Contando a história de Lincoln Clay, veterano da Guerra do Vietnã que vive em um ambiente preconceituoso, Mafia 3 não é um game que esconde suas críticas e controvérsias. No entanto, segundo a desenvolvedora Deck 13, a abertura original do jogo possuía elementos tão pesados que ela decidiu não somente mudá-la, mas eliminar completamente qualquer traço de sua existência.
“Decidimos mudar na última hora e adicionar um começo ao game que era um prólogo bastante violento, que basicamente mostra Lincoln e alguns de seus amigos sendo emboscados pela máfia. É superviolento e Lincoln tem que recorrer à violência para escapar”, explicou o diretor Haden Blackman durante a Brighton Develop Conference. “Essa abertura iria explicar porque ele partiu para o Vietnã. Ele acaba matando um policial e tem que partir para o Vietnã”.
Segundo Blackman, a sequência trazia alguns problemas: entre eles, o fato de que o protagonista pouco fala sobre acontecimentos passados em Mafia 3. Assim, não faria sentido mantê-la, já que ela causaria uma desconexão com o resto da história e poderia deixar muitos jogadores questionando o que aconteceu.
Decisão certa
“Ela parecia algo gratuito em vez de algo que realmente pegava você e o colocava nos sapatos de Lincoln e fazia você sentir medo dele ou querer ajudá-lo, então acabamos cortando ela por causa do feedback”, afirmou Blackman. “Isso foi muito doloroso para mim pessoalmente porque foi algo que eu promovi, e acabei dirigindo aquela gravação de captura de movimentos porque era um assunto bastante sensível, e trabalhamos nele por alguns meses. Mas foi absolutamente a decisão certa, em restrospectiva”.
Atualmente, a Hangar 13 se concentra na produção de uma propriedade intelectual nova que deve trazer um clima mais positivo do que Mafia 3. “O tom dessa coisa em que estamos trabalhando é um pouco diferente de Mafia 3, mas tem os mesmos fundamentos em termos de personagens fortes. Ele tem peso e substância”.
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