Com mais de 800 Pokémons em seu catálogo, a Game Freak continua a bolar novas criaturas e evoluções a cada jogo da série. Em uma entrevista concedida à Game Informer, o diretor Junichi Masuda explicou que, para tornar isso possível, a companhia usa um processo criativo que não depende somente de seus designers gráficos para funcionar.
“Os designers gráficos obviamente vão ser quem finaliza o visual, mas não são somente eles que têm ideias ou desenham os pokémons”, explicou Masuda. Segundo ele, uma criatura pode surgir a partir de uma ideia para um novo movimento de ataque, como consequência de algum elemento da história ou a partir de um objeto ou criatura do mundo real.
“Algo a que sempre queremos prestar atenção é tratá-los como criaturas vivas e tentar imaginar onde elas viveriam no ambiente e por que elas são do jeito que são, o que elas iriam comer?”, explicou o diretor. “Ao criar pokémons, e não somente do ponto de vista do design gráfico, deve existir uma razão para ele parecer daquela forma e você tem que pensar por que ele viveria no mundo de Pokémon”.
deve existir uma razão para ele parecer daquela forma e você tem que pensar por que ele viveria no mundo de Pokémon
Masuda também explicou que as evoluções têm que seguir um caminho natural e que deve haver uma boa explicação para as mudanças vistas em cada uma das criaturas. Esse é um dos motivos pelos quais muitas ideias, especialmente aquelas com visuais mais complexos, acabam sendo deixadas de lado durante o processo criativo.
Segundo o diretor, não é comum que alguém veja uma ideia e diga que ela “não é um Pokémon”. O mais comum é que alguém que está dirigindo um game decida que determinado monstro não vai funcionar, mas que ele pode ser inserido no game após algumas mudanças em seu conceito.
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