Maníaco do Parque faz grande mudança na história real para o filme! Entenda
A partir desta sexta-feira (18), os assinantes da Amazon Prime Video já podem assistir ao longa Maníaco do Parque, uma retratação ficcional de uma história que chocou o Brasil. Ele mostra eventos relacionados ao serial killer Francisco de Assis Pereira, um motoboy condenado por atacar 23 mulheres (matando 10 delas) no Parque do Estado, em São Paulo.
Dirigido por Mauricio Eça (A Menina que Matou os Pais), o filme mostra desde como o criminoso encontrava e executava suas vítimas, até a investigação que resultou em sua prisão e condenação. Para tornar isso possível, a história conta com a presença da repórter Elena Pellegrino, que nunca existiu na vida real.
Maníaco do Parque traz mudanças para dar voz às vítimas
Interpretada por Giovanna Grigio, Elena conta com a ajuda de sua irmã, a psicóloga Martha (Mel Lisboa) para investigar o crime e tentar fazer sentido dos assassinatos brutais que testemunha. Em uma entrevista ao G1, o ator Silvero Pereira, que interpreta o Maníaco do Parque, explicou a decisão do roteiro.
Segundo ele, a intenção foi criar uma trama mais relacionável para o público e que respeitasse a história das vítimas e de seus familiares. “Havia uma dificuldade imensa de se ouvir as mulheres quando elas iam relatar sobre essas questões”, explicou. Assim, as duas personagens inéditas surgiram como forma de criar um contraponto feminino aos atos do criminoso.
Para Pereira, a decisão do longa-metragem de agrupar funções diferentes em uma única personagem ajuda a entender melhor o contexto em que a trama acontece. A decisão permitiu ter uma “compreensão maior sobre como era a sociedade naquela época, no mercado de trabalho, no dia a dia, e de como as mulheres eram tratadas a partir do ponto de vista da Elena”.
Também protagonista da história, a jornalista interpretada por Giovanna Grigio surge como uma contraposição ao Maníaco do Parque. Para o ator que dá vida ao criminoso, a personagem oferece uma história que também é importante de ser ouvida, impedindo uma glorificação dos atos do assassino.
Filme mistura o real com o ficcional
Elena não é o único elemento ficcional do roteiro de Maníaco do ParqueFonte: Divulgação/Amazon Prime Video
Durante a entrevista ao G1, Pereira também explicou que a mistura entre real e ficcional encontrada no filme vai além da presença de Elena. Segundo ele, a própria retratação midiática do serial killer traz essa intercalação, já que o público não sabe realmente quem ele é além de seu envolvimento com os crimes que cometeu.
“A gente sabe do que aconteceu, do que foi relatado nos autos do processo, ou do que a gente acompanhou na mídia da época, mas toda questão das violências, da intimidade, tudo isso que tem em volta do Francisco, é algo que a sociedade tem enquanto imaginação”, explicou o ator.
Em Maníaco do Parque, o ator mostra o personagem principal sobre três camadas: a do assassino, a de Francisco, um motoboy conhecido pela disciplina, e a de Chico Estrela, admirado por seus talentos como um patinador. Isso o ajudou a criar um personagem mais complexo e que, justamente por isso, se torna mais assustador pelos atos que é capaz de cometer.
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