Jogamos! Resident Evil 2 honra original com terror raiz e altos sustos

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Resident Evil 2 Remake foi o melhor título que joguei na E3 2018. A Capcom ofereceu uma demo de 20 minutos para que pudéssemos sentir a reimaginação deste que é tido, por muitos, como o melhor da franquia – o meu ainda é o primeiro, mas tenho absoluto respeito pelo segundo. Que foi quando Leon e Claire foram apresentados ao mundo pela primeira vez, lá em 1998. Confira o nosso gameplay do remake aqui em cima!

É assustador pensar que 20 anos se passaram desde o lançamento do original, no PS1, quando nossos instintos já estavam mais aquecidos graças aos sustos da aventura de Jill e Chris – aqueles cachorros pulando na janela vacinaram muita gente de sustos. Se você é presunçoso o suficiente para achar que está absolutamente seguro com os sustos que o remake de Resident Evil 2 reserva, pense novamente: tudo foi repensado, assim como a bem-sucedida releitura do primeiro Resident Evil, revisitado em 2002.

Tanto que a Capcom tem usado o termo “reimaginação” para o remake da jornada de Leon e Claire. Observe que “remake” é a palavra que nós convencionalmente estamos usando, mas não a Capcom. Resident Evil 2 vai além disso. E ter jogado o game por 20 minutos na E3 mostrou que o hype, bem... Ele está à altura da qualidade que o game apresenta.

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Igual, mas diferente... E bem enraizado

Fazer uma “reimaginação” desse quilate não é uma tarefa qualquer. A equipe cuidadosamente deve pensar numa nova geração de jogadores ao mesmo tempo em que, é claro, respeita os antigos. Atingir essa maestria requer tempo; esse remake está em produção desde 2015 e deve completar seus quase quatro anos de desenvolvimento até o lançamento, em janeiro de 2019.

Leon está muito diferente. Traços jovens, as maçãs do rosto acentuadas, um cabelo tigelinha mais realista, menos “escorrido”, menos galanteador, lábios finos, queixo com furinho. Mais pé no chão. Claire tem lábios grandes e cara de mais jovem; ambos têm rostos bem americanos, com menos sinais asiáticos. E ambos são novatos no que fazem, postos lado a lado pelo acaso do destino.

A delegacia está ali e longe de “intacta”. Tudo foi remexido; o layout do original é respeitado, mas complementado. Igualzinho aconteceu no primeiro. Lembra da mansão com aquela área inédita logo ao subir o primeiro lance de escadas, no hall principal? Resident Evil 2 vai seguir esse caminho: os zumbis foram modificados, os sustos mudaram de lugar e a munição deve ser racionada com uma inteligência talvez maior que no Resident Evil 2 de 1998.

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Na demonstração, gastei cerca de 10 tiros para matar um único zumbi – e todos foram assertivos, uns três ou quatro na cabeça. Os zumbis dão uma “desmaiadinha”, levantam, caem novamente, voltam a ficar de pé. Esqueça tudo que você sabia – mas viva o regozijo de, ao mesmo tempo, sentir cada lembrança vindo à tona. Claire Redfield e coadjuvantes como Marvin Branagh estão ali, mas de um jeito diferente do que você imagina, numa ordem que foi sutilmente modificada. A montagem da cenografia é outra.

Realismo matador

Os quase quatro anos de desenvolvimento asseguram à Capcom um trabalho que não apenas entregue um Resident Evil 2 moldado aos tempos atuais em termos de mecânica, narrativa e visual: o realismo nos detalhes está exuberante. Na demo, era possível ouvir um Leon ofegante nos fones de ouvido, a respiração intermitente, o suor escorrendo pela testa por causa da tensão enquanto a luz da lanterna iluminava corredores macabros.

Ao atirar em inimigos, eles são despedaçados de acordo com o ponto atingido; regiões aéreas arrancam pedações de cabeça, enquanto braços e pernas são desmembrados. É possível ver o buraco da bala em regiões peitorais e nos ombros. Ao esfaquear os mortos-vivos – mesmo que eles estejam desacordados –, marcas verticais de corte ficam atravessadas em seus corpos, abertas e feridas, rodeadas em pequenas poças de sangue. Uma marca pode ser diferente da outra. As animações já estão num estágio avançado de polimento.

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E esse talvez seja o grande chamariz do remake de Resident Evil 2 até aqui: a imprevisibilidade. Esqueça tudo que você acha que sabia e deixe que o jogo te lembre de cada evento na ordem em que as coisas acontecem – e prepare-se para se surpreender ao perceber que, bem, essa ordem pode estar bem diferente do que você esperava.

E, ao mesmo tempo, familiar. Por enquanto é isso. Resident Evil 2 será lançado no dia 25 de janeiro de 2019 para PS4, Xbox One e PC.

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