O estande da Sony na Brasil Game Show 2017 está com muitas atrações boas para o público experimentar, mas, sem dúvidas, há uma sessão especial que os brasileiros têm dado uma atenção especial: a realidade virtual. A tecnologia pode não estar à par dos games aguardados da marca, mas a curiosidade bate mais forte no público.
Grande parte disso vem pelo fato de que o VR é a coisa mais difícil de descrever e comentar de toda a indústria de jogos. É um óculos com uma tela na sua cara? Sim, pode parecer simples dessa forma, mas a experiência é incrível e impossível de relatar: precisamos sentir. Muitas pessoas postam vídeo de diversas experiências em primeira pessoa que parecem legais, mas dentro de tantos títulos similares, há um que me conquistou nessa BGS 2017: Moss.
Uma experiência VR que aposta no inesperado
Shooters, jogos de terror e experiências contemplativas: basicamente, esse tem sido o leque de jogos em realidade virtual. Quando Moss foi anunciado na E3 2017, fiquei um pouco confuso: um ratinho se aventurava em florestas e masmorras. Mas o que era aquilo? Foi com essa dúvida e com um pé atrás que acabei indo testar Moss.
Confesso que foi uma surpresa incrível. Moss é um jogo de plataforma exlusivo para a realidade virtual. Por mais estranho que pareça, não é ruim, e sim muito interessante. Nós, como jogadores, encarnamos uma espécie de “espírito-guardião” do protagonista que se parece bastante com alguma figura folclórica.
Há poucos momentos que percebemos a nossa própria imagem refletida: o foco é controlar o ratinho, resolver puzzles, matar inimigos, pular em diversas plataformas e usar os poderes que somente nós, como uma entidade externa à aventura, podemos fazer (como girar escadas e pegar objetos pesados que o pequeno roedor não conseguiria).
Por que Moss é tão promissor? Porque é diferente
Vou começar esse próximo subtópico parafraseando Hideo Kojima, que falou o seguinte durante a BGS: “eu amo ser criador de jogos. Não gosto de copiar, e sim de fazer coisas novas sempre. É desafiador e divertido ao mesmo tempo”. O mercado está saturado e isso não é culpa de ninguém. Na verdade, é até uma boa notícia, pois prova que a indústria está bem abastecida. Contudo, ao mesmo tempo isso cria um bloqueio para a inovação.
Moss não é particularmente revolucionário, mas a área da realdiade virtual ainda está com campos férteis para cultivar a imaginação dos desenvolvedores. Enquanto todos apostam em experiências similares, o game do carismático ratinho vai em uma direção tão oposta que parece até inadequada à tecnologia.
Entretanto, tudo é tão bem-feito que simplesmente funciona bem. O combate é bacana, a nossa interação como espectador é imersiva e os desafios são muito legais. Por fim, temos gráficos e animações de cair o queixo: parecem uma animação infanto-juvenil incrível e com uma direção de arte melhor ainda.
Infelizmente, Moss ainda não tem data de lançamento anunciada, mas sabemos que é um exclusivo para PS VR até o momento.
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