Finalizada no último domingo (28), a QuakeCon 2019 pode estar ligada à Bethesda, um dos maiores nomes do mundo dos games, mas ainda mantém suas raízes independentes até hoje. Prova disso é que, entre os lançamentos da publicadora, também havia espaço para que criadores independentes exibissem seus trabalhos.
Dentre eles, o que mais me chamou a atenção foi um projeto pequeno conhecido como Rizzo Island. Ele não tinha os melhores gráficos ou jogabilidade (o que pode ser explicado pelo fato de ainda estar em fase Alpha), mas captou imeditamente minha vontade de jogar pelo fato de estar rodando diretamente em um Dreamcast.
Criado na engine do primeiro Quake, Rizzo Island é um jogo de aventura que não seria estranho de encontrar nas lojas na época em que o console da SEGA foi lançado. Com visuais 3D simples, o game traz muitas lembranças dos antigos Tomb Raider e de games como Rayman 2, misturando plataformas, combate e a coleta de muitas moedas.
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— Rizzo Island Game ?? Quake-Con (@rizzoislandgame) July 28, 2019
Desenvolvido por David Croshaw,o título é inspirado por seu falecido tio, Tom Rizzo, músico responsável pelas composições que são usadas na aventura. Ainda sem data de lançamento, o Rizzo Island está sendo trabalhado pela pequena equipe da Dreameater Games, que pretende fazer o “game mais otimizado do Dreamcast”, tarefa que ainda não foi totalmente cumprida – o demo que testamos rodava bem no geral, mas ainda dava algumas “engasgadas”.
Quem se interessar pela aventura pode jogar uma demonstração gratuita e, caso assim deseje, ajudar a equipe através de uma campanha no Patreon, que ainda trabalha com números bastante discretos. Além da proposta retrô, o game me chamou a atenção por ser claramente um projeto de paixão, que não necessariamente vai ser usado de forma comercial.
Espaço discreto
Na QuakeCon 2019, também tive a chance de testar uma demonstração de Witch, um RPG japonês que parece modernizar os games do estilo para o primeiro PlayStation. Misturando personagens em 2D com cenários em 3D de alta qualidade, o título apresenta um grupo de protagonistas formado exclusivamente por bruxas.
Infelizmente, a demonstração trazida não era tão interessante quanto os vídeos que mostravam a exploração de ambientes. Nele, só havia uma única batalha por turnos com uma dificuldade particularmente baixa, o que impedia entender completamente qual é o nível de estratégia ou habilidade que será exigido dos jogadores.
Misturado a instituições de caridade e a barraquinhas que vendiam memórias RAM, guaraná energéticos, os games independentes tiveram uma presença discreta na QuakeCon 2019. No entanto, isso foi suficiente para mostrar o potencial que a feira tem para esse tipo de produto e que a Bethesda poderia dedicar mais de seus esforços para promover os trabalhos de sua comunidade e, quem sabe, ajudar mais diretamente a transformá-los em realidade.
O Voxel viajou à QuakeCon 2019 a convite da Bethesda