Caso eu estivesse na BGS 2018 como um visitante e só tivesse a chance de jogar um único game, ele com certeza seria Ori and the Will of the Wisps. Ocupando um espaço relativamente discreto no estande da Microsoft, o game de plataforma e exploração é daquelas experiências que se mostram absurdamente refinadas mesmo em uma fatia pequena de seu universo.
O pequeno trecho disponível permite testar os sistemas de exploração, combate e plataforma de maneira bastante completa, além de apresentar alguns desafios de lógica bastante interessantes. Seu objetivo fica claro desde o começo: chegar a um ponto específico do cenário, que fica marcado em seu mapa – o que é interessante não é o que você deve fazer, mas sim como vai conquistar esse objetivo.
Assim como seu antecessor, Ori and the Will of the Wisps tem como base um game de plataforma em 2D com progressão lateral. Nada incomum, mas o que destaca a aventura é o quanto os controles e movimentos são “gostosos” e respondem bem: você pula, ataca, dá dashes e se desvia de obstáculos com uma naturalidade tremenda – é quase como se o controle fosse uma extensão natural das suas mãos.
Gameplay envolvente
O trecho disponível tinha como base desafios baseados na areia: plataformas que desapareciam logo após você pular nelas e armadilhas escondidas eram somente alguns dos desafios. Para prosseguir, era preciso não somente coletar dois itens que serviam como chaves, como também era preciso aprender uma nova habilidade capaz de transportar o jogador por trechos subterrâneos.
O level design coloca pequenos obstáculos em seu caminho de forma constante, guiando o jogador de forma natural para seus objetivos sem que ele perceba o que está acontecendo. Da mesma forma, o nível de dificuldade dos inimigos cresce aos poucos, e as novas habilidades aprendidas estimulam você a voltar a um trecho anterior para descobrir novos caminhos e segredos.
Levando em consideração que estou falando de um trecho de gameplay que levou pouco mais de 10 minutos para ser finalizado, é impressionante a quantidade de elementos de alta qualidade que o game combina. Isso sem contar com a apresentação gráfica, que está impecável e apresenta um estilo de arte repleto de cores e efeitos de iluminação.
Um jogo para ficar de olho
Infelizmente, não tive a oportunidade de explorar as sidequests disponíveis, tampouco houve tempo o suficiente para explorar os diferentes equipamentos e seus upgrades. Mesmo assim, senti do espaço da Microsoft com a sensação de ter jogado um título feito com o carinho e que tem, no mínimo, o mesmo nível de qualidade de seu antecessor.
Até o momento sem data de lançamento, Ori and the Will of the Wisps tem tudo para ser um game tão importante quanto o primeiro. Caso você seja fã do gênero “Metroidvania” e queira saber o que vai ser importante dentro dele em 2019, vale a pena ficar de olho no título para o Xbox One e o PC.