Em seu lançamento, no longínquo ano da graça de 2015, Rise of the Tomb Raider foi muito bem recebido pela crítica, inclusive com nota máxima na análise do Voxel. Mas essa boa recepção, impulsionada pelo hype em torno do reboot da série, dois anos antes, teve um grande porém: a exclusividade para plataformas da Microsoft, pelo menos no primeiro ano. Acontece que, ao que tudo indica, a gigante pagou caro por isso: US$ 100 milhões, segundo fontes.
Fontes talvez não seja o termo mais correto, já que essa informação foi extraída por um usuário do Twitter no LinkedIn de um ex-diretor da produtora Square Enix. Fabien Rossini escreve que era "Diretor de Planejamento Corporativo e Planejamento Estratégico, trabalhando diretamente com o CEO em um papel de liderança sênior, responsável pelo portfólio de jogos da empresa e pela estratégia corporativa, construindo parcerias estratégicas, incluindo negociações de US$ 100 milhões de dólares para exclusividade de Tomb Raider com a Microsoft". O mesmo assunto é reforçado no tópico sobre os nove anos que o executivo trabalhou na Square Enix.
Veja os prints do perfil de Fabien Rossini, divulgadas pelo usuário do Twitter Timur222:
Imagem: Timur222/TwitterFonte: Timur222/Twitter
Imagem: Timur222/TwitterFonte: Timur222/Twitter
Tudo isso?
Nas respostas ao tweet original e em veículos de imprensa internacionais que já repercutiram a descoberta (que saiu ontem, dia 30 de agosto), muita gente achou essa história estranha. Afinal, US$ 100 milhões é bastante dinheiro para um acordo de exclusividade de um ano para Rise of the Tomb Raider —ainda mais se levarmos em conta vendas do jogo para Xbox e PC mal chegaram a um milhão de cópias, nesse período.
Pode ser que o tal acordo citado por Rossini em seu LinkedIn também incluísse detalhes além da exclusividade, como investimentos de marketing e vendas. Mesmo assim, US$ 100 milhões de dólares não parece um número muito realista: todo o desenvolvimento de Shadow of the Tomb Raider, game mais recente da franquia, custou entre US$ 75 milhões e 100 milhões, de acordo com informações divulgadas pelo próprio chefe da produtora.
Outra possibilidade é que o tal acordo multimilionário se refira a vários jogos, incluindo Rise of the Tomb Raider — o que seria uma aposta menos distante de outros acordos de exclusividade que vimos nos últimos anos. Também é possível que o tal 'diretorzão' tenha se confundido com os números no seu LinkedIn e nós estamos especulando em cima de nada, né?
Independente disso, a questão é que o jogo de 2015 da série Tomb Raider vendeu muito mais após o fim da exclusividade, quando foi lançado para PS4: 7 milhões de cópias por ano. Muitos fãs também argumentam que esse período de exclusividade ajudou a diminuir bastante o hype que a série tinha conquistado em 2013. E você: o que acha dessa história?
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