Em entrevista para o portal The Gamer, várias fontes do estúdio Techland reportaram novos detalhes sobre o conturbado desenvolvimento de Dying Light 2 e decidiram desabafar sobre os inúmeros problemas que a companhia e seus colaboradores vêm enfrentando, acusando-a de má gestão, feedback ruim e falta de direção.
Anunciada em 2018, a sequência do aclamado Dying Light vem enfrentando uma barra pesada nestes últimos anos, com atrasos em seu planejamento, problemas de desenvolvimento vazados e confusões nos bastidores. Segundo os membros e ex-membros da Techland, todos os conflitos são causados por conta da dificuldade em trabalhar com o CEO Pawel Marchewka, que parece não aceitar opiniões contrárias às suas ou novas ideias.
Através de um novo relatório divulgado, fontes do estúdio disseram que a rotatividade interna é alta e que a direção não consegue sustentar novos talentos, assim como é incapaz de seguir cronogramas e manter fluxos de trabalho. Além disso, a Techland parece contar de forma quase total com um sistema de consultorias externas, incomodando a equipe com a falta de confiança nos próprios colaboradores.
"Muitas vezes você está sendo solicitado, ou melhor, espera-se que mostre referências do trabalho dos concorrentes antes do seu", disse um dev. "A Techland, em geral, tem essa vibe de matar a criatividade. Como tudo no final é mudado pelos diretores, toda ideia apresentada tem que ter muitas referências. Se você tem referências de jogos que Marchewka pode não saber, você pode muito bem não ter referências, e qualquer coisa ligeiramente inovadora ou cara sai da mesa imediatamente."
Sob muitas críticas de cópias de outros trabalhos e falta de originalidade, o pensamento dentro da empresa é de que a gestão "não tem ideia de qual será o jogo final ou qual é a história", e Dying Light 2 segue, dessa forma, sem perspectivas de chegar ao mercado.
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