Quando o trailer de God of War: Ragnarok foi apresentado na quinta passada (09) durante a transmissão da PlayStation Showcase, muitos fãs ficaram extremamente empolgados, principalmente depois do Santa Monica Studios revelar mais do visual dos personagens em sua conta no Instagram. Porém, como sempre, algumas pessoas acharam motivos para reclamar.
Para certos indivíduos, o fato de Thor não ser apresentado como um loiro musculoso de olhos azuis foi inconcebível, mesmo com Eric Williams, o diretor do game, explicando em uma entrevista durante a live que a aparência do Deus do Trovão seria baseada no conceito nórdico, que é completamente diferente do estilo Marvel.
Fonte: Santa Monica Studio
Porém, o que parece ter causado mais furor entre os "puristas mitológicos" foi o fato de Angrboda ser negra, como visto em uma discussão no Twitter em um post da cosplayer Alanna Smith. Enquanto Alanna estava super empolgada para conhecer mais sobre a nova personagem e fazer cosplay da mesma, alguns usuários questionaram essa alegria, com um chegando afirmar que não existem negros na mitologia nórdica.
"You'll get your answers soon enough. Well, some of them."
— Santa Monica Studio – God of War Ragnarök (@SonySantaMonica) September 12, 2021
Please welcome @Layahayes as Angrboda to #GodOfWarRagnarok ! pic.twitter.com/jexnEsoLne
E aparentemente, essa foi a gota d'água para Matt Sophos, diretor narrativo do jogo, que respondeu de forma bem incisiva ao comentário desagradável. Confiram a seguir:
Do they also have blue Dwarves in Norse mythology? Was Loki the son of a Greek demigod? Please show me in the Eddas where it says that all Jötunn were lily white? Let me save you the time… you can’t. I’ve read them.
— Matt Sophos (@mattsophos) September 10, 2021
Como Sophos deixa claro, os Edas -coletâneas de textos que permitiram compilar e estudar os deuses e heróis nórdicos - não mencionam em momento algum que todos os Jotun são "brancos como lírio". E ao lembrar que a figura de Loki foi apresentada em God of War como o filho de um semideus grego, deixa claro que por mais que um título possa se basear em uma mitologia, ele ainda terá suas liberdades criativas.
Ou seja, em vez de reclamar sobre o peso ou etnia de um personagem fictício em um jogo, é melhor voltar sua energia para se divertir com ele, e entender que em plenos 2021, esse tipo de comentário preconceituoso não é mais tolerado nem mesmo por aqueles que estão por trás da criação do título.
Fontes