Matthias Rustemeyer, um dos nomes mais conhecidos na comunidade de speedrunners e um dos maiores no Mario Kart 64, anunciou nessa semana sua aposentadoria do cenário competitivo. O jogador não sai com uma sensação de "dever cumprido", mas sim de "traição", que lhe fez desistir de seu hobby preferido.
A polêmica toda aconteceu por uma atitude tomada pelo seu principal rival, Daniel Burbank. Enquanto Rustemeyer perseguia a difícil meta de ser o primeiro jogador a bater todos os 32 recordes mundiais do speedrun em Mario Kart 64 um a um, Burbank também corria atrás do mesmo objetivo, só que fazendo isso "na surdina". Enão, quando Rustemeyer achou que estava prestes a conseguir todos, a conta SummoningSalt anunciou no Twitter a conquista de Burbank, com todos os recordes de uma vez.
It has happened.
— SummoningSalt (@summoningsalt) August 9, 2021
Dan just achieved 32/32 non-shortcut records in Mario Kart 64. He only reached 31/32 once, and converted it to 32/32 later the same day.
Check out the moment it happened -https://t.co/264IGogvBW
E é aqui que o caso se complica um pouco mais para quem vê de fora, porque Burbank não trapaceou ou usou truques não permitidos num speedrun. A única coisa que ele fez foi ir batendo os recordes sem divulgá-los, para depois revelar todos de uma vez e garantir para si o título de primeiro speedrunner a ter todos os 32 em seu nome.
O "hoard" de recordes, no entanto, é visto com maus olhos pela comunidade de speedrunners. A atividade, por mais que seja muito competitiva, é extremamente colaborativa, com os principais jogadores compartilhando cada uma de suas novas conquistas e até as manobras que usaram para conseguir diminuir seus tempos.
É essa competitividade recorde a recorde que alimenta a vontade de jogadores como Rustemeyer de correr atrás dessas conquistas. Essa não foi a primeira vez que Burbank usou da prática de "hoarding" de recordes, e ele até chegou a se desculpar antes, mas não tem intenções de mudar seu estilo de jogo ou de divulgação de suas conquistas.
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