16 desenvolvedoras de jogos para o Steam decidiram remover de seus produtos a ferramenta Red Shell após consumidores reclamarem que ela estava funcionando como um spyware. O software promete permitir que companhias tenham uma melhora noção sobre a efetividade de suas estratégias de marketing, coletando informações dos dispositivos nos quais games são reproduzidos.
Embora o Red Shell colete dados como o sistema operacional, o número de IP e o navegador preferencial de cada usuário, a companhia responsável garante que dados como nomes, e-mails e endereços não são coletados. “Em seu site eles formulam isso em uma linguagem inofensiva, mas o fato é que esse software é de alguém em quem eu não confio e que nunca convidei, que está olhando meus dados e rodando no meu PC contra minha vontade”, afirmou o usuário Alexspeed75 em um tópico de protesto no Reddit.
“Isso não deveria acontecer em um game de PC de preço cheio, e em nenhum game em geral se depender de mim”, continuou o usuário. Diante da frustração expressa por muitos consumidores, desenvolvedores de jogos como Dead by Daylight, The Elder Scrolls Online, Conan Exiles, Total War, Warhammer: Vermintide e Hunt: Showdown decidiram remover a ferramenta.
No Reddit, diversos tópicos continuam a se espalhar para “denunciar” o uso do software em jogos eletrônicos. Entre os games que parecem manter a solução em funcionamento estão desde títulos menores até grandes sucessos do PC como Sid Meier’s Civilization VI.
A posição da Red Shell
Em um email enviado ao Kotaku, os responsáveis pelo Red Shell afirmaram que estão desapontados com a situação. Segundo eles, os dados coletados não são vendidos a terceiros e não são usados para a exibição de publicidade no modelo convencional. “Somos jogadores. Amamos jogos. Fazemos o que fazemos por que adoramos trabalhar com os desenvolvedores para ajudar seus games a crescer e construir comunidades”, afirma a empresa.
“A última coisa que queremos é fazer qualquer coisa que vai desapontar suas comunidades”, continua a mensagem enviada por Adam Lieb. “Coletamos o mínimo de data necessária para fazer a atribuição”, explicou. “Nossos consumidores confiam em nós para dizer em quais atividades eles estão engajados e quais funcionam ou não. Qualquer informação que não nos ajude a fazer esses pareamentos não é coletada”.
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