3 projetos submarinos feitos em solo nacional

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Brasil investe cada vez mais na produção de submarinos tripulados e não tripulados para fins diversos (Fonte da imagem: Reprodução/MarialvaOnline)

Se você pensa que a construção de veículos subaquáticos no território brasileiro está atrasada em relação ao resto do mundo, é melhor começar a pensar duas vezes. É cada vez maior o investimento do país para o desenvolvimento de submarinos de alta tecnologia, sejam eles tripulados ou não e para fins militares ou de pesquisa.

Conheça mais a fundo alguns desses empreendimentos que podem mudar para sempre o cenário de tecnologia marítima de nossa nação, além de auxiliar em pesquisas científicas e desenvolvimento de soluções até mesmo para o estrangeiro.

1) LUMA

O LUMA (sigla para Light Underwater Mobile Asset) é um submarino projetado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE-UFRJ) e tem como principal objetivo estudar melhor a fauna e flora marinha da Baía do Almirantado, na Antártica.

Trata-se, na verdade, de um robô aquático do tipo ROV (Remotely Operated Vehicle, ou Veículo Operado Remotamente), ou seja, um veículo não tripulado e operado à distância. O aparelho é equipado com um controle remoto ligado por cabos e uma câmera de altíssima resolução, para captar imagens do fundo do mar na maior qualidade e riqueza de detalhes que for possível.

Com isso, é possível fazer levantamentos fotográficos, realizar filmagens, coletar dados e até mesmo obter amostras ambientais variadas como organismos, rochas e sedimentos.

LUMA, submarino não tripulado do tipo ROV voltado para exploração da fauna e flora marinha (Fonte da imagem: Reprodução/Planeta COPPE)

O LUMA, que começou a ser projetado em 2009, está atualmente sendo aperfeiçoado para que consiga operar com uma maior autonomia, ganhe sistemas de controles mais precisos e com maior área de alcance, obtenha sensores tecnologicamente mais avançados e consiga operar em maiores profundidades. O objetivo é fazer com que o submarino atinja 1000 metros abaixo da superfície; infelizmente, ele ainda não passa dos 160 metros.

Responsáveis pelo projeto posam ao lado do robô (Fonte da imagem: Reprodução/Planeta COPPE)

2) Submarinos nucleares

Ainda sem nomes definidos, os polêmicos projetos para criação de uma série de submarinos nucleares não poderiam ficar de fora da lista. Afinal, eles apresentam um grande passo para a evolução da Marinha do Brasil e irá colocar o país na elite das potências navais – seremos a sétima nação a criar veículos bélicos aquáticos movidos a energia atômica. O projeto está sendo feito em parceria com a França, principal fornecedora de recursos tecnológicos.

As diferenças entre um submarino nuclear e um tradicional estão basicamente na velocidade máxima atingida pelo primeiro, muito maior do que a dos convencionais. Além disso, não haverá necessidade de subir à superfície para reabastecer frequentemente, já que um núcleo atômico consegue prover energia para um veículo aquático submerso por até um mês.

Maquete de um submarino nuclear (Fonte da imagem: Reprodução/DefesaNet)

Vale lembrar que o objetivo primário dos submarinos nucleares brasileiros é a patrulha e proteção das reservas marítimas de petróleo e áreas costeiras da Amazônia. O plano é que os veículos entrem em ação em meados de 2025. As estimativas apontam que cada submarino deve custar cerca de US$ 560 milhões, fazendo com que o projeto atinja o posto de um dos maiores empreendimentos públicos do país.

3) Dragão do Mar

Já o projeto Dragão do Mar está sendo desenvolvido pela Universidade de Fortaleza (Unifor) com o apoio de nove instituições e um financiamento de R$ 7 milhões. Trata-se de outro ROV, que tem como objetivo mergulhar em profundidades de ao menos 3 mil metros e auxiliar na operação, manutenção e apoio da exploração de petróleo no pré-sal.

De acordo com Aristides Pavani, coordenador geral do projeto, o submarino representa um enorme avançado tecnológico para o Brasil. “Não existe outro equipamento fabricado em território brasileiro com essa capacidade de imersão; a Petrobrás paga cerca de R$ 500 milhões a cada dois anos para importar aparelhos com recursos parecidos com este que queremos produzir. É uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de pesquisas para o pré-sal no Brasil.”

Imagem de um dos protótipos do projeto, divulgada pela Unifor (Fonte da imagem: Divulgação/UniforNotícias)

Além de contar com uma câmera para captação de imagens em alta resolução e um computador de bordo (equipado com um software de processamento de imagens que trabalha de forma autônoma), o Dragão do Mar também poderá realizar ajustes básicos em outros maquinários submersos utilizados comumente para exploração de petróleo.

Conforme Ricardo Colares, coordenador e professor universitário, o invento também vai intensificar o ensino de qualidade em engenharia na Universidade de Fortaleza. “O projeto envolve as várias engenharias: eletrônica, controle e automação, elétrica, telecomunicações. Ensino de melhor qualidade é quando a gente põe em prática o conhecimento”, comenta.

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