85 anos de Marvel: o que torna as histórias da empresa tão únicas?

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Imagem: Divulgação/Marvel
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Criada em 1939 com o nome Timely Comics, a Marvel Comics ganhou esse nome em 1961 como parte de uma transformação que estabeleceu as bases do que ela é até os dias atuais. Embora tenha crescido para virar um verdadeiro império multimídia que tem filmes, games e diversos produtos licenciados, é nos quadrinhos que ainda repousa a alma criativa da empresa.

No entanto, quem vê o Homem-Aranha, Wolverine, Homem de Ferro e Capitão América em posteres de cinema, lancheiras e promoções de lanchonetes pode não entender as razões para o sucesso da companhia.

Ele reside no fato de que, mais do que apresentar personagens heroicos com poderes absurdos, ela conseguiu se destacar por nos fazer acreditar que eles poderiam ser qualquer pessoa comum.

A Marvel transformou o homem-comum em super-herói

Embora tenha criado vários super-heróis durante seu tempo como Timely, foi somente nos anos 1960 que a Marvel conseguiu encontrar a fórmula que a diferenciou da concorrência. Graças a talentos como Stan Lee, Jack Kirby, Steve Ditko e diversos outros, a empresa passou a apostar em figuras heroicas com lados humanos fortes.

O Quarteto Fantástico estabeleceu bases que a Marvel segue até os dias atuaisO Quarteto Fantástico estabeleceu bases que a Marvel segue até os dias atuaisFonte:  Divulgação/Marvel 

O Quarteto Fantástico, por exemplo, era muito mais do que um grupo formado por quatro pessoas com características únicas. Ele era uma família real, com conflitos típicos que pareciam mais superficiais do que enfrentar Galactus, mas que eram importantes para que pensássemos que nós podíamos ser um deles.

Da mesma forma, o poderoso Thor compartilhava o corpo de um médico fraco e pouco resistente, enquanto o Homem-Aranha era somente um adolescente que sofria bully e tinha medo de reprovar na escola. Até mesmo o inteligente e charmoso Homem-de-Ferro tinha que lidar com o medo da morte e, com o passar dos anos, desenvolveu uma perigosa relação com bebidas alcoólicas.

Para estreitar as relações com o mundo real, a Marvel também decidiu deixar de lado os universos ficcionais que concorrentes criaram. Ela ainda podia tratar de lugares que nunca existiram, como Genosha, a Terra Selvagem e Krakoa, mas o Demolidor estava lutando nas ruas de Nova York, enquanto os Vingadores cuidavam de todo o planeta — que, apesar das diferenças, ainda era a Terra em que o público vivia.

Além disso, os autores da companhia souberam aproveitar muito bem os temores e crenças da Guerra Fria para estabelecer a origem de seus heróis. O Hulk, por exemplo, era fruto do medo de uma guerra atômica, e o “fantasma do comunismo” era tratado como algo real — em comparação, o Superman da DC era um semideus incorruptível de outro planeta que lutava contra um cientista maluco e alienígenas.

Uma empresa de altos e baixos

Outra grande diferença é que os heróis da Marvel eram falhos e nem sempre eram apresentados de forma muito atraente. Toda a caracterização do Coisa é baseada no fato de que, apesar de ele ser poderoso e heroico, o personagem tem uma cara que normalmente seria associada a um supervilão. De forma semelhante, figuras belas nem sempre têm boas intenções no universo Marvel.

A história da editora foi marcada tanto por fases boas quanto por decisões ruinsA história da editora foi marcada tanto por fases boas quanto por decisões ruinsFonte:  Divulgação/Marvel 

Esses elementos fizeram com que, desde o início, os quadrinhos da empresa conseguissem ressoar com um público mais velho, que não era ligado a esse universo. Durante os anos 1960 e 1970, a empresa conquistou boa parte dos universitários norte-americanos, que não viam mais as histórias como mera “coisa de criança”.

Obviamente, ela nem sempre acertou em suas histórias e já teve muitas fases criativas ruins, nos quais suas raízes pareciam ter sido deixadas de lado. Os anos 1990 foram particularmente traumáticos nesse sentido, priorizando mais cenas de ação e páginas duplas do que necessariamente os roteiros bem cuidados.

De forma semelhante, ela também sucumbiu a outras tendências de mercado nem sempre saudáveis, como os megaeventos reunindo seus principais times e os relançamentos, reboots e retcons. Mais de uma vez, os quadrinhos Marvel já prometeram que “tudo iria mudar” para, somente alguns poucos meses depois, tudo voltar ao que era antes — só um pouco mais confuso.

Marvel segue forte após 85 anos

Mesmo após 85 anos de atividade, a Marvel continua em altaMesmo após 85 anos de atividade, a Marvel continua em altaFonte:  Divulgação/Marvel 

Embora seja possível afirmar com certa facilidade que o principal negócio da Marvel sob a tutela da Disney (a quem pertence desde 2009) são os filmes e animações, sua divisão de quadrinhos segue forte até os dias atuais. Embora não venda tantas cópias quanto no passado e tenha que enfrentar os limites de um mercado que tem problemas em se expandir, a empresa tem conseguido entregar muitas narrativas interessantes em tempos recentes.

Seja com o Thor Imortal escrito por Al Ewing, a passagem de Jonathan Hickman que transformou os X-Men ou com o Doutor Estranho de Jed MacKay (para citar alguns exemplos), a companhia tem conseguido manter seus personagens atuais e interessantes. Nada mal para uma “senhora” prestes a completar 85 anos, mas que ainda consegue justificar seu apelido de “A Casa das Ideias”.

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