Levantamento realizado pelo time global da Ernst & Young mostra que aumentou em 50% o volume de fusões e aquisições envolvendo companhias de tecnologia no terceiro trimestre em relação ao período entre abril e junho, e 48% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Foram registradas, somente neste ano, 601 transações no setor, contra 453 no terceiro trimestre de 2009, representando o maior volume desde o início da crise econômica internacional, US$ 46,2 bilhões.
Segundo o líder da área de Transações da Ernst & Young Terco, Ricardo Reis, dois aspectos chamam a atenção no levantamento preparado pela consultoria. A internacionalização de negócios, com fusões e aquisições envolvendo companhias estrangeiras (“cross-border”) continua em crescimento, chegando a 51% dos valores totais das transações.
Além disso, as companhias têm priorizado países em desenvolvimento e estão mais cautelosas com negócios nos mercados desenvolvidos. “Como foram menos afetados pela crise, países em desenvolvimento despertam mais atenção”, afirmou. Também aumentaram os negócios relacionados a organizações que não são do setor de tecnologia, atingindo 21% do volume total de negócios.
A análise realizada pela Ernst & Young aponta uma maior participação dos fundos de private equity nas negociações. Foram 99 no terceiro trimestre, ante 51 no segundo e 35 no ano passado. Os valores médios das transações foram de US$ 176 milhões contra US$ 140 milhões no segundo trimestre e US$ 178 milhões no mesmo período do ano passado.
Reis destaca que parte dessas transações estavam planejadas antes da crise e foram concluídas recentemente. Um crescimento contínuo de transações para este setor é esperado para os próximos meses e grandes companhias devem apostar em investimentos voltados para novas tecnologias como segurança da informação, comércio eletrônico via tecnologias móveis e computação na nuvem (cloud computing).
Mercado nacional
O Brasil não registrou negócios de tecnologia setor no terceiro trimestre. Para o líder da área de transações da Ernst & Young Terco isso ocorre porque as empresas brasileiras ainda têm grande foco na prestação de serviços, despertando menor interesse de corporações globais, apesar de o País ter potencial e desenvolver novas tecnologias.
Fonte: Assessoria de Imprensa Ernst & Young
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