Em uma guerra virtual, matar hackers com armas tradicionais é permitido
Uma guerra virtual está próxima? (Fonte da imagem: Reprodução/Ricardo Lopés Mercadante)
O assunto da guerra virtual tem aparecido aqui e ali com determinada frequência. São países se acusando de ataques do gênero e outras nações investindo milhões para se manterem protegidas contra esses perigos. Aparentemente preocupada com essa bagunça, uma comissão da OTAN resolveu preparar uma série de regras para reger um possível estado de guerra virtual.
No documento criado, hackers que causarem danos físicos, fatais ou não, a outras pessoas ou destruírem propriedade privada ou pública podem sofrer contra-ataques realizados com armas tradicionais. Ou seja, seria permitido matar quem estiver por trás do computador cometendo crimes — isso durante uma “guerra”.
Além disso, a comissão também especifica algumas regras para governos responderem a ataques virtuais. Assim, não é permitido realizar ofensivas contra usinas nucleares ou hospitais, por exemplo, a fim de evitar massacres de civis.
Leis da guerra
Fora isso, para um país responder a um ataque virtual com força de verdade, é preciso que haja provas concretas da procedência das ofensivas sofridas através da rede. Ou seja, deve ser provado o envolvimento de um governo legítimo para que uma guerra possa ser “legal”.
A tentativa de regulamentar estados de guerra não é novidade. Desde os tempos antigos, sempre houve uma preocupação mínima com batalhas “honrosas”. Depois das guerras mundiais modernas, tratados internacionais já impedem que minas terrestres sejam usadas em qualquer circunstância ou que prisioneiros de guerra sejam maltratados, por exemplo.
Esse documento elaborado pela comissão da OTAN não é legítimo em lugar algum do mundo, e nenhum país concordou em cumprir as determinações até agora. Ainda assim, acredita-se que os países membros dessa cúpula — exclusiva para nações norte-americanas e europeias banhadas pelo Atlântico — não demorem muito a começar a aderir ao projeto.
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