A Valve decidiu nesta sexta-feira (18) tomar uma medida drástica para evitar a revenda de chaves do Steam em outros serviços. A partir de agora, a companhia não vai mais gerar automaticamente códigos de acesso para games a partir de pedidos feitos por seus desenvolvedores.
Segundo a empresa, ela vai passar a dar um “olha mais profundo” sobre um game antes de atender aos pedidos feitos pelos criadores que publicam seus produtos na plataforma. Entre os fatores que vão ser levados em consideração está o número de vendas atual: o número de chaves liberada terá que “estar alinhado” com o desempenho comercial de um título.
Para exemplificar como esse processo pode ser “adulterado”, a companhia citou um caso hipotético de um jogo que vendeu alguns milhares de cópias cujo desenvolvedor pediu 500 mil chaves de acesso. Ao “frear” essa distribuição, a empresa quer impedir que empresas mal intencionadas peguem esses códigos e os vendam para sites de terceiros que costumam oferecer diversos games agrupados em bundles.
O motivo para isso é claro: a Valve continua tendo que arcar com o custo de hospedagem dos jogos comprados através desses meios alternativos, mas não recebe nenhuma parte do dinheiro adquirido por eles. O que ainda não fica claro é se essa decisão vai ter um grande impacto nas chaves que são distribuídas pelos desenvolvedores a meios de imprensa e outros geradores de conteúdo que fazem análises de jogos.
A decisão também pretende coibir as atividades de criadores que vendem jogos de baixa qualidade com preços acessíveis, cuja sobrevivência muitas vezes depende de bundles vendidos por preços muito baixos em outros sites. No entanto, isso também pode afetar equipes independentes de tamanho pequeno que fazem trabalhos honestos e que não conseguiriam sobreviver financeiramente sem recorrer a esses meios.
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