Quando a Blizzard lançou World of Warcraft Classic em 2019, o mundo dos games parou para revisitar um dos MMORPGs mais aclamados da história. A produtora pretende repetir a dose com a chegada da expansão grátis Burning Crusade ao WoW Classic, como anunciado na BlizzConline 2021.
Para entender melhor o que esperar do retorno da primeira grande expansão de WoW, tivemos a oportunidade de conversar com o produtor-executivo, John Hight, e o engenheiro-chefe de software, Brian Birmingham, de Burning Crusade. A seguir, confira os melhores momentos de nosso papo.
O lançamento de WoW Classic foi um dos maiores acertos recentes da Blizzard, chegando a virar febre por um bom tempo. Será que Burning Crusade vai conseguir repetir a dose?
Hight: Estamos superempolgados, até porque, como você bem apontou, nós literalmente conseguimos bater alguns recordes quando o WoW Classic foi lançado. Ele certamente superou nossas expectativas, foi quase como no primeiro lançamento, então o time deu muito duro para conseguir alcançar a alta demanda dos jogadores.
John Hight é o produtor-executivo de Burning Crusade.Fonte: Blizzard
É incrível ter Burning Crusade voltando, já que, para muitas pessoas, essa pode ter sido a primeira experiência com WoW. Por isso, acho que teremos um público bem grande, provavelmente com a volta de algumas pessoas que pararam de jogar Classic nos últimos meses, mas estamos prontos para receber todos.
Qual é o aspecto de Burning Crusade que vocês acham mais legal e acreditam que os fãs deviam aguardar ansiosamente?
Birmingham: Diria que são as incríveis locações do jogo, com as ilhas voadoras e um estilo diferente de tudo o que já fizemos, porque isso é algo incrível de experimentar pela primeira vez.
É claro que também temos muito conteúdo focado em dungeons, caso o gamer queira jogar com seus amigos ou até mesmo conhecer algumas pessoas novas. Aliás, essa também foi a primeira vez que nós colocamos as Heroic Dungeons de forma que foi possível selecionar o nível de dificuldade mais adequado.
Brian Birmingham é o engenheiro-chefe de software de Burning Crusade.Fonte: Blizzard
Hight: Também vamos entregar um boost para uma conta de WoW, e o jogador poderá upar um personagem imediatamente. O próprio Brian tem jogado bastante, então é bom que eu vou poder pegar esse atalho para alcançá-lo [risos]. O equipamento dele ainda vai ser mais legal, e ele vai ter que me carregar um pouco, mas pelo menos vamos poder passar juntos pelo Portal.
Então, só para esclarecer, todos os jogadores terão direito a um boost por conta?
Hight: Isso! É um boost opcional. Com ele, pode-se pegar um personagem da conta de WoW e levar ao nível 58 instantaneamente. Se tiver múltiplas contas de WoW, só terá um boost para aplicar; limitamos isso para manter a evolução do pessoal sob controle.
E a expansão em si será grátis para baixar?
Hight: Todo mundo que assina o WoW terá acesso ao Burning Crusade. Aliás, eu falei que o boost é algo opcional, e é mesmo, mas também cobraremos normalmente por ele depois caso o desejo seja repetir o processo com mais personagens.
Vocês mencionaram o quão legais são as locações de Burning Crusade. Qual é a região favorita de vocês?
Hight: É uma loucura para mim ter esses mundos incríveis e fraturados flutuando por aí, então é difícil escolher um só, mas eu acho que é o Pântano Zíngaro, porque eu gosto muito das quests e das criaturas de lá; não tem nenhuma zona como essa.
Na verdade, nós até chegamos a ter uma sala de conferências durante o desenvolvimento, e eu pedi "cara, eu adoraria uma sala com o visual tipo o Pântano Zíngaro", então pegamos um papel de parede cheio de cogumelos gigantes para colocar lá.
Birmingham: Eu não sabia que isso era culpa sua até agora [risos]. Acho que a minha favorita é Eternévoa, porque ela captura muito bem o clima de terra alienígena, com pedras roxas flutuando pelo espaço, construções de cristais e aqueles biodomos, as espécies de bolsões com vida nas quais você pode entrar voando. Toda essa junção exagerada de fantasia e tecnologia é fantástica para mim.
Vocês ficaram satisfeitos com o ritmo de atualizações do WoW Classic e pretendem repetir a dose em Burning Crusade?
Birmingham: Sim, com certeza. Estamos planejando uma série de atualizações em fases da mesma forma que fizemos no Classic. Estamos de olho no feedback de nosso plano de cinco fases, evoluindo as temporadas da arena da mesma forma que acrescentamos conteúdo. Pensamos que esse deve ser um bom ritmo de atualização, já que um dos aspectos que as pessoas mais focaram no Classic foi a progressão de equipamentos e sentir que ganhavam poder a cada novo capítulo.
Agora falando um pouco de história, quais são as suas narrativas ou os seus momentos favoritos de Burning Crusade?
Birmingham: Acho que uma das histórias mais legais, caso se esteja jogando com a Horda, é poder ver o Thrall e revisitar sua terra natal, o que prepara o terreno para o início da história com o Garrosh. Esse é um momento bem legal.
Hight: Eu gastei tanto tempo e ainda tenho boas memórias de pegar meu Nether drake. É meio louco, porque eu costumava acessar um servidor PvP e sempre tinha um pouco de luta para entrar nas áreas. Foi muito divertido, porque quando eu finalmente o peguei fiquei comemorando bastante.
Alguma mensagem final para a apaixonada comunidade de WoW no Brasil?
Hight: Quando a gente estava lançando a expansão Mists of Pandaria, eu tive o prazer de visitar o Brasil e foi incrível. Se não me engano, lançamos o jogo em um shopping center e teve uma noite de autógrafos e tudo. Eu não fazia ideia do quão grande WoW era no país, mas o shopping estava lotado e foi muito empolgante falar com os fãs. Foi como andar entre amigos e me deu muito orgulho de nossa equipe. Então obrigado, Brasil, por essa memória.
Birmingham: E vale notar que o jogo vai estar em português. No lançamento original de Burning Crusade, ainda faltava isso, mas agora poderemos nos aventurar em bom português brasileiro.
O que você achou da revelação de Burning Crusade na BlizzConline 2021? Conte para a gente nos comentários.
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