O motor gráfico Unity é um velho conhecido para a maioria dos gamers. Mas o que muitos jogadores não sabem é que, além de impulsionar games como Ori, Cuphead e Pillars of Eternity, o Unity também está sendo usado por militares dos EUA em contratos com o Departamento de Defesa do país. E os desenvolvedores por trás da engine estão descontentes com isso.
A informação apareceu numa extensiva reportagem da Vice, que teve acesso a diversos funcionários da Unity Technologies, a empresa por trás da Unity. Mantendo o anonimato, vários desses trabalhadores comentaram que estão tendo objeções éticas contra os contratos da Unity com as forças armadas dos Estados Unidos.
A maior reclamação entre a maioria dos funcionários é de que não dá para saber se o seu trabalho vai servir para os militares ou não. A Unity tem uma divisão específica para isso chamada GovTech, mas a natureza do desenvolvimento na empresa faz com o que o trabalho de desenvolvedores em diferentes divisões apareça em outras.
A Unity Technologies inclusive parece saber que desenvolver tecnologias militares é um assunto sensível. A Vice teve acesso a um documento de "protocolo de comunicação" para os projetos da divisão GovTech. Neste documento, supostamente oficial, são especificadas maneiras de se comunicar sobre os contratos com o Departamento de Defesa, inclusive recomendando o uso de termos como "governo" ou "defesa" em vez de dizer "militares".
"Deveria ficar muito claro quando as pessoas estão entrando na parte de iniciativa militar da Unity" – declarou uma das fontes.
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