Na última semana, nós comemoramos o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, com várias ações das produtoras para os gamers da comunidade — afinal, é possível gostar de jogos e ser LGBT, por incrível que pareça para algumas pessoas...
Nesse contexto, é importante ver que as minorias são representadas e aceitas no meio gamer (ou por alguma parte do meio, pelo menos!), como no caso das drag queens que fazem streams, que listamos na semana passada. Ter personagens LGBTQIA+ nos jogos também é interessante: se a história do personagem envolve algum tipo de romance ou ato sexual, por que não incluir também romances homossexuais?
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O comandante Shepard, de Mass Effect, pode se relacionar com homens e mulheres em Mass Effect (Imagem: Gayming Mag/Reprodução)Fonte: Gayming Mag/Reprodução
Essa é a abordagem de franquias como The Sims — sempre foi possível fazer "oba-oba" e unir dois personagens homens ou mulheres. Em Mass Effect o jogador também pode se unir a outros personagens femininos ou masculinos, independente do gênero que escolhe para o comandante Shepard. São personagens bissexuais, portanto.
Essa abordagem é interessante porque quem quiser pode continuar mantendo apenas relações heterossexuais com seus personagens, mas quem é LGBTQIA+ também ganha mais liberdade e representação nos jogos.
Dito isso, também há situações em que a sexualidade do personagem é importante para a história do jogo ou para explicar o desenvolvimento dele — afinal, ser LGBTQIA+ muda muito na história de vida de uma pessoa e pode mudar na história de um game. É nesse contexto que apresentamos a nossa lista de sete personagens LGBTQIA+ dos games.
1. Ellie, de "The Last of Us"
A garota começou como uma coadjuvante importante na primeira parte do jogo e foi alçada ao posto de protagonista na elogiadíssima segunda parte. A trajetória de Ellie para se assumir lésbica e os relacionamentos que ela desenvolve fazem diferença na construção da personagem e em seu progresso em The Last of Us Part II. Falar sobre sexualidade é uma forma de mostrar mais camadas e emoções da personagem — algo que a produtora Naughty Dog sempre faz muito bem em seus games.
Imagem: IGN/ReproduçãoFonte: IGN/Reprodução
2. Gibraltar, de "Apex Legends"
No battle royale da Respawn, Gibraltar é um gigante com uma força enorme — mas também um homem gay, que decidiu ajudar os outros depois que foi resgatado de um desastre junto com seu namorado, Nicolas. Poderia ser uma namorada na história? Até poderia... Mas por que não um namorado, também? A relação de Gibraltar com Nicolas é importante para a backstory do personagem em Apex Legends e é legal ver um homem gay que foge dos estereótipos em um jogo tão popular.
Imagem: IGN/ReproduçãoFonte: IGN/Reprodução
3. Krem, de "Dragon Age: Inquisition"
Cremisius Aclassi, ou apenas Krem, é um dos principais mercenários do Touro de Ferro em Dragon Age: Inquisition e o fato de Krem ser um homem transexual é essencial para sua história e desenvolvimento. Isso porque ele foi criado como uma garota e sofreu pressões para cumprir papeis femininos, embora se identificasse como homem. Krem, então, se alistou no exército e precisou desertar após sua identidade ser descoberta. É aí que o Touro de Ferro o salva e oferece um trabalho para ele.
Imagem: Bioware/ReproduçãoFonte: Bioware/Reprodução
4. Chloe Price, de "Life is Strange"
Chloe é uma das personagens mais lembradas da primeira versão de Life is Strange, de 2015. Ela era melhor amiga da protagonista, Max, e sua morte é um dos catalisadores de toda a história do jogo. Entre outros atributos, Chloe Price também é uma garota lésbica e várias de suas características (como sua depressão e insegurança) estão relacionadas ao preconceito que ela sofria.
O terceiro game da franquia Life is Strange: True Colors, a protagonista Alex Chen é uma garota que poderá se envolver com dois personagens, um homem ou uma mulher, dependendo das escolhas do jogador. A representatividade na série continua!
Imagem: GamerPoint/ReproduçãoFonte: GamerPoint/Reprodução
5. Tracer, de "Overwatch"
Desde o lançamento de Overwatch, em 2016, Tracer se tornou uma das queridinhas dos fãs e um dos personagens mais utilizados no jogo. Sua sexualidade nunca foi abordada no jogo em si — mas, em 2020, uma HQ canônica mostrou o relacionamento dela com outra mulher. Tracer ser lésbica é um fato tratado de forma natural na história.
Imagem: Blizzard/ReproduçãoFonte: Blizzard/Reprodução
6. Kung Jin, de "Mortal Kombat X"
A décima edição de Mortal Kombat trouxe o primeiro personagem LGBTQIA+ da série, ainda que de forma bem discreta. Kung Jin é o primo mais novo de Kung Lao e quer se vingar pela morte do parente. Ao ser aconselhado a ir para a Wu Shi Academy, por Raiden, ele teme ser rejeitado — sua sexualidade é o motivo para tal temor, o que fica subentendido. Raiden assegura que a Academia se preocupa apenas com o que está em seu coração, com uma lição de aceitação em meio à história do jogo.
Imagem: Portal UAI/ReproduçãoFonte: Portal UAI/Reprodução
7. Jim Miller, de "Deus Ex: Mankind Divided"
O título de 2016 (e, até agora, o mais recente da série) continua a apresentar o mundo futurístico do reboot de 2011. Além do protagonista, Adam Jensen, outro personagem que ganha bastante desenvolvimento ao longo da história do jogo é o chefe dele, Jim Miller. A vida pessoal de Jim, com seu marido e dois filhos, ganha destaque em certas partes de Mankind Divided, embora essa seja apenas uma das características dele — o que é bastante positivo.
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Imagem: Deus Ex Fandom/ReproduçãoFonte: Deus Ex Fandom/Reprodução
Claro que precisamos deixar vários personagens importantes de fora — e vocês podem complementar a lista, nos comentários. Contudo, esses sete já são ótimos exemplos de como as pessoas LGBTQIA+ podem ser representadas nas histórias dos jogos de modo natural e respeitoso.
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