A Sony viu, nos anos 1990, que o negócio de video game daria certo no futuro. Foi então que ela fechou uma parceria com a japonesa Nintendo para firmar e desenvolver um console, mas, mesmo com protótipos criados, o projeto não foi para a frente.
Ainda assim, a empresa manteve essa ideia e, em 1994, finalmente foi lançado seu primeiro video game. Desejamos boas-vindas ao 1° episódio do "Pior ao Melhor de Consoles com o PS1". Confira também o vídeo:
A seguir, estão nossos critérios, então prestem bastante atenção.
- As notas apresentadas são baseadas no agregador de notas Metacritic.
- Nós separamos os sete melhores e os sete piores jogos do video game. Em caso de empates, nós usamos a nota dos usuários como desempate.
Vamos começar com os piores!
7) MTV Sports: Skateboarding featuring Andy Macdonald (2000) — 40 (PS1)
Quem diria que a gente sairia de um jogo de skate e iria para outro? MTV Sports: Skateboarding featuring Andy Macdonald, lançado em 2000, tentou entrar na moda dos jogos de esportes radicais que tomaram o mundo dos video games entre o final dos anos 1990 e o começo dos anos 2000. O foco do título foi no licenciamento de marcas, skatistas e músicas, o que acabou sendo também a sua perdição.
O título trouxe uma jogabilidade péssima, controles estranhos, gráficos horrorosos e frame rate baixo. Esse jogo serve de exemplo do que não fazer caso queira desenvolver um game de skate. A nota dele é 40.
6) Resident Evil: Survivor (2000) — 39 (PS1)
Resident Evil: Survivor, lançado no começo de 2000, trouxe uma grande mudança para a franquia que só 17 anos depois seria realmente aceita pelos fãs da série: uma visão em 1ª pessoa. As versões europeia e japonesa tinham como suporte as armas de brinquedo da Namco, chamadas de GunCon; a versão americana não, isso por conta do massacre na escola de Columbine, que tinha acontecido no ano anterior.
Na história, o protagonista escapou de um acidente de helicóptero e fica sem memória. Depois disso, ele tem que sobreviver a diversos inimigos conhecidos, como Lickers e Tyrants, ao mesmo tempo que tenta relembrar quem ele é e como foi parar ali.
Um FPS normalmente é rápido e visceral, o que vai contra as bases da franquia Resident Evil. Além disso, grande parte da diversão ficou perdida por conta da falta de suporte ao periférico. Os gráficos pixelados também não ajudaram, assim como as telas de carregamento longas entre as portas. Portanto, o game acabou sendo um fracasso, e a nota dele é 39.
5) Duke Nukem: Land of the Babes (2000) — 37 (PS1)
Lançado em 2000, temos Duke Nukem: Land of the Babes, que é uma sequência direta de Dukem Nuken: Time to Kill, que tinha chegou ao console no ano anterior. Inclusive, a jogabilidade de ambos é bem parecida, mas o primeiro apresenta algumas novidades, como inimigos e armas. O motor gráfico reciclado, os diversos problemas técnicos e os diversos clichês na história do game foram criticados pelos analistas, mas foi elogiado por manter aspectos da série, o que rendeu a ele 37 de nota.
4) The Simpsons Wrestling (2001) — 32 (PS1)
The Simpsons Wrestling, lançado em 2001, é um game de luta livre que coloca 20 personagens do famoso desenho The Simpsons para se enfrentarem em lutas no maior estilo WWE. Cada lutador presente tem habilidades diferentes inspiradas na personalidade deles, que inclusive têm as vozes dos atores originais.
O título foi extremamente criticado na época por conta de sua gameplay extremamente simples e desbalanceada, seus gráficos simplesmente horrorosos e seus controles confusos. A nota desse jogo é 32.
3) Mortal Kombat: Special Forces (2000) — 28 (PS1)
Mortal Kombat: Special Forces, lançado em 2000, ficou no pódio do terror da nossa lista. Esse spin-off é bem diferente da franquia por apresentar uma jogabilidade na pegada de actions adventures que eram bem comuns na época. Com gráficos 3D, o jogador está na pele de Jax que tem como objetivo acabar com o criminoso Kano e sua gangue.
O jogo é considerado por muitos como o pior da franquia. O próprio Ed Boon confirmou que o seu desenvolvimento foi bem complicado e, olhando para as críticas relacionadas à falta de saves, inteligência artificial limitada e sons ruins mostram que ele não é um game que vale a pena ser jogado, mesmo pelos fans. A nota dele é 28.
2) KISS Pinball (2001) — 26 (PS1)
Pinball nos video games não é algo tão popular, então quem sabe colocar uma banda extremamente popular não é? Esse foi o pensamento da Wildfire Studios e Tarantula Studios, desenvolvedoras de KISS Pinball, lançado em 2001. A jogabilidade é exatamente o que vocês podem esperar: pinball.
Com uma premissa tão simples e com poucos lugares para ir, o jogo acabou sendo só mais um. Os analistas disseram que eles não têm propósito, sendo extremamente decepcionante para os fãs da banda. A nota do game é 26.
1) Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22 (1995) — 25 (PS1)
Em 1° lugar entre os piores, temos Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22, lançado em 1995. O jogo é focado em lutas de 1x1, tem modos diferentes, cheio de poderes especiais e diversos personagens conhecidos pelos fãs da franquia.
O título tem uma jogabilidade lenta, controles pouco intuitivos, falta de história e gráficos estranhos, bem como falta de inovação, o que fez ele ser considerado por muitos como um dos piores jogos já lançados no saudoso PS1. A nota dele é 25.
Agora, vamos para os melhores!
7) Gran Turismo 2 (1999) — 93 (PS1)
Lançado em 1999, Gran Turismo 2 trouxe como novidade um número maior de veículos e pistas, 650 e 27 respectivamente, mas sua gameplay, seus gráficos e sua física são muito parecidos com a do primeiro GT. Então, é possível dizer que o jogo era mais diferente em relação aos freios,fazendo menos provável que o carro sobrevirasse em curvas.
Também havia a possibilidade de correr eventos separadamente em vez de participar de torneios inteiros. O game sofreu diversos bugs e glitches. Um deles, relacionado à porcentagem de conclusão, foi por conta de um modo drag racing que nunca foi implementado, o que segurava o jogador em 98,2%. Os diversos problemas técnicos não agradaram, assim como a falta de inovação, mas a quantidade de conteúdo e a jogabilidade, que se manteve ótima, agradaram bastante, rendendo ao título a nota de 93.
6) Metal Gear Solid (1998) — 94 (PS1)
O primeiro Metal Gear Solid, lançado em 1998, inovou tanto a franquia criada por Hideo Kojima que influenciou todo o mundo dos video games. A história acompanha Solid Snake, um soldado que deve se infiltrar em uma base de armas nucleares para neutralizar a ameaça terrorista da FOXHOUND, uma unidade de forças especiais renegada.
A transição do MSX2 para o poderoso Playstation 1 possibilitou que os desenvolvedores inovassem nos gráficos e trouxessem Metal Gear para o mundo 3D. Com essa diferença, Kojima teve muito espaço para mostrar como ele era criativo.
O título é puramente stealth, sendo assim, o jogador precisa tomar muito cuidado com os adversários, pois caso seja identificado, "o pau vai comer". Grande parte da gameplay apresenta uma perspectiva top down, mas outros ângulos de câmera são usados em algumas situações. O título trouxe alguns dos momentos mais memoráveis da história da franquia, como a boss fight contra Psycho Mantis, que lê alguns dos jogos salvos em seu memory card. E, como se não bastasse, era necessário mudar a entrada do controle para derrotá-lo. Inclusive, a resposta para um dos puzzles do jogo estava na parte de trás da caixa do jogo, o que é muito big brain.
O jogo foi muito elogiado na época, sendo classificado por alguns como o melhor game já feito. Os analistas enalteceram sua jogabilidade, seus gráficos e sua história complexa, mas criticaram o frame rate em alguns momentos, além de outras facilidades relacionadas à detecção do jogador pelos inimigos. A nota do game é 94.
5) Chrono Cross (2000) — 94 (PS1)
No 5° lugar, temos Chrono Cross, lançado em 2000. O jogo se passa no mesmo universo de seu antecessor, Chrono Trigger, e acompanha um jovem chamado Serge, que busca descobrir a verdade sobre 2 mundos paralelos que estão divergindo ao mesmo tempo e tenta descobrir mais sobre seu passado enfrentando o vilão Lynx.
O jogo tem gráficos tridimensionais, mas mantém o combate em turnos. Assim como seu antecessor, há diversos encontros aleatórios pelo caminho que devem ser resolvidos para prosseguir. Uma das inovações que o título trouxe foi uma barra de stamina, que vai baixando conforme o jogador ataca e subindo quando se defende.
O título não teve como diretores Akihiko Matsui, Yoshinori Kitase e Takashi Tokita, nem mesmo o artista Akira Toriyama, mas ainda assim impressionou muito. Ele foi elogiado por seu plot complexo, sistema de batalha inovador, variedade de personagens e gráficos vibrantes. A sua nota é 94.
4) Final Fantasy IX (2000) — 94 (PS1)
Lançado em 2000, Final Fantasy IX ficou em 4° lugar em nossa lista. A história acompanha um ladrão conhecido como Zidane Tribal que raptou a princesa Garnet Til Alexandros XVII no meio de uma guerra entre nações. Porém, ambos se juntam a outros guerreiros e decidem lutar contra a rainha Brahne de Alexandria, a mãe de Garnet. Uma curiosidade é que a história de Final Fantasy VIII se passa em paralelo a esse título.
O jogo trouxe algumas novidades para a franquia, como as cutscenes Active Time Event (ATE), o serviço postal interno do jogo chamado Mognet e até mesmo os pontos de exclamação acima da cabeça de personagens que indicam pontos de interesse.
O jogo foi elogiado pelos seus personagens, pela representação visual, pela curva de aprendizado bem rápida, por um ótimo sistema de batalhas tático, pelos diálogos cheios de humor, pelos detalhes nas animações e pelos designs, entre outras características diversas, mas acabou sendo criticado por trilhas que foram reusadas de games anteriores e pelos combates que longos e repetitivos. A nota dele é 94.
3) Gran Turismo (1997) — 96 (PS1)
Em 3° lugar, temos o primeiro Gran Turismo, lançado em 1997. O jogo veio com a ideia de ser um verdadeiro simulador para os amantes de corrida, mas sem deixar a galera mais arcade de lado. Na simulação, há diversas categorias de carros e corridas que vão sendo liberadas com o tempo, assim permitem ao corredor ganhar novos veículos e participar de novos campeonatos.
No total, são 140 carros e 11 corridas. Somente no modo "arcade" é possível utilizar o Chevrolet Corvette 1967 e o Mazda Roadster 1998. Já na versão japonesa, há dois Hondas NSX de 1992 que não estão disponíveis nas versões americanas ou europeias do título. O desenvolvimento não foi dos mais fáceis, já que só estavam envolvidas de 7 a 15 pessoas, fazendo que a produção demorasse 5 anos para ser finalizada.
O game vendeu quase 11 milhões de unidades e impressionou a todos na época. Os analistas rasgaram elogios para sua jogabilidade extremamente realista, seus gráficos incríveis, sua quantidade enorme de conteúdo e seu fator diversão para todos os fãs de automobilismo. O game tirou 96 de nota.
2) Tekken 3 (1997) — 96 (PS1)
Em 2° lugar, temos Tekken 3, lançado em 1997. O título se passa 19 anos depois do segundo torneio King of the Iron Fist, com Heihachi anunciando uma nova edição na qual seu neto, Jin, competirá pela 1ª vez.
Diferente de seus antecessores, a jogabilidade de Tekken 3 dá bastante foco à movimentação em 3 dimensões, com o jogador podendo se aproximar ou se afastar do background. Além disso, o game conta com melhorias diversas, como uma recuperação mais rápida de knockdowns e novos combos com lançamentos. No total, são 24 personagens, sendo que a esmagadora maioria está fazendo sua estreia, isso por conta do jogo se passar em um futuro distante.
Ele foi o primeiro a ter o minigame beat 'em up, que aqui se chama Tekken Force, além de ter um outro chamado Tekken Ball, que é como um vôlei de praia com porradaria. Não é dúvida para ninguém que Tekken 3 foi um completo sucesso de vendas e de crítica. Os analistas elogiaram sua jogabilidade, seus personagens, seus visuais, seu foco dado nas batalhas 3D, suas animações, sua história e assim vai. No total, foram mais de 8 milhões de unidades comercializadas, diversos prêmios recebidos e 96 de nota.
1) Tony Hawk's Pro Skater 2 (2000) — 98 (PS1)
Finalmente chegamos ao topo, ao 1° colocado com ele, um dos mais amados jogos de esportes já lançados, Tony Hawk's Pro Skater 2. Além de melhorias gráficas em relação ao seu antecessor, ele foi o jogo que introduziu uma das manobras mais importantes para quem adora fazer centenas de pontos de uma vez: o manual é muito usado para conectar uma manobra a outra sem perder a sua pontuação.
Não só isso, mas ele também introduziu o editor de levels, que possibilitou as mais loucas pistas de serem criadas. Personalizar levels não é o suficiente? Que tal então personalizar o próprio personagem pela primeira vez na franquia? Nada mal, não é mesmo?
É óbvio que a crítica ficou apaixonada pelo título. Entre os elogios dos analistas temos a gameplay viciante, os gráficos detalhados, a precisão e a fluidez dos controles, a trilha sonora e as customizações. Outro fato relevante é: dá para jogar com o Homem-Aranha. A sua nota é 98, uma das maiores registradas no site Metacritic.
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