Os anos 2010 foram, de certa forma, uma montanha-russa para a Nintendo. Se por um lado a empresa japonesa quebrou recordes com as mais de 75 milhões de unidades vendidas do Nintendo 3DS, por outro, o Wii U provou que jogo exclusivo não é capaz de salvar conceito mal executado e que já nasce obsoleto.
Atualmente, a empresa ostenta números expressivos de seu híbrido, o Nintendo Switch, com quase 42 milhões de consoles vendidos desde o seu lançamento em março de 2017. Convenhamos: um console híbrido é muito legal, mas o sucesso do Switch se deve ao incontestável acervo de exclusivos.
Em uma década de falhas e acertos, uma coisa é certa: a Nintendo entregou alguns dos melhores jogos de toda a sua história, mesclando novas franquias e sequências de seus consagrados mascotes. Confira quais foram os melhores jogos da Big N de 2010 para cá - desconsiderando remakes e remasters para focar no que realmente foi novidade:
The Legend of Zelda: Breath of the Wild (Wii U e Nintendo Switch)
Não há como começar uma lista de melhores jogos da década sem citar um dos melhores jogos da história. Em meio a tantos ótimos lançamentos e relançamentos da franquia Zelda nos últimos anos, Breath of the Wild reinventou a roda ao oferecer um mundo aberto mais orgânico, que concede liberdade total ao jogador na hora de definir o caminho a ser trilhado.
Você pode finalizar o jogo em poucas horas ao confrontar Ganon logo no ínicio ou gastar centenas de horas para concluir 100% da aventura, o que inclui missões secundárias, dungeons e sementes de korok escondidas pelo vasto mapa. Sério, é imperdível.
Super Mario Odyssey (Nintendo Switch)
Disponível apenas para Nintendo Switch, Super Mario Odyssey é a junção de tudo que a franquia apresentou de mais inventivo nos últimos anos. Trata-se de uma jornada em mundo aberto, com um tom mais realista, em que o bigodudo é capaz de assumir a forma de objetos e criaturas do cenário. É uma aula de criatividade e diversão.
Com toques de nostalgia à la Super Mario 64 e o tempero de modernidade de Super Mario Galaxy, Odyssey mostrou que ainda há espaço para levar o grande mascote a territórios inexplorados.
Super Smash Bros. Ultimate (Nintendo Switch)
Super Smash Bros. Ultimate é a versão definitiva do icônico brawler da Nintendo. Definitiva pelo mérito de trazer o maior número de personagens jogáveis das mais variadas franquias dos videogames, desde Pokémon até Banjo & Kazooie.
O jogo é um exagero em todos os sentidos: no número de fases, na trilha sonora com centenas de músicas, no robusto modo história e, é claro, no fator diversão. Seja reunido com os amigos ou jogando sozinho, Ultimate proporciona uma experiência gratificante do início ao fim.
Mario Kart 8 (Wii U e Nintendo Switch)
O sucesso de Mario Kart é facilmente justificável: estamos falando do game de kart que definiu paradigmas com o melhor e mais gostoso gameplay do gênero. Lançado originalmente para Wii U e em versão deluxe no Nintendo Switch, com novos modos e personagens, o oitavo título da série é uma carta de amor aos fãs e uma ótima porta de entrada para os marinheiros de primeira viagem.
E o que dizer do modo online? Arrisco dizer que, ao lado de Splatoon 2, Mario Kart 8 é um dos jogos mais divertidos de se jogar contra outros usuários. As disputas são sempre acirradas e com desfechos inesperados, especialmente se os seus amigos estiverem na mesma sala.
Fire Emblem: Awakening (3DS)
Confesso que eleger um só jogo da franquia Fire Emblem é uma tarefa um tanto custosa. Afinal, a série japonesa publicada pela Nintendo é referência quando o assunto é RPG tático. Awakening é, em resumo, a celebração do que há de melhor no gênero estratégia.
Basicamente, o jogador comanda unidades em complexos combates por turnos, em uma dinâmica semelhante a um jogo de xadrez. O título ainda traz uma história repleta de reviravoltas e um profundo sistema de personalização e relacionamento de personagens. É um daqueles títulos que justifica a aquisição do 3DS sem pestanejar.
Xenoblade Chronicles (Wii, Wii U, New 3DS e Nintendo Switch)
Lançado na metade de 2010 para Wii, Xenoblade Chronicles é um ambicioso RPG de ação que foi muito além do que o seu console de origem era capaz de entregar, um título que esteve sempre à frente do seu tempo - embora um tanto quanto limitado no quesito gráfico devido à robustez do mapa.
Na aventura, o protagonista Shulk explora um gigantesco mundo aberto situado sobre o corpo de deuses adormecidos. O combate mistura estratégia e movimentação em tempo real, criando um ritmo parecido com o de Final Fantasy XII - que, cá entre nós, é perfeito.
Xenoblade Chronicles está sendo refeito do zero e deve chegar ao Nintendo Switch ainda em 2020 com visual totalmente repaginado. Vida longa à franquia!
Bayonetta 2 (Wii U e Nintendo Switch)
A essa altura do campeonato, a Platinum Games já se consolidou como o principal estúdio do quase extinto hack and slash. Bayonetta 2 marcou, enfim, a ressurreição do gênero popularizado por God of War e Devil May Cry.
Sem firulas, Bayonetta 2 proporciona uma história recheada de bizarrices e um gameplay frenético, ora descerebrado e ora estratégico, fluido e responsivo como um bom hack and slash deve ser. A campanha é linear, mas há diversos desafios de habilidade a serem concluídos depois de ver os créditos rolarem na tela. Boa sorte ao tentar finalizá-los.
Animal Crossing: New Leaf (3DS)
Podemos dizer que Animal Crossing é um simulador de vida. E a vida em Animal Crossing é incrivelmente agradável. Sem qualquer tipo de imposição ao jogador, sem final ou objetivos concretos pipocando na tela, Animal Crossing: New Leaf te dá liberdade total para gerenciar uma pequena cidade e estabelecer relações de amizade com outros animais.
A premissa pode não parecer tão interessante à primeira vista, mas acredite: apenas alguns minutos de jogatina são suficientes para imergi-lo no mundo caricato e repleto de atividades. Cada tarefa concluída é um sorriso no rosto.
Só um aviso: mergulhar no estilo de vida pacato de Animal Crossing é um caminho sem volta.
Pokémon Black 2 e White 2 (DS)
Debater as gerações de Pokémon é como discutir sobre qual time de futebol é melhor. É subjetivo. No entanto, Pokémon Black 2 e Pokémon White 2, ambos lançados em junho de 2012 para Nintendo DS, representam tudo o que há de melhor na franquia: um mundo gostoso de ser explorado, uma ótima geração de monstrinhos e compatibilidade com Pokémon de gerações anteriores.
O game também promoveu um salto gráfico considerável em comparação aos dois jogos da quarta geração, Pokémon Diamond e Pearl. Em relação às versões comuns de mesma geração, Black 2 e White 2 introduziram novas localidades, formas inéditas de criaturas e a possibilidade de capturar monstros de gerações passadas desde o início. Isso é fato: a região de Unova envelheceu muito bem e continua entre as melhores localidades da série.
Super Mario Maker 1 e 2 (Wii U, 3DS e Nintendo Switch)
Super Mario Maker pode não ser para todos os gostos, mas quem nunca sonhou em se aventurar em um jogo do bigodudo com infinitas possibilidades? Talvez com algum recurso para criar as próprias fases? Pois é, Super Mario Maker merece créditos além da conta por ter sido tão ambicioso. Ambicioso a ponto de entregar um produto com fator replay imensurável.
A comunidade do jogo, inclusive, tem crescido exponencialmente e é uma das mais ativas entre todos os games da Big N. Em sua segunda versão, por exemplo, o game ultrapassou a marca de 2 milhões de fases criadas pelos próprios jogadores, sem contar o divertido modo história com quase 100. Eis uma aposta ousada da Nintendo que, felizmente, ganhou o devido reconhecimento. E que venha o terceiro com um número ainda maior de opções no sistema de criação de fases.
E pra você, quais foram os melhores jogos da Nintendo na última década? Deixe a sua opinião na sessão de comentários.
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