Fusão de empresas no mundo dos video games é pouco comum, mas, quando acontecem, abalam o mercado. Agora, imagina uma empresa que recém-nasceu e já é uma das mais influentes quando se fala de jogos de animes e mangás?
Luta 2D ou 3D? Não importa, tem de tudo! Vocês votaram e aqui está o do Pior ao Melhor Especial da Bandai Namco. Estes nossos critérios, então prestem bastante atenção:
- as notas apresentadas são baseadas no agregador de notas Metacritic, então se o título foi lançado para mais de uma plataforma inicialmente, pegaremos as notas de cada uma das versões e faremos uma média aritmética;
- nós rankeamos os cinco melhores e os cinco piores games da empresa, afinal, essa é a ideia do quadro. Como tivemos empates, teremos mais de cinco jogos entre os melhores, mas só cinco posições.
- só consideramos os títulos lançados após a fusão das duas empresas;
- não entraram na lista versões especiais, exclusivos e versões de mobile e de portáteis.
Vamos começar com os melhores!
5) Dark Souls III (2016) — 88,3 (PS4, Xbox One e PC)
Em 5° lugar, temos Dark Souls 3, lançado em 2016, que é o último jogo da série Souls, isso até agora. Seu desenvolvimento começou na metade de 2013, antes do lançamento de seu antecessor, e foi feito simultaneamente com Bloodborne, mas por equipes diferentes. A sua história é contada de forma bem vaga. Informações sobre o que está acontecendo naquele mundo são obtidas por meio de conversas com NPCs, descrição de itens e no design dos ambientes. Com isso, o diretor Hidetaka Miyazaki, que esteve no comando em quase todos os títulos da série, disse que não há uma história exata e que encorajava os jogadores a explorarem o mundo e a tentarem entender o plot.
Em comparação com seu antecessor, o combate e a movimentação estão bem mais fluidos, o que possibilita um maior número de ataques em pouco tempo. Ele tem menos mapas que Dark Souls 2, mas eles são maiores e mais detalhados. Além do jogo base, duas expansões foram lançadas entre 2016 e 2017, chamadas de Ashes of Ariandel e The Ringed City.
Os analistas adoraram-no, elogiando o visual e as mecânicas de combate, que foram comparadas com as de Bloodborne. Alguns disseram que ele tem algumas das melhores batalhas contra chefes de qualquer jogo do gênero e ainda recebeu muitos elogios, como fabuloso, essencial e de incrível conclusão para a série. Ainda assim, houveram algumas críticas relacionadas à performance do jogo, aos mapas lineares e até ao lançamento do game no Ocidente. A nota dele é 88,3.
4) Dark Souls (2011) — 89 (PS3 e Xbox 360)
Dark Souls foi lançado em 2011 como um sucessor espiritual de Demon’s Souls. Como os direitos autorais de Demon são da Sony, e o novo jogo seria distribuído pela Bandai Namco, a FromSoftware foi impedida de fazer uma sequência, criando assim um novo game que, mesmo mantendo a estrutura de gameplay, teve muitos aspectos alterados para torná-lo original. Entre as diferenças, então o mapa conectado, os personagens, o universo, a história e o sistema de humanidade.
Entre as inspirações gerais que Miyazaki teve estão o mangá Berserk, as mitologias japonesa e grega, o existencialismo francês, os trabalhos de Friedrich Nietzsche e as arquiteturas do Castelo de Chambord e da Catedral de Milão. Entre os mais memoráveis bosses do jogo estão Great Grey Wolf Sif, Knight Artorias e a duplinha da pesada Ornstein e Smough.
O jogo foi elogiado pela dificuldade, pelo mapa e pelos poderosos inimigos. O sistema online de invasão e a satisfação depois de derrotar um boss muito difícil foram destaques para alguns analistas. Assim como em Demon Souls, muitos comentaram a dificuldade, já que se trata de um sistema punitivo e não injusto. Isso faria jogadores casuais terem dificuldade para avançar, enquanto os entusiastas cairiam de cabeça. A versão de PC sofreu bastante com as críticas relacionadas à performance, travada a 30 quadros, resolução não ajustável, péssimos controles por mouse e teclado, mas ainda assim recebeu críticas bem positivas. O jogo ficou com 89 de nota.
3) Dark Souls II (2014) — 91 (PS3, Xbox 360 e PC)
Lançado em 2014, Dark Souls II é o único jogo da franquia principal que não foi dirigido por Hidetaka Miyazaki, que estava na supervisão. Logo após o lançamento da edição Prepare to Die do 1° game, em 2012, a Sony chegou com uma proposta para a FromSoftware para as duas empresas trabalharem juntas em um novo título, que viria a ser Bloodborne.
Com isso, Miyazaki não conseguiu dirigir tanto ele quanto Dark Souls 2, que estavam sendo produzidos ao mesmo tempo, deixando o cargo para Tomohiro Shibuya e Yui Tanimura. Os dois afirmaram que não queriam fazer grandes alterações na fórmula do game, mantendo quase todas as mecânicas conhecidas pelos jogadores, mas trouxeram um mundo totalmente inédito cheio de armas diferentes para batalhar contra os grandes monstros presentes.
Na questão do enredo, não há nenhum tipo de ligação com o primeiro jogo, e a história é contada da mesma forma que os games lançados antes: conversa com NPCs, descrição de itens e o ambiente em si. O multiplayer também não apresenta muitas diferenças, mas agora usa servidores dedicados. A grande mudança foi o motor gráfico, que ficou mais poderoso e com uma inteligência artificial mais avançada, deixando o jogo ainda mais aterrorizante e perigoso.
Mesmo ele não sendo uns dos favoritos por parte dos fãs, acabou indo muito bem em relação aos analistas. A atmosfera e os visuais foram destaque, isso pelo grande avanço em comparação com seus antecessores. Seu multiplayer e o modo New Game Plus também foram elogiados, mas alguns acharam que a dificuldade, que aumentou ainda mais nesse título, foi feita assim só para se dizer desafiador, quando na verdade o tornou tedioso em muitos momentos. Sua nota foi de 91, ficando em 3° na nossa lista.
2) Pac-Man Championship Edition DX (2010) — 92 (Xbox 360 e PS3)
Em segundo lugar, temos Pac-Man Championship Edition DX, lançado em 2010. O título segue a clássica jogabilidade da série, com o Pac-Man percorrendo labirintos cheios de pontos enquanto foge de fantasmas coloridos. No entanto, engana-se quem acha que o título é “mais do mesmo”, já que ele tem diferenciais poderes especiais, como uma bomba que manda todos os fantasmas de volta para seu quadrado central.
A grande dificuldade dos desenvolvedores era criar um game que fosse ao mesmo tempo clássico e moderno, conquistando uma quantidade bem grande de fãs. Com isso, a equipe criativa apostou em visuais mais coloridos e mecânicas inovadoras, mas sem mudar o fator viciante que o primeiro jogo tinha.
O título foi extremamente elogiado pelos analistas por conta das novas mecânicas, como bombas e slow-motion, várias opções de dificuldade e a variedade de modos, labirintos, visuais e opções musicais, mas ele foi criticado pela péssima integração dos leaderbords. A nota dele é 92.
2) Super Smash Bros. for Wii U (2014) — 92 (WiiU)
Também em 2° lugar temos Super Smash Bros. for Wii U, lançado em 2014. É isso mesmo, vocês não viram errado: a série de porrada mais famosa da Nintendo é desenvolvida pela Bandai Namco desde 2014, sendo esse o 1° jogo da franquia que a empresa colocou as mãos.
O game tem um total de 58 personagens, sendo 7 desse de DLC, que são de diversos títulos da Big N e alguns de outras empresas, como Ryu e Megaman da Capcom. Inclusive, é possível customizar esses personagens, sendo eles originais ou Miis, os avatares da empresa.
Vale ressaltar que o jogo tem um modo para 8 jogadores simultâneos, sistema de moderação para evitar trollagens nas partidas online, integração com os bonequinhos físicos Amiibo e uma versão para Nintendo 3DS, que é parecida mas bem diferente da de Wii U, mas, como comentado em nossos critérios, não estamos considerando jogos de portáteis, vamos nos focar só no console de mesa.
Os analistas adoraram a quantidade bem grande de modos singleplayer cheios de desafios, as mecânicas afiadas das batalhas, o caótico e divertido modo para 8 jogadores e a integração com os Amiibo, mas criticado pela pela sua performance no multiplayer online. A nota desse jogo é 92.
1) Super Smash Bros. Ultimate (2018) — 93 (Switch)
Em 1° lugar, temos Super Smash Bros. Ultimate, lançado em 2018 para o Nintendo Switch. Esse é o maior título da série, considerando a quantidade de personagens, já que ele tem todos os presentes nos títulos anteriores, além de outros totalmente novos que nunca tinham aparecido, como Banjo-Kazooie, Ken, Richter Belmont e Kazuya, totalizando 98 lutadores, sendo 12 destes de DLC.
Entre as novidades, temos os modos multiplayer Smashdown, Squad Strike, Torneio para 32 jogadores, a nova mecânica Spirits, o modo singleplayer de aventura chamado World of Light e suporte para diferentes controles já lançados pela empresa, como o Joy-Con, o Pro Controller e o do GameCube.
O título foi elogiado pelo seu sistema de combate refinado, mais acessível e complexo, uma grande variedade de personagens, diversas melhorias técnicas, conteúdo singleplayer divertido, vários modos multiplayer e aproximadamente mil músicas para se escolher, mas criticado pelo desempenho no modo portátil, pela mecânica de desbloquear personagens e pela qualidade inconstante das partidas online. A nota desse game é 93.
Agora vamos para os piores!
5) Fast & Furious Crossroads (2020) — 39,3 (PC, PS4 e Xbox One)
RPG e carros é uma ideia peculiar, mas até que pode dar certo. Bem, não foi isso o que rolou com Fast & Furious Crossroads, lançado em 2020. Seu modo singleplayer conta com personagens da série de filmes e se passa em locais conhecidos pelos fãs da franquia. A jogabilidade dele é focada em corridas, mas com combate contra outros carros que envolvem até mesmo armas.
Com esse game, a série Velozes e Furiosos continua com seu histórico de não ter jogos bons. Ele é curto, raso, extremamente simples e uma decepção para aqueles que tinham uma expectativa mínima de jogá-lo. A nota dele é 39,3.
4) SoulCalibur: Lost Swords (2014) — 39 (PS3)
SoulCalibur é uma franquia com jogabilidade complexa para o jogador médio, então a Bandai Namco decidiu lançar um spin-off mais simples, com mecânicas modificadas e até retiradas. Assim nasceu SoulCalibur: Lost Swords, que foi lançado em 2014.
O jogo disponibiliza 3 personagens para que o jogador escolha um, que se tornará seu único lutador até que os outros sejam desbloqueados. No total, são 17 disponíveis. E acabou que o título não foi nem um pouco bem, sendo criticado por suas longuíssimas terras de carregamento, grandes remoções na gameplay, como os ring outs e a multiplayer, bem como o foco na monetização. A nota desse jogo é 39.
3) Godzilla (2015) — 38 (PS3 e PS4)
Também em 4° lugar, temos o mais recente jogo do nosso querido lagarto radioativo gigante, o Godzilla. Lançado em 2015, o player tem que destruir diversos locais diferentes e enfrentar as forças especiais quando elas começarem a encher o saco. Além disso, ele apresenta diferentes modos: King of the Monsters, Evolution, Diorama e um multiplayer online, esse último presente só na versão de PS4.
Mesmo no controle do nosso querido Gojira, as missões são sem graça, ele tem pouquíssimo conteúdo para um jogo full price, seu balanceamento é ruim e sua história é burra. Ele acabou ficando com 38 de nota.
2) Tamagotchi Party On! (2007) — 37 (Wii)
Em 2° lugar, temos Tamagotchi Party On!, lançado em 2007. O título é constituído por minigames para até 4 jogadores com diferentes níveis de dificuldade. Esse é o único Tamagotchi do Wii a ser lançado fora dos Estados Unidos.
Sendo sincero, ele podia nem ter sido lançado no Japão. O game tem poucos minigames, a grande maioria deles é singleplayer, seu ritmo é extremamente lento, sua premissa é sem graça e ele não capta bem os gestos executados pelos jogadores. A nota desse game é 37.
1) Mobile Suit Gundam: Crossfire (2006) — 33 (PS3)
Em 1° lugar, temos Mobile Suit Gundam: Crossfire, lançado em 2006. O jogo é baseado no anime de robôs gigantes Mobile Suit Gundam e se passa durante a Guerra de Um Ano com suas missões se passando na parte oriental do planeta, com missões da África até a Austrália.
Como vocês já esperavam, o jogo é horroroso. O frame rate é baixo, seus mapas são pequenos, a detecção de colisão é irrisória, ele não tem multiplayer online, seus efeitos especiais são péssimos, suas armas ruins e a lista não para. A nota do jogo é 33.
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