Em um momento no qual várias empresas grandes perseguem a tendência dos “games como um serviço”, a Bethesda continua focada em oferecer experiências com modos single player e multiplayer bem delimitados. Exemplo disso é Wolfenstein 2: The New Colossus, que chega às lojas na próxima sexta-feira (27) oferecendo somente uma campanha que deve ser apreciada de forma individual.
Segundo o diretor de narrativas da Machine Games, Tommy Tordsson Björk, isso é fruto de uma decisão consciente da equipe responsável pelo título. Segundo ele, apostar em um modo para várias pessoas só faria com que o time tivesse que diluir esforços, o que resultaria em uma narrativa mais fraca.
“Ter um componente multiplayer nesse processo só ia diluir tudo. Esse é o perigo de tentar fazer duas coisas de uma só vez”, afirmou o designer ao site GamesIndustry. “A única maneira de conseguirmos criar essas experiências narrativas super imersivas é se pudermos nos focar somente no single player”.
“Só tentamos manter nossas cabeças trabalhando juntas e focar em fazer um jogo single player realmente bom... Fazer o que fazemos é o que torna o jogo ótimo”, complementou Tordsson. Embora a franquia Wolfenstein já tenha contado com jogos multiplayer no passado, isso não acontece desde que a Machine Games a assumiu.
A única maneira de conseguirmos criar essas experiências narrativas super imersivas é se pudermos nos focar somente no single player
Na visão da desenvolvedora, os games criados sob sua tutela não são exatamente pertencentes ao gênero FPS, mas sim “aventuras de ação”. “Isso é porque sentimos que há muito mais neles do que simplesmente atirar”, justifica o diretor de narrativas da empresa.
“Estamos empurrando os limites, mas ao mesmo tempo mantendo o que torna Wolfenstein realmente especial: o drama, os relacionamentos humanos, com humor negro e violência. É sobre expandir tudo isso, em todos os frontes”, completa Tordsson. Com versões para PS4, Xbox One e PC (e futuramente Switch), The New Colossus chega às lojas na próxima sexta-feira (27).
