Desde seu lançamento na década de 80, Wolfenstein sempre teve uma identidade própria, um caminho definido como um shooter 3D em terceira pessoa com objetivo relativamente bem traçado: matar nazistas. Com o passar dos anos, o game ganhou novas adaptações e sequências, com uma nítida evolução gráfica, em jogabilidade e, principalmente, em roteiro, encontrando excelentes pontos para dramatizar seu objetivo e justificar todo o caos apresentado no desenrolar de suas fases.
Porém, com o lançamento de jogos para última geração (The New Order e The New Colossus), o diretor da Machine Games, produtora dos atuais títulos da franquia, Andreas Öjerfors, passou a desanimar com o rumo que as discussões sobre a profundidade de seus games tomaram. “É incrivelmente estranho e decepcionante”, declarou Andreas em entrevista para a PCGamesInsider.biz. “Nós nunca quisemos que nossas histórias fossem relevantes; nós queríamos contar ótimas histórias interessantes com o melhor de nossas habilidades.”
Importante citar a função social que o lançamento da sequência de Wolfenstein: The New Order evidenciou em redes sociais. Durante o lançamento de New Colossus, a Bethesda infestou o twitter com hashtags antinazistas, fortalecendo o posicionamento da produtora quanto ao combate ao regime nazifascista e às reminiscências deixadas até os dias atuais, como questões de preconceito, intolerância e radicalismo.
Em entrevista coletiva, Öjerfors ressaltou, novamente, sua preocupação com o avanço de grupos de extrema-direita e seu desapontamento quanto à força que tais grupos têm para moldar discussões em comunidades virtuais.
A saga de Wolfenstein recebeu, recentemente, mais um game para acrescentar conteúdo à franquia. Wolfenstein: Youngblood é um spin-off da série que já encontra-se disponível para Playstation 4, Xbox One, PC, Nintendo Switch e, em breve, no Google Stadia.
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