Designer de Sombras da Guerra discute polêmico sistema de caixas de loot

Terra-Média: Sombras da Guerra pode não ser o primeiro game “Triplo A” a trazer um sistema de caixas de loot, mas isso não impediu que a decisão da Warner Bros se provasse polêmica. Usando dinheiro real, os jogadores vão poder adquirir itens que garantem acesso a novos armamentos, orcs mais poderosos e que aumentam o poder de seu exército — algo que o diretor de design Bob Roberts garante ser totalmente opcional.

É a mesma filosofia de design que usamos ao adicionar níveis de dificuldade

Segundo ele explicou à Eurogamer, o sistema foi totalmente desligado durante os testes da aventura para assegurar que ela permanece balanceada e divertida para quem não decidir “abrir a carteira”. “Esse é um game massivo no qual você pode aproveitar toda a experiência sem investir nenhum dinheiro extra”, assegurou Roberts, lembrando que não há a necessidade de estar online para aproveitar o jogo.

“Da minha perspectiva, isso está lá para as pessoas que valorizam seu tempo livre e ficam assustadas quando um jogo massivo chega e eles não conseguem ver a experiência completa”, justificou o designer. “É a mesma filosofia de design que usamos ao adicionar níveis de dificuldade”.

Escolhas na mão do jogador

“Então temos o modo Fácil e adicionamos o modo difícil do outro lado do espectro. Francamente o sistema Nemesis atua quando você morre muito, então você pode ver o modo Fácil como um sistema que torna o jogo menos divertido se você é o tipo de jogador que deveria jogar no Difícil. É sobre dar mais controle na mão das pessoas — dizendo que, se você sabe como jogar melhor, você pode fazer essa escolha”, complementou.

“Se você gasta 60 pratas [entre R$ 150 e R$ 220, no Brasil] em um jogo grande como o nosso, nosso foco é que essa compra inicial é mais do que suficiente. Você quer que as pessoas fiquem agradavelmente surpresas com o quanto de coisas há ali”, finaliza Roberts. Resta esperar que, quando Sombras da Guerra chegar às lojas no dia 10 de outubro, a promessa do desenvolver de que as microtransações não vão ser necessárias realmente se cumpra.