Há diversos jogos de luta no mercado hoje em dia. Uns são sangrentos, outros frenéticos e alguns até bizarros, mas há uma série que basicamente trilhou o caminho para os games de porradaria 2D, e é a que vamos falar hoje.
Meus queridos, uma coisa posso afirmar: quem nunca fez um Hadouken no meio de uma brincadeira com os amigos não foi uma criança gamer. Vocês pediram, votaram e aqui está o do Pior ao Melhor da franquia Street Fighter. Aqui estão nossos critérios, prestem bastante atenção:
- As notas apresentadas são baseadas nos agregadores de notas Metacritic e GameRankings. Se o título foi lançado para mais de uma plataforma inicialmente, pegaremos as notas de cada uma das versões e faremos uma média aritmética.
- A maioria das notas são das versões dos consoles, mas alguns deles receberam avaliações dos arcades, que foram consideradas na hora de montar as médias.
- Não encontramos as notas de quatro games da lista. Com isso, fizemos uma pesquisa, juntamos as avaliações dos maiores veículos de mídia da época e fizemos uma média aritmética delas.
- No caso de Street 3: 2nd Impact, usamos a nota de Street Fighter III: Double Impact, que compila o New Generation e o 2nd Impact, pois foi a única versão lançada para consoles.
- Nós consideramos as edições iniciais dos games, então os turbos, championship e etc não entraram na lista.
10) Street Fighter EX (1996) - 40 (Arcade, PS1)
Em último lugar, temos um spin-off em três dimensões. Street Fighter EX, lançado em 1996, é um jogo de luta 2D, como os outros da série, mas com elementos 3D, novidade para a franquia.
Grande parte da sua gameplay é baseada na de Street 2 e na série Alpha, mas ele introduziu algumas coisas como uma barra de super meter com três seções separadas, uma modificação no Guard Break que resulta em um stun e o Super Cancel. O jogo conta com 14 personagens no total, sendo que 4 deles são secretos.
Em 1997, ele foi lançado no PS1 como Street Fighter EX Plus Alpha e encantou o público, tanto que estaria no pódio se considerássemos essa edição. Mas como dito nos critérios, só a primeira edição vai contar que, nesse caso, não foi muito bem.
Os personagens até são balanceados e há uma boa quantidade de movimentos inovadores, mas a jogabilidade é diferente da franquia original e pouco divertida, além de que as animações e os backgrounds não são do nível da série. Sua nota é 40.
9) Street Fighter III: New Generation (1997) - 72,5 (Arcade, Dreamcast)
Street Fighter III: New Generation foi lançado em 1997 e é o primeiro game da trilogia de Street III, que chegou ao mercado entre 1997 e 1999. Ele funciona como uma sequência direta de Street 2 e seu plantel é composto majoritariamente por novos lutadores, com exclusão de Ken e Ryu.
No total, são 12 personagens, um deles sendo o jovem brasileiro Sean Matsuda, que foi treinado por Ken. Entre as diversas novidades na gameplay, temos a habilidade de dar dash, recuo, pulos mais altos, recuperação rápida após uma queda, a introdução dos leap attacks, parrys e Super Arts.
Por conta do Dreamcast utilizar CD-ROMs baseadas no hardware do CP System III, que é sistema de arcade, os desenvolvedores puderam criar gráficos 2D mais bem elaborados que os da série Alpha, que se baseavam no CPS II. Isso trouxe diversos novos sprites de movimentação, como o turned-around state.
O jogo recebeu avaliações tanto da versão de arcade quanto a de console e foi elogiado pelos lindos gráficos e controles sem falhas, mas criticados por basicamente não trazer nenhuma inovação à série, o que os fãs esperavam por parte da desenvolvedora. Sua nota é 72,5.
8) Street Fighter V (2016) - 75,5 (PS4, PC)
Em oitavo lugar, temos o mais recente da lista. Street Fighter V, lançado em 2016, se passa entre os acontecimentos de Street Fighter IV e III, com a organização Shadaloo iniciando a operação C.H.A.I.N.S., que consiste em sete satélites artificiais chamados de Black Moons que tem como trabalho espalhar medo e desespero, que são a fonte do Psycho Power do vilão maligno M. Bison. Agora, diversos lutadores farão de tudo para acabar com o antagonista enquanto se batem por aí.
O game tem um plantel base de 16 lutadores, sendo 4 deles novos. 29 personagens foram adicionados com o passar do tempo por meio de DLCs de temporadas entre o ano de seu lançamento e esse ano, 2021. Na parte da gameplay, foram introduzidos V-Skills, V-Reversals, V-Triggers, V-Shifts e uma área interativa, a volta dos EX gauges de Street 3 e a exclusão dos Focus Attacks.
Ele utiliza o motor gráfico Unreal Engine, sendo o primeiro título da empresa a usá-lo, e é exclusivo do PS4 na parte de consoles. Segundo a Capcom, as duas empresas tinham a mesma visão de crescimento do cenário dos jogos de luta. Ainda assim, ele está disponível para computadores.
Ele acabou apanhando um pouco dos analistas da época. Eles elogiaram sua gameplay, gráficos e novas mecânicas, mas criticaram a falta de um modo treino, a falta de um modo história (que foi adicionado posteriormente por meio de DLC), a pequena quantidade de lutadores e dos problemas de conexão online no lançamento. Suas versões Arcade e Championship caíram nas graças do povo, mas a original vacilou e ficou com 75,5 de nota.
7) Street Fighter (1987) - 80 (Arcade, PC)
E vamos para o para os primórdios com Street Fighter, lançado em 1987 para os arcades. O jogador um controla Ryu, um jovem lutador de artes marciais que compete no torneio Street Fighter para provar sua força, enquanto o segundo player usa o antigo parceiro e atual rival dele, Ken.
Há 8 personagens controlados pela CPU que são os adversários do nosso herói na trama: Retsu, Geki, Joe, Mike, Lee, Gen, Birdie e Eagle. As partidas são compostas por confrontos de três rounds de 1x1 com duração máxima de trinta segundos. O controle consiste em seis botões, o que virou padrão em games lançados após ele, que dividem os ataques em fracos, médios e fortes. É possível usar três habilidades especiais que são as conhecidas e amadas pelos fãs Hadoken, Shoryuken e Tatsumaki Senpu Kyaku.
O jogo não foi aquele sucesso mundial, principalmente comparando-o com suas sequências, mas ele conseguiu seu espaço ao sol. Foi elogiado por ser intenso, divertido, cheio de segredos, com um novo frescor por conta dos seis botões e dos golpes especiais, mas ele perdia a graça depois que o fator “novidade” passava. Sua nota é 80.
6) Street Fighter Alpha 2 (1996) - 81,4 (Arcade, PS1, Sega Saturn, SNES)
Street Fighter Alpha 2, lançado em 1996, é mais um daqueles curiosos casos que o título funciona como uma sequência e um remake do game anterior, que nesse caso é Street Fighter Alpha: Warriors' Dreams. Além do conteúdo original, ele traz melhorias e novidades à série.
Ele tem todos os 13 personagens de Alpha 1 além de 4 novos que são Dahlsim, Zangief, Rolento e Sakura. Ele também traz a versão classic-style da Chun-Li, que usa a mesma roupa de Street II. A maior parte da gameplay é a mesma de Alpha 1, mas ele trouxe o Custom Combo em troca da retirada dos Chain Combos. Cada lutador tem um rival secreto que pode interromper uma luta do modo singleplayer e criar uma nova luta entre os dois e, diferente do game anterior, o Shin Akuma desafia o jogador antes do boss final.
Os analistas avaliaram tanto a versão de consoles quanto de arcades e elogiaram as animações suaves, a quantidade de lutadores, os background inovadores, o belo design dos personagens e os inovadores Custom Combos. Ainda assim, ele foi criticado por algumas implementações estranhas e alguns até disseram que o gênero de luta 2D estava datado. Sua nota é 81,4.
5) Street Fighter II: The World Warrior (1991) - 82 (Arcade, SNES, PC)
Street Fighter II: The World Warrior, lançado em 1991, é o segundo game da série a chegar ao mercado e transformou a franquia no que nós conhecemos hoje. Na história, o vilão M. Bison, líder da organização Shandaloo, monta um torneio de luta mundial como parte de seu plano de tomar o planeta, fazendo lavagem cerebral em todos os participantes para que eles trabalhem para o grupo.
O game traz 8 personagens jogáveis e 4 NPCs, a maioria sendo novatos, como Blanka, Guile e Chun-Li. A cada 3 lutas, o jogador participa de uma fase bônus para ganhar pontos adicionais. Diversos novos movimentos foram adicionados, como os throwing attacks, e agora combos são possíveis de serem executados, o que virou um padrão para a indústria dentro do gênero.
O nome dos vilões, membros da Shandaloo, são diferentes na versão japonesa. Um exemplo é Balrog, que era o M. Bison original, isso pois o M significaria Mike, mesmo nome do lendário pugilista Mike Tyson. Quando o título foi localizado nos Estados Unidos, os nomes foram rotacionados por conta de possíveis problemas legais.
O título recebeu 9 versões diferentes que juntas venderam aproximadamente 15,5 milhões de unidades. Os analistas elogiaram sua jogabilidade suave e divertida, mas criticaram a falta de violência e impacto nas lutas. Teve um inclusive que reclamou dos controles de seis botões, o que a maioria dos outros analistas discordou. Sua nota é 82.
4) Street Fighter III: 2nd Impact (1997) - 84 (Arcade, Dreamcast)
Em quarto lugar, vamos para o Street 3.2, se assim posso dizer. Street Fighter III: 2nd Impact, lançado em 1997, funciona como um update, com muitas novidades, e uma sequência do já citado Street Fighter III: New Generation. Assim como seu antecessor, ele usa o sistema de arcade CP System III mas ele tem um diferencial: é o único game a usar o sistema e ter uma tela widescreen.
Ele traz 3 novos personagens que são o Urien, Hugo e Akuma, esse último sendo secreto e tendo a versão Shin Akuma como NPC. Os gêmeos Yun e Yang receberam golpes especiais e Super Arts diferentes, fazendo com que eles sejam personagens separados. Foram introduzidos os EX Specials, os tech throw, a habilidade de escapar de golpes de arremesso e as personal action.
O jogo foi elogiado pelos analistas pelo foco aos fãs hardcore, pela sua complexidade fácil de entender se o jogador já tivesse experiência no jogo, enquanto as criticas foram pela pouca abertura a jogadores novatos, que podem ter muitas dificuldades de pegar os comandos e combos. Sua nota é 84.
4) Street Fighter III: 3rd Strike (1999) - 84 (Arcade, PC)
E também em quarto lugar, temos sua sequência. Street Fighter III: 3rd Strike, lançado em 1999, fecha a trilogia Street 3 ao trazer novos personagens, refinamentos na gameplay e isso sem mudar o hardware de arcade, que continua sendo o CP System III.
5 novos lutadores foram adicionados: Q, Remy, Twelve, Makoto e a clássica Chun-Li. A maioria dos personagens que retornam de 2nd Impact tiveram suas vozes mudadas. Além das mudanças nos air parries, nos agarres e nos leap attacks, foi adicionado o Guard Parry, mais conhecido como Red Parry, e um sistema de julgamento, que dá notas baseadas nos ataques, defesas, técnicas e pontos extras da batalha. Zerando o jogo com todos os personagens, as opções extras são liberadas para ligar ou desligar
Os analistas elogiaram sua jogabilidade complexa, seus novos personagens e suas opções extras, mas criticaram o fato dele não trazer grandes novidades além do parry e de seu gráfico serem piores que seus antecessores. Sua nota é 84.
3) Street Fighter Alpha: Warriors' Dreams (1995) - 85 (Arcade, PS1, Sega Saturn)
Street Fighter Alpha: Warriors' Dreams, lançado em 1995, ficou em terceiro lugar na nossa lista. Ele foi o primeiro da sub-série que conta todos os acontecimentos da franquia entre o primeiro e o segundo título principal.
O game traz 13 personagens jogáveis, sendo 3 deles desbloqueáveis que são os chefões M. Bison, Akuma e Dan Hibiki. Esses dois últimos são secretos e precisam de alguns requerimentos para serem enfrentados.
O jogo retrabalha o Super Combo, feature que apareceu inicialmente em Super Street Fighter II Turbo, e introduz os Air Blocks, os Chain Combos, os Alpha Counter é um modo secreto chamado Dramatic Battle, que consiste em uma luta 2x1 entre Ryu e Ken contra M. Bison, inspirada na última batalha entre eles de Street Fighter II: The Animated Movie, lançado em 1994. Os gráficos têm similaridade artística com dois outros jogos da desenvolvedora, Darkstalkers e X-Men: Children of the Atom.
O game foi elogiado pelos seus gráficos, sons e pela ótima gameplay, mas criticado pelos longos períodos de loading e a falta de grandes mudanças, mas ele se saiu muito bem, sendo o segundo arcade mais vendido daquele ano. Sua nota é 85.
2) Street Fighter IV (2008) - 92,6 (Xbox 360, PS3, PC)
Street Fighter IV, lançado para os arcades em 2008 e no ano seguinte para os consoles caseiros, é o quarto game principal da série e chegou ao mercado 11 anos após o lançamento inicial de Street Fighter III. A história se passa após os eventos do segundo título, com a corporação S.I.N., comandada pelo vilão Seth, abrindo mais uma edição do torneio, isso para juntar informações para completar o projeto BLECE.
O título conta com 25 personagens jogáveis, sendo seis deles novos, incluindo o chefão Seth, e outros seis desbloqueáveis. Na parte de gameplay, os Super Combos estão de volta e foram introduzidos os Ultra Combos, os Focus Attack e os Focus Attack Dash Cancel.
Os analistas elogiaram os modelos de personagens, as animações, as artes de background, os modos multiplayer, a gameplay acessível e o grande valor replay, mas a falta de um modo torneio e diversos problemas na conexão do modo online atrapalharam um pouco ele. O game ficou com 92,6 de nota.
1) Street Fighter Alpha 3 (1998) - 93 (Arcade, PS1, Dreamcast, Sega Saturn)
E em primeiro lugar temos Street Fighter Alpha 3, lançado em 1998. Como citado anteriormente, ele faz parte da sub-série que serve como um prequel de Street Fighter II. O jogo expande o número de personagens de seu antecessor, com um total de 28 nos arcades e 34 no PS1, contando com nomes como Guile, Vega, Honda e Cammy.
O jogo descarta os modos Manual e Auto de Alpha 2 e trás três estilos para o jogador escolher: A-ism, que é inspirado nos games da série Alpha, X-ism, que é baseado no estilo do Super Street Fighter II Turbo, e V-ism, que é um sistema variável. Além disso, ele modifica os controles de diversas ações e introduz o Guard Power Gauge.
Ele foi muito elogiado na época, principalmente por sua jogabilidade, descrita como inovadora e divertida, mas seus gráficos não eram grandes coisas e isso acabou desagradando os analistas da época. Ainda assim, ele foi um grande acerto e ficou com 93 de nota.
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