A atualização de firmware 5.0 do Nintendo Switch saiu e, com ela, apareceram algumas coisas bem interessantes: além de controles parentais mais completos e a correção do bug de registro de tempo jogado, alguns hackers analisaram os arquivos das mudanças e descobriram indícios de que talvez a Big N esteja trabalhando em uma versão do console híbrido com hardware novo.
Isso contraria diretamente as alegações feitas pelo Wall Street Journal, que disse há alguns dias que a Nintendo descartava completamente a ideia de lançar um Switch mais poderoso em 2018 e preferiria focar em periféricos e no ambiente online.
Alguns arquivos da atualização fazem referência a um novo SoC (System on Chip), que agora passaria a ser o Tegra 214 da NVIDIA, sendo que o utilizado atualmente é o Tegra 210. Isso não traria um impacto imediato de desempenho, visto que o salto é bem pequeno do 210 para o 214, mas o foco poderia estar na parte de segurança.
O firmware atual do Switch teve algumas vulnerabilidades descobertas que permitem a instalação de softwares "homebrew" que, por sua vez, abrem um caminho para a instalação de jogos piratas. Algumas dessas falhas já foram corrigidas pela Nintendo, mas o entendimento geral é que os problemas tem origem justamente no chip Tegra 210 e, assim sendo, correções por software tem atuação bem limitada.
O ponto interessante, no entanto, é que, além do novo chip, o console poderia receber uma nova placa de circuito impresso (PCB) e 8 GB de RAM – contra 4 GB do modelo atual. A descoberta foi feita por Mike Heskin, pesquisador de vulnerabilidades e especialista em segurança cibernética.
Found very strong evidence of a whole new PCB and 8GB memory for new T214 Switch (Mariko):https://t.co/qGRBeDB5mf
— Mike Heskin (@hexkyz) March 18, 2018
Enquanto isso pode ser um indício de revisão de hardware, pode indicar também que se trata apenas do hardware dos kits de desenvolvimento – algo que não vai chegar ao consumidor final.
Heskin afirmou que o código que está sendo usado para essa melhoria do Nintendo Switch é "Mariko", o mesmo nome que a NVIDIA usa para nomear seus sistemas Tegra e que, coincidência ou não, o 214 também é chamado de "Mariko". O nome é uma referência à Mariko Yashida, amante de Wolverine, o personagem da Marvel.
E aí, será que vem um Switch 2.0 por aí?