Na última semana, recebemos um convite da PlayStation Brasil para participar de um evento exclusivo para a imprensa para ver alguns conteúdos exclusivos de Ratchet and Clank: Rift Apart, o próximo exclusivo do Playstation 5 que chega no dia 11 de junho. Conversamos com produtores, assistimos a vídeos inéditos e apresentações, só que infelizmente não jogamos. Mas, vamos contar para vocês tudo o que vimos de interessante. Se preferir, assista tudo ao vídeo aqui embaixo.
Primeiro, um pouco de contexto
A essa altura do campeonato é difícil encontrar alguém que não conheça a franquia Ratchet & Clank. O sucesso da série de games de plataforma criada e desenvolvida pela Insomniac Games e publicada pela Sony Interactive Entertainment ganhou até um filme em 2016.
A dupla de carismáticos protagonistas conta com mais de uma dezena de games desde 2002. Sendo que em 2016, no mesmo ano do filme, a aventura original recebeu um remake para o Playstation 4.
Para quem não conhece, os games se passam em um universo de ficção científica e acompanham o lombax Ratchet, que trabalha como mecânico, e seu amigo robótico Clank enquanto salvam o universo de dezenas de perigos e forças malignas.
Os games têm um ótimo bom humor e vários tipos de armas exóticas e divertidas, que tornam a gameplay interessante. Qual fã aí não conhece a Sheepnator, não é mesmo?
Diferente do que muitos imaginam, Rift Apart não é uma continuação do remake de 2016, mas sim do último game do PS3: Into the Nexus. Na nova aventura, os dois protagonistas já são heróis reconhecidos na galáxia por todas as suas aventuras.
Ratchet and Clank tem aquele espírito dos desenhos de sábado de manhã, que consegue encantar desde os mais jovens até os gamers mais antigos. Ele foi totalmente desenvolvido para o Playstation 5, é o game em que a Sony quer mostrar o poder de seu console da nova geração, mostrando uma mecânica ágil de salto de dimensão possibilitada pelo SSD do novo hardware.
No decorrer do evento digital destinado à imprensa, entrevistamos Mike Fitzgerald, diretor de tecnologias da Insomniac e , de acordo com ele, essa é a característica mais impressionante do novo título. “Se for escolher um momento que mais impressiona seria as trocas de dimensão em tempo real, a primeira vez que o jogador toca em um daqueles cristais de troca de dimensão é algo incrível. Uma coisa é assistir a esse momento vendo um vídeo, outra, e bem diferente, é com o controle em mãos”, ele afirmou.
Por se apoiar tanto nessa tecnologia do SSD NVMe do novo console que, ao contrário de alguns outros jogos exclusivos da Sony, como Homem-Aranha: Miles Morales e Horizon Forbidden West, Rift Apart não terá uma versão para o Playstation 4. Aí você pode até se perguntar: “mas se o Miranha veio pro PS4 porque esse jogo não vem também?”
Explicando bem resumidamente, Miles Morales se “aproveita” do poder do SSD, praticamente eliminando loadings em viagens rápidas e em momentos específicos da sua jornada por Nova York. Já Rift Apart foi construído especificamente para essa tecnologia, Ratchet troca de mundos instantaneamente e várias vezes durante a exploração de uma fase. Se isso fosse rodar no PS4, teríamos loadings enormes em cada uma dessas travessias, ou seja, teria que literalmente passar mais tempo em telas de carregamento do que jogando. E ninguém quer isso, né?
A nova protagonista
Ratchet & Clank: Rift Apart vai nos apresentar uma nova protagonista: Rivet, uma Lombax de outra dimensão que se une a Clank depois que ele se separa de seu parceiro Ratchet.
Durante o evento, pouco foi falado sobre o passado dela. A única coisa que sabemos sobre a pequena é que em algum momento ela perdeu o braço, substituindo-o por uma prótese biônica, e que faz parte de um grupo de resistência ao imperador Nefarius. Na dimensão dela, Nefarius dominou a galáxia e a comanda com punhos de ferro.
Rivet é a "menina dos olhos" da Insomniac. Sempre que conversamos com os produtores sobre ela dá para ver a alegria com que falam da nova personagem. Teremos que esperar para ver qual é o papel dela no game, mas do jeito que todos na Insomniac falam, parece que vai ser uma ótima adição à franquia e provavelmente esse não será o único game que ela vai estar.
É bom recordar também que Rivet não é a primeira Lombax fêmea a aparecer na franquia. Em Going Commando, conhecemos Angela Cross, uma lombax que tem cores bem mais próximas das de Ratchet, só que tem um corpo mais humanizado. Já em Rivet é o contrário: a estrutura corporal é mais parecida com a do protagonista, contudo, ela tem pelos roxos com listras escuras; na verdade, a maior diferença dela para Ratchet, além da cor, é seu braço biônico. Além de tudo, enquanto Ratchet usa uma chave inglesa como arma corpo a corpo, ela usa um martelo.
Algumas artes conceituais do game mostram que Rivet também foi pensada em uma cor mais próxima dos Lobaxes que conhecemos, mas isso foi alterado na versão final.
A trama de Rift Apart
A história começa em um tipo de parada em homenagem aos nossos heróis. Em determinado momento, Clank agradece Ratchet por anos de parceria e aventuras para salvar a galáxia. O pequeno robô presenteia o amigo com um dimensionador, aparelho que permite ao herói saltar entre as dimensões e encontrar sua família, algo que Ratchet sempre buscou nas aventuras.
Entretanto, antes que esse belo momento se concretizasse, o Dr. Nefarious invade a festa e rouba a arma, abrindo um portal no céu e causando uma enorme destruição na cidade. A partir disso, sabemos que em algum momento da história Clank e Ratchet se separam, e o robozinho acaba se unindo à Rivet para derrotar Nefarious e encontrar o seu parceiro.
O arsenal
Durante o evento também conversamos com Mike Daly, diretor do jogo e, segundo ele, como em todos os jogos da série, podemos esperar um grande fator replay principalmente na questão das armas, as quais sempre foram um destaque na franquia.
Um dos destaques que o diretor mencionou, foi o fato de todas usarem muito bem o Dualsense. Inclusive, elas usam os gatilhos adaptativos para alterar o tipo de disparo, o que é uma adição bem interessante.
Por exemplo, a burst pistol. Quando apertamos o botão R2 até a metade, ela dispara projéteis mais espaçados e precisos; já ao apertarmos o botão até o final, dispara rajadas só com menos precisão.
A Enforcer, que parece bastante com uma escopeta, também conta com dois modos de tiro: apertando até a metade ocorre um disparo único, e até o fim garante um disparo duplo.
Outras armas, como a NegaTron, requerem que primeiro seja apertado o botão R2 até a metade para carregar o disparo e aí, ao pressionar o resto do botão, temos um tiro poderoso no maior estilo Kame Hame-ha.
De acordo com Mike, existem diversas armas com diferentes modos de disparo e terminar o game apenas uma vez não será o suficiente para upar todo o arsenal dos protagonistas. Além disso, existem duas armas que só ficam disponíveis após zerar o game a primeira vez, portanto, segundo ele, o fator replay é garantido.
Nossas impressões
É impossível atestar algo só assistindo a vídeos ou conversando com produtores. Afinal, quantas vezes, nós jogadores, não fomos enganados com belíssimas apresentações, trailers incríveis e eventos fantásticos, não é? Mas conversando com os produtores, deu para ver a paixão deles em fazer o game em cada arte conceitual, nas músicas (que são sensacionais) e na narrativa; é realmente empolgante ver as pessoas tão felizes com os resultados de seus trabalhos.
Infelizmente, usando o meu monitor, que não é 4K nem tem uma taxa de hertz muito interessante, não pude ver o potencial verdadeiro da produção. Pelos vídeos, tudo parece ser muito bonito e extremamente bem detalhado — assim como a ambientação e o som, mas não temos como dizer para vocês nesse momento algo como “é impecável” ou “isso não funciona tão bem quanto deveria”, pois queremos testar com a tecnologia do áudio 3D para poder olhar a vocês e dizer: "Ratchet and Clank: Rift Apart vale a pena (ou não)".
Eu sou um grande fã da franquia, joguei todos os games desde o original no PS2. Eu os acho extremamente divertidos para todas as idades, com um ótimo fator replay e mal posso esperar para fazer a análise desse, que, pela apresentação, fiquei empolgado. Então, isso significa que vou ser bem crítico na análise, pois estou esperando mesmo um Ratchet and Clank digno da nova geração.
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