A Twitch entrou com um processo na Justiça dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (09), contra 2 pessoas que supostamente estão organizando ataques de ódio na plataforma. Um usuário tem o nick de "CruzzControl", enquanto o outro se chama "CreatineOverdose".
Apesar dos nicks, ainda não se sabe a identificação dos indivíduos. Contudo, a Twitch acredita que CruzzControl mora na Holanda, enquanto CreatineOverdose pode viver na Áustria.
Dentre as principais ações dos suspeitos estão o raids, que é um comando da plataforma que redireciona pessoas que estão assistindo um canal para outro. Essas pessoas mandavam raids diretamente para canais de minorias, momento em que as vítimas acabavam sendo bombardeadas por ataques homofóbicos, racistas, machistas, sexistas, transfóbicos e mais. A tática é chamada de “hate raids”.
A ação, que parece coordenada, foi um dos motivos que fez com que centenas de streamers realizassem um boicote à Twitch em 1° de setembro. A união dos criadores de conteúdo pedia que a plataforma justamente tomasse atitude contra essas pessoas.
O descontentamento com a empresa da Amazon chegou ao Brasil, inclusive. Por outros motivos, que incluem a diminuição dos preços das inscrições, os canais brasileiros organizaram uma espécie de “greve” em 23 de agosto.
Outras ações
A Twitch se defendeu das reclamações dizendo que está sendo ativa contra os ataques de ódio, ofensas, calúnias e xingamentos que são feitos por usuários na plataforma. A companhia disse que chegou a instalar bots que conseguem encontrar usuários que conseguem “driblar” os banimentos.
Além disso, os agressores virtuais passaram a ser banidos individualmente, com medidas de rastreio de contas. Mesmo com as medidas, grupos organizados de streamers dizem que a Twitch precisa dificultar a criação de uma conta. Eles sugerem que poderia ser pedido o número de um celular, por exemplo.
“Embora tenhamos identificado e banido milhares de contas nas últimas semanas, essas pessoas continuam trabalhando duro em maneiras criativas de contornar nossas melhorias e não mostram intenção de parar”, afirmou um porta-voz da Twitch ao site Kotaku.
“Ódio e assédio não têm lugar na Twitch e sabemos que temos muito mais trabalho a fazer, mas esperamos que essas ações combinadas ajudem a reduzir o dano imediato e inaceitável que os ataques direcionados têm infligido à nossa comunidade”, acrescentou.
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