Após seis dias de E3 e filas muito concorridas, finalmente tive a oportunidade de conferir Super Mario Odyssey, game que marca a estreia do popular encanador no Nintendo Switch. Durante o evento, a companhia japonesa trouxe aos jogadores duas fases: uma em uma região desértica, que priorizava a exploração, e outra em uma grande cidade, na qual a experiência era mais direcionada para as missões que o personagem tem que cumprir.
Caso você já tenha jogado algum título 3D recente da série (como Mario Sunshine ou 3D Land), o sistema de controles é imediatamente reconhecível. Mario ainda conta com seus já tradicionais pulos em três etapas, sua capacidade de dar uma "bundada" para matar inimigos e a possibilidade de dar um grande salto caso você combine o botão de pulo com o comando para se agachar no tempo correto.
O que muda é que agora o encanador possui um chapéu inteligente
O que muda é que agora o encanador possui um chapéu inteligente que serve tanto como arma de ataque quanto como meio de interação com os cenários. Embora seja possível usar o Pro Controller, a Nintendo quer que você jogue o game com os dois Joy-Cons livres, única maneira de fazer alguns movimentos, como guiar o chapéu enquanto ele plana, ou acionar um ataque que fere rapidamente todos os inimigos ao redor.
É fácil se acostumar com os novos controles, muito disso graças ao hardware aprimorado do Switch. No entanto, quem já não gostava de agitar o WiiRemote para coletar estrelas em Super Mario Galaxy provavelmente não vai curtir muito ter suas interações limitadas quando o game é jogado no modo portátil ou com uma opção diferenciada de controle.
Mudando a fórmula
Embora a atmosfera de Super Mario Odyssey seja imediatamente reconhecível por quem jogou Sunshine ou Galaxy, a maneira como você interage com os ambientes é diferente. Agora, Mario pode falar com uma quantidade maior de NPCs, muitos deles responsáveis por dar missões ao encanador – na demo, por exemplo, a prefeita me pediu para reunir uma banda que ajudaria a montar um festival.
A Nintendo também mudou a maneira como o jogo lida com as moedas que você encontra: agora há uma grande variedade de luas para coletar, cada uma delas com uma cor específica que vai servir para a compra de diferentes chapéus. Só consegui testar o modelo básico do boné de Mario, que serviu para interagir com tampas de bueiro e abrir novos caminhos e para "possuir" uma pessoa e participar de um minigame.
Do ponto de vista mecânico tudo isso funcionou muito bem, como já é típico de um game da Nintendo. No entanto, tais interações mexem bastante com os conceitos da série, e suponho que muita gente pode estranhar as mudanças – pessoalmente, acredito que é muito cedo para tirar qualquer conclusão sobre isso, especialmente pela demo exibido na E3 ser tão curta em sua duração.
Enriquecendo a biblioteca do Switch
A essa altura do campeonato, todos já devem saber que dá para confiar bastante na Nintendo quando o assunto é produzir novos capítulos da série Mario. Odyssey conseguiu me deixar intrigado com suas mecânicas e curioso com sua história, que se desenvolveu muito pouco durante minha jogatina – que, não posso me esquecer, também envolveu momentos nos quais o encanador assumiu um aspecto 2D para literalmente pular para dentro de paredes.
Conforme afirmei, ainda é muito cedo para dizer se o novo capítulo da série será tão impactante quanto Galaxy, representando um novo patamar de qualidade para a série. No entanto, a experiência exibida na E3 já foi mais do que suficiente para saber que, assim que o game for lançado, estarei especialmente ansioso para ligar meu Switch e jogá-lo o quanto antes.
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