Depois de conferir o evento de anúncio de Shadow of the Tomb Raider, o Voxel foi convidado a ir até a cidade de Los Angeles para conferir as cinco primeiras horas do game. Esse período foi suficiente para entender que, embora o game aproveite os melhores elementos de seus antecessores, ele é essencialmente uma experiência que quer ser diferente — e melhor.
O novo game da série apresenta uma corrida contra o tempo para evitar o apocalipse. Na tentativa de proteger um artefato antigo da Trindade, Lara Croft ativa uma maldição que promete acabar com diferentes regiões do mundo caso ela não consiga achar uma caixa misteriosa, que pode garantir a seu dono a possibilidade de moldar o planeta da forma que ele quiser.
A busca pelo objeto leva a protagonista até a Floresta Amazônica, que esconde ruínas de civilizações antigas que protegem o que ela precisa para corrigir seus erros. A Trindade também teve uma ideia semelhante e vai fazer de tudo para barrar o caminho de Lara — que também terá que lidar com outros adversários, alguns deles não exatamente humanos.
Evolução natural
Shadow of the Tomb Raider é uma evolução natural dos conceitos apresentados no reboot de 2013 e em Rise, misturando momentos de exploração com combates intensos. A diferença aqui é que a nova aventura é muito mais vertical, permitindo que Lara chegue a lugares que seriam impossíveis nos capítulos anteriores.
Uma das principais novidades é o rapel, que permite a construção de cenários mais elaborados e evita que o jogador tenha que cair para chegar a lugares que estão localizados abaixo da protagonista. O game também ganha um sistema de nado reformulado, que permite explorar cavernas subaquáticas em busca de itens e segredos, ao mesmo tempo em que revela inimigos que não gostam que a protagonista invada seus ambientes.
As ferramentas novas são apresentadas logo nos primeiros momentos da aventura e são fáceis de aprender, se tornando uma parte natural do repertório em questão de pouco tempo. Para completar, Lara começa a aventura já dominando alguns dos upgrades dos capítulos anteriores, o que contribui para tornar o ritmo geral mais dinâmico e diferente do que vemos anteriormente.
Lara começa a aventura já dominando alguns dos upgrades dos capítulos anteriores
O sistema de habilidades também está presente em Shadow of the Tomb Raider, surgindo de forma reformulada e mais acessível. Você ainda tem três caminhos a seguir, focados em combates, capacidades de sobrevivência e coleta de recursos — agora eles surgem na mesma tela, evitando que você tenha que alternar entre diferentes abas para decidir no que é melhor investir.
Os combates também foram aprimorados com novas opções furtivas, que permitem que Lara “se funda” aos ambientes enquanto escolhe os adversários que vai abater silenciosamente. Quando ela é avistada, tem a opção de partir para o ataque direto ou fugir e se esconder novamente — mas terá que lidar com adversários mais cuidadosos e alertas.
Exploração ainda é forte
Shadow of the Tomb Raider também investe pesado na exploração de ambientes, que escondem uma dose generosa de segredos e recompensas. As tumbas secretas retornam com uma quantidade ainda maior de quebra-cabeças, sendo que muitas delas não podem ser acessadas na primeira vez que você as encontra — a evolução de equipamentos vista nos jogos anteriores também está de volta.
Uma das novidades do jogo é a possibilidade de ajustar o nível de dificuldade de diferentes aspectos da experiência. Você pode deixar os combates mais fáceis, aumentando a complexidade da exploração ou o número de dicas que o game oferece para seus desafios — é possível até mesmo desligar o “sentido especial” de Lara que destaca objetos de interesse e qual é o caminho a seguir.
Tudo isso contribui para uma experiência que se adapta às habilidades e preferência de cada jogador de forma inteligente. Ao mesmo tempo em que isso torna o game mais acessível para quem não está acostumado com a série, quem já domina suas mecânicas pode aumentar o desafio ao máximo e provar que é tão digno de virar um “Tomb Raider” quanto Lara.
Aventura promissora
Com Shadow of the Tomb Raider, a Square Enix promete transformar a protagonista na figura segura e poderosa que vimos nos games que deram origem à série. Para isso, ela pretende investir em um melhor desenvolvimento de personagens e na exploração dos conflitos pelos quais a personagem passa, que vão permitir que ela amadureça e entenda as verdadeiras consequências de suas ações.
As cinco horas de jogo mostram que o game tem tudo para agradar quem jogou os títulos anteriores e procura sistemas mais profundos e uma trama ainda mais envolvente. Resta esperar que a versão final cumpra as promessas feitas pela desenvolvedora e ofereça o equilíbrio esperado entre exploração, quebra-cabeças e combates.
E você, está ansioso por Shadow of the Tomb Raider? O que espera do novo game que fecha a “Trilogia da Origem” criada pela Crystal Dynamics? Registre sua opinião na seção de comentários e continue ligado aqui no Voxel para conferir todas as novidades sobre o título — incluindo uma análise completa que será publicada próximo ao lançamento.
O Voxel viajou a Los Angeles a convite da Square Enix
Categorias