Conheça a história real do Maníaco do Parque, serial killer que virou filme do Prime Video
Em 1998, o Brasil foi abalado por uma série de crimes aterrorizantes que culminaram na prisão de Francisco de Assis Pereira, um serial killer que, posteriormente, ficou conhecido como o Maníaco do Parque. Seus ataques brutais contra mulheres em São Paulo revelaram não apenas a crueldade de seus atos, mas também a astúcia com que ele manipulava suas vítimas, criando uma atmosfera de medo e horror que marcou a história criminal do país.
Recentemente, a história do Maníaco do Parque virou filme no Prime Video, serviço de streaming da Amazon, porém, há quem ainda não conheça tão bem toda a situação real que inspirou a obra. Abaixo, você fica por dentro de tudo e conhece ou relembra todos os fatos brutais envolvendo o serial killer!
Quem era Francisco de Assis Pereira?
Nascido em Guaraci, uma pequena cidade paulista perto da fronteira com Minas Gerais, no dia 29 de novembro de 1967, Francisco parecia ter uma vida comum. Durante anos, ele trabalhou como motoboy em São Paulo, o que lhe permitia circular livremente pela cidade. No entanto, por trás de sua rotina aparentemente ordinária, ele abrigava uma mente perversa e meticulosamente calculista.
Francisco tinha um disfarce que usava para atrair suas vítimas. Apresentava-se como fotógrafo de moda ou caça-talentos, prometendo a jovens mulheres a chance de se tornarem modelos de sucesso. Essa abordagem dissimulada, aliada a seu comportamento extrovertido e persuasivo, fez com que diversas mulheres confiassem nele e aceitassem ir até o Parque do Estado, na zona sul de São Paulo, para supostos ensaios fotográficos. Na realidade, elas estavam sendo atraídas para um encontro com a morte.
Como operava o serial killer?
Entre janeiro e julho de 1998, Francisco de Assis Pereira atacou e matou ao menos 11 mulheres, todas com menos de 24 anos. O Parque do Estado, um local denso de vegetação e relativamente isolado, foi escolhido por Francisco como cenário perfeito para seus crimes. Ele levava suas vítimas até o interior da mata, onde elas eram submetidas a abusos sexuais, tortura e, em muitos casos, estrangulamento. Os corpos das vítimas eram deixados no parque, muitas vezes nus e cobertos por folhas e galhos, como forma de dificultar sua localização.
A escolha das vítimas seguia um padrão claro: todas eram jovens e, em sua maioria, estavam em busca de oportunidades de carreira no mundo da moda ou da publicidade. O disfarce de fotógrafo ou agente de modelos foi uma peça central em seu modus operandi, que exigia não apenas violência, mas também manipulação psicológica. Seu poder de convencimento e carisma ajudavam a mascarar suas verdadeiras intenções.
O descobrimento dos crimes
Os primeiros indícios dos crimes surgiram em julho de 1998, quando a polícia encontrou seis corpos no Parque do Estado. As mulheres haviam sido brutalmente assassinadas e apresentavam sinais claros de violência sexual. Diante da semelhança dos casos e da proximidade geográfica entre os corpos, o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) logo suspeitou que se tratava de um único assassino.
Foi somente graças ao relato de uma sobrevivente que o caso deu uma guinada decisiva. A mulher, que conseguiu escapar dos ataques de Francisco, forneceu detalhes importantes sobre a abordagem do criminoso e ajudou a criar um retrato falado. Com essa descrição, a imagem do Maníaco do Parque foi amplamente divulgada pela mídia, e a caça ao criminoso se intensificou.
A verdadeira identidade do Maníaco do Parque, que virou filme no Prime Video.Fonte: Agliberto Lima/Estadão Conteúdo
A prisão do Maníaco do Parque
Após a divulgação de sua imagem, Francisco de Assis Pereira fugiu para o sul do Brasil, tentando se esconder em pequenas cidades longe da capital paulista. No entanto, em julho de 1998, apenas 23 dias após a criação do retrato falado, ele foi localizado e preso em Itaqui, no estado do Rio Grande do Sul, a mais de 700 quilômetros de Porto Alegre. Na ocasião de sua prisão, Francisco confessou parte dos crimes, admitindo a autoria de 11 assassinatos e 23 ataques a mulheres.
Sua prisão trouxe alívio à população de São Paulo, que vivia em pânico com os relatos de um predador à solta. No entanto, a brutalidade dos crimes chocou o país, especialmente pelo fato de o assassino ser um homem aparentemente comum, que usava sua simpatia e promessas falsas para atacar.
A condenação do criminoso
Francisco foi condenado por estupro, homicídio, estelionato e outros crimes, recebendo uma sentença de 260 anos de prisão. Contudo, devido à legislação penal brasileira, que não permite que alguém cumpra mais de 30 anos de reclusão, ele deve ser solto em agosto de 2028. Atualmente, Francisco está com 56 anos e segue encarcerado em um presídio no interior de São Paulo.
O caso do Maníaco do Parque não apenas revelou os horrores de um serial killer que caçava suas vítimas em meio a uma cidade movimentada como São Paulo, mas também gerou importantes debates sobre segurança pública e o tratamento legal para crimes hediondos no Brasil. A previsão de sua possível libertação em 2028 é um tema controverso, visto que, apesar da gravidade de seus crimes, a lei brasileira limita o tempo que ele pode passar atrás das grades.
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