Em uma longa reportagem publicada na última quarta-feira (21) pelo Kotaku, Jason Schreier revelou algumas das mudanças pelas quais a Blizzard está passando nos últimos anos. Segundo ele, isso está afetando o desenvolvimento de Diablo IV, que já teve seu projeto reiniciado e atualmente é conhecido pelo codinome “Fenris”.
Segundo Schreier, essa é a segunda visão para a sequência que a desenvolvedora tem. Anteriormente, ela estava investindo no “Project Hades”, desenvolvida pelo diretor de Reaper of Souls para ser uma espécie de “versão Diablo de Dark Souls”, que chegou inclusive a adotar uma nova perspectiva de visão sob o ombro.
A reportagem revela que a equipe responsável por Diablo III: Reaper of Souls tinha a intenção de fazer uma segunda grande expansão para o jogo, plano que foi cancelado pela gerência da Blizzard antes dos trabalhos começarem. A informação é que os chefes da empresa consideraram Diablo III um fracasso e, por isso, preferiram iniciar logo a criação de uma sequência numerada — posição que a boa recepção à expansão não mudou.
Uma empresa em transição
O Kotaku também revelou que o desenvolvimento de “Fenris” ainda está nos estágios iniciais e que muito pode mudar antes de um lançamento. A desenvolvedora aparentemente está sofrendo cada vez mais influência da Activision para “cortar gastos” e está reticente em investir em grandes projetos depois do fracasso público de Titan, mesmo que esse projeto tenha resultado no bem-sucedido Overwatch.
A reportagem também revelou que a Blizzard está cada vez mais disposta a investir no mercado mobile, tanto para explorar novos mercados — Diablo Immortal está sendo feito pensando na China — quanto pela vontade de desenvolvedores. Muitos nomes veteranos da desenvolvedora estão preferindo trabalhar em projetos menores e que se adaptem a seus gostos atuais, o que pode resultar em uma versão “Pokémon Go” de World of WarCraft, por exemplo.
A situação faz sentido, levando em conta que alguns nomes passaram 10 anos ou mais dedicados a um único projeto — Diablo III, por exemplo, exigiu 12 anos de trabalho. No entanto, não é somente isso que está mudando na Blizzard: segundo Schreier, muitos funcionários temem que o lado Activision da empresa esteja atuando de forma mais ativa, mudando tanto questões financeiras quanto da produção de games — o que pode significar ciclos de desenvolvimento mais curtos e um maior foco em quantidade.
Dentro desse quadro, o futuro de Diablo IV ainda está rodeado de mistérios. Embora as fontes consultadas garantam que ele vai existir, o produto final pode ser bem diferente em dois ou cinco anos, e a desenvolvedora só deve anuncia-lo assim que uma demonstração jogável estiver disponível, algo que ainda não tem data para acontecer.
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