atirar, matar, morrer, renascer e repetir esse ciclo. Queremos que você pense mais em como engajar nos combates, pois acaba abrindo mais caminhos para as lutas. Também focamos bastante em aumentar a customização, experimentamos diferentes calibres de armas, e permitimos encaixar mais acessórios do que nunca. Sabemos que os jogadores queriam passar mais tempo montando uma arma com a sua própria cara!
O multiplayer deve sempre ter o clima de um blockbuster de primeira, superintenso. Então nossos personagens refletem isso, são pessoas saídas de todos os lados do mundo. E conforme as temporadas forem se desenrolando teremos ainda mais nações representadas. Eu não posso confirmar nem negar isso agora, mas talvez tenhamos até uma figura brasileira? (risos)
Porque nossos jogadores estão ao redor de todo o mundo, e queríamos refletir isso já na tela de seleção de personagens. Não posso falar muito sobre Warzone ainda, mas temos um novo mapa novinho em folha no Pacífico, e vai ser incrível!”
Trabalhar em uma das maiores marcas dos video games deve ser uma grande responsabilidade, não é? Como vocês fazem para equilibrar familiaridade e inovação, conquistando novos fãs sem alienar os antigos?
Mike Mejia: “Estou nessa franquia há muito tempo, e em todo jogo temos essa experiência de tentar fazer o melhor jogo que poderíamos sonhar em fazer cooperativamente. Dos nossos desenvolvedores aos artistas, todos levamos muito a sério a missão de fazer um jogo ainda melhor que o anterior.
Porque sabemos que COD significa muito para muita gente. Mesmo com todos trabalhando de casa, uma coisa que ajudou a deixar tudo em harmonia foi a relação entre a comunidade e o time. Isso nos ajuda a focar em fazer coisas que os jogadores vão apreciar; estamos sempre reagindo ao feedback.
Temos um novo sistema dentro do jogo chamado de Sistema de Ritmo de Combate justamente porque estamos sempre olhando para as coisas pela ótica dos jogadores. Quando você ouve sobre o ricochete, zumbis, esports… acaba que é muita coisa. Mas a atenção constante a cada detalhe é algo que me orgulha demais e ajuda o projeto a fluir bem.”
Alguma mensagem final para os fãs da série no Brasil?
Mike Mejia: “Construímos esse jogo para vocês! Cada palavra dita para nós nos canais de comunidade é levada a sério e nos ajuda a levar o projeto adiante. Seja nos times de esports, fãs da campanha ou multiplayer, é absolutamente tudo sobre vocês. Sem o suporte dos fãs, nós não estaríamos aqui, e é por isso que levamos tudo tão a sério. Estamos aqui para vocês, e só estamos aqui por causa de vocês. Então muito obrigado!”
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