Não é de hoje que as autoridades regulatórias do Reino Unido e de outros países da Europa estão bem descontentes com as mecânicas de microtransações e caixas de loot em jogos. Como parte de sua empreitada para reduzir o risco de vício em crianças e menores de 18, a Autoridade para Padrões de Propaganda do Reino Unido (ASA – sigla em inglês) emitiu novas diretrizes para como devem ser feitas as propagandas de compras in-game.
We've published new Guidance for in-game purchases, aimed at reducing the number of misleading ads there are for in-game services and digital storefronts. Find out more: https://t.co/UGz2AZnuuX pic.twitter.com/apxtUfM14F
— ASA (@ASA_UK) September 20, 2021
São documentos bem completos, que no geral exigem das empresas transparência na forma que moedas e itens de jogos são anunciados para seus jogadores. Moedas premium compráveis dentro do game, por exemplo, devem trazer com clareza quanto que o seu valor se reflete em dinheiro real.
A ASA, entretanto, não tem autoridade para multar ou punir. As diretrizes da agência funcionam mais como recomendações, acompanhadas de uma ameaça. Apesar da ASA, por si, não poder agir diretamente contra produtoras de jogos que quiserem ignorar suas diretrizes, a agência já conseguiu sucesso apenas fazendo campanhas contra essas companhias. Além disso, a autoridade pode levar casos mais problemáticos para outros órgãos regulatórios mais poderosos, que agirão para defender os interesses dos regulamentos definidos pelo governo.
E certamente a ASA vai ter o amparo de outras autoridades, afinal foi decidido recentemente pelo parlamento britânico que caixas de loot são, sim, uma forma de apostas e que devem ser regulamentadas como tal.