Espirros e tosses alérgicas podem ter um fim. (Fonte da imagem: Reprodução/Jeff_RE)
Pesquisadores da universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma molécula sintética capaz de combater alergias e reações alérgicas. O mecanismo é capaz de desativar anticorpos responsáveis por identificar algo como nocivo, o que causaria a alergia e, consequentemente, uma reação desagradável.
Uma alergia funciona da seguinte forma: a imunoglobulina E (IgE) é um anticorpo que se liga a alérgenos e é responsável pelo desencadeamento de reações alérgicas. Ele está sempre ativo, o que explica o porquê de respostas rápidas ao contato com aquilo a que você é alérgico, como pelos de animais ou poeira.
A combinação entre IgE e mastócitos responsáveis pela liberação de histamínicos e outras substâncias químicas que causam os sintomas de um ataque alérgico são o que gera as reações. Sempre que seu organismo entra em contato com o agente causador da alergia, os anticorpos enviam tal produto para dentro dos mastócitos.
O resultado é um ataque que pode variar de intensidade conforme a sensibilidade do alérgico, causando choques anafiláticos e, em alguns casos extremos, a sua morte.
O “Santo Graal” antialergênico
Chamado pelos pesquisadores de “Santo Graal do tratamento de alergias baseadas na imunoglobulina E”, a molécula DARPin E2-79 serve para interromper essa comunicação entre a IgE e o mastócito que desencadeia a reação alérgica — e ela é capaz de fazer isso em questão de segundos.
A DARPin E2-79 pode, segundo os cientistas, não apenas bloquear a reação alérgica, mas também fazer isso fora da fonte da alergia. Ela faz isso “desmontando” partes do seu sistema imunológico responsáveis por iniciar a reação.
Apesar de ser uma ótima ideia, a produção da molécula em escala industrial ainda não tem previsão para acontecer; isso porque este processo é bastante caro para ser levado a cabo pela indústria farmacêutica. Ou seja, alérgicos ainda sofrerão bastante com suas alergias por mais algum tempo.
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