Durante uma entrevista ao Game Informer, Hideo Kojima falou um pouco sobre as metáforas presentes em Death Stranding. Para o criador do jogo, a história diz muito sobre a atual realidade dos Estados Unidos de Donald Trump e sobre a situação da União Europeia.
Kojima disse que prefere não sugerir interpretações, mas para ele, “o tema central do jogo é conexão”. Em Death Stranding, o jogador irá comandar um personagem que deve conectar postos avançados à Rede Chiral, ampliando o alcance das Cidades Unidas da América (UCA na sigla em inglês).
"Quando você se conecta, você pode usar os serviços UCA, mas, ao mesmo tempo, eles recuperam suas informações em 24 horas", explica Kojima. "É como se fosse o livro 1984. Algumas pessoas no jogo podem não gostar disso e vão dizer 'eu não vou me conectar ao UCA, porque vamos repetir o mesmo que já fizemos'. Como Trump ou a União Europeia, essas coisas. É uma metáfora”.
Uma distopia global
Death Stranding se passa em um futuro pós-apocalíptico. A história acontece na América, mas Kojima buscou mostrar que os problemas dos Estados Unidos também podem ser vistos em outros lugares.
“Fiz um mapa que não é exatamente a América, de propósito. Talvez se pareça com o Japão visto por aquele ângulo. Eu não quero que as pessoas não pensem 'América', mas sim 'onde você está'”, explicou Kojima. Para ele, é importante que o jogo permita que cada pessoa tenha sua própria experiência, e possa reconhecer aquele cenário de alguma maneira. “Todos estão conectados pela internet, mas todos estão fragmentados. Isso também é um tipo de metáfora”.
Death Stranding chega às lojas no dia 8 de novembro, exclusivamente para PS4.
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