Cada vez mais, empresas vem punindo jogadores profissionais e outras pessoas ligadas à indústria de jogos quando surgem casos ligados a eles referentes ao uso de termos e ações pejorativos direcionados à minorias. O caso mais recente envolve o pro player de FIFA 19 Tassal "Tass" Rushan, que foi suspenso por tempo indeterminado após usar termo homofóbico em streaming.
Durante transmissão ao vivo em que abria pacotes de cartas do modo Ultimate Team, Tass, que é de Londres e campeão europeu de FIFA, recebeu várias vezes Matías Vecino, jogador uruguaio que joga no Inter de Milão. Irritado pelas cartas repetidas, o pro player comentou que novamente veio "este fag", sendo este um termo homofóbico bastante conhecido.
Não demorou para que o vídeo chegasse até a EA, que suspendeu Tass por tempo indeterminado de competições oficiais de FIFA. O jogador liberou um vídeo após o incidente explicando não saber que o termo "fag" era pejorativo, já que é de Londres e não o conhecia dessa forma.
Por um lado, Tass está correto, pois o termo tem um outro significado dentro dos EUA, sendo usado de maneira homofóbica mais por americanos. Tanto é que dentro do Reino Unido, falar isso em relação a um gay é considerado um "americanismo".
O problema é que o contexto do vídeo não traz brechas para esse termo ser usado também por ingleses, já que por lá, a palavra geralmente é usada para cigarros. A não ser que a cidade de Londres tenha um significado único, o uso feito por Tass leva a crer que ele estava xingando mesmo a carta e o jogador uruguaio, dando margem para a EA suspendê-lo.
O código de conduta da EA Sports para FIFA 19 proibe o uso de termos ofensivos, ameaças, discursos de ódio, o envio repetido de mensagens indesejadas ou ataques, sejam eles ligados a raça, orientação sexual ou religião. Até o momento, a EA não se pronunciou sobre o pedido de desculpas de Tass.
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