Tecnologias atuais impedem que jogadores sejam donos dos games; entenda
Recentemente a Ubisoft gerou polêmica ao desativar os servidores do jogo The Crew e retirar o game da conta dos jogadores. É isso mesmo: o game simplesmente desapareceu do perfil de quem já havia comprado o produto.
Enquanto tem muita gente atacando a empresa, e com razão, é importante enfatizar que o problema é muito mais profundo. Na verdade, todos os jogos atuais estão sujeitos a parar de funcionar a qualquer momento, incluindo em mídia física.
A culpa disso são as tecnologias de DRM, ou gerenciamento de direitos autorais. Na indústria atual de games, que é amplamente conectada, os jogos são atrelados a plataformas específicas e costumam não funcionar fora delas.
Ao pagar 300 em um game, o jogador, na verdade, está comprando uma licença para baixar e jogar o produto em determinada plataforma, seja PlayStation Store, Xbox Live ou Steam, por exemplo.
Se uma dessas plataformas eventualmente parar de funcionar, nada garante que você terá a possibilidade de retirar seus games de lá. Os jogos estão presos onde você os comprou.
Nesse cenário, a mídia física acaba parecendo uma ótima saída para garantir que você é dono de um jogo. No entanto, nem os discos estão salvos do DRM.
Consoles como o PS5, que possuem um leitor Blu-Ray, também usam sistemas online para a validação dos games. Ou seja, basta uma atualização de firmware para que até mesmo os jogos em mídia física parem de funcionar.
No fim das contas, praticamente todos os nossos jogos estão a mercê de grandes empresas, e a única forma de escapar disso é quebrando as correntes do DRM, o que configura pirataria.
Design: Bianca Zancanaro Edição: Mateus Mognon
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