A Activision Blizzard enfrenta uma batalha legal contra o estado da Califórnia depois de ser processada por permitir uma cultura de assédio e misoginia dentro da empresa. Enquanto isso, a companhia também trava uma luta para recuperar sua credibilidade com o público e com os próprios funcionários, o que já teria resultado na demissão de mais de 20 pessoas.
A informação está disponível no site oficial da Activision Blizzard, num texto assinado por Frances Townsend, atual CCO da companhia. O post, que também foi um e-mail enviado aos funcionários, afirma que 20 funcionários deixaram a companhia "em conexão com diversas acusações resolvidas", enquanto outras 20 pessoas enfrentaram outros tipos de medidas disciplinares. O documento não cita os nomes de nenhuma dessas pessoas.
Tentando reiterar o compromisso da empresa em não deixar o problema se repetir, o texto também destaca bastante que os funcionários não devem se omitir em casos de encontrarem problemas, e quer garantir que suas palavras serão ouvidas - diferente do que parece ter acontecido no passado. O texto diz que "denúncias podem ser submetidas anonimamente e haverá tolerância zero para retaliação (contra quem denunciar) de qualquer tipo."
É um texto bem extenso e mostra um pouco uma mudança em relação aos primeiros - e amplamente criticados - posicionamentos da Activision Blizzard.
A própria Townsend, que assina o documento, também foi pivô de polêmicas num âmbito pessoal. Logo nos primeiros dias em que o processo se tornou público, a executiva chamou a atenção compartilhando em seu Twitter um texto criticando e ressaltando os "problemas" de denunciar más práticas da sua empresa ao público (whistleblowing). Ela inclusive chegou a bloquear os funcionários da própria empresa quando eles foram criticar a postagem na rede social. Mas sua postagem foi tão mal recebida que Townsend decidiu até deletar sua conta no Twitter.
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